A atual pol�tica de pre�os da Petrobras completou cinco anos neste m�s de outubro. Segundo o Observat�rio Social da Petrobras (OSP), justamente neste m�s, o valor real da gasolina, descontada a infla��o, atingiu patamar recorde. O observat�rio � mantido pela Federa��o Nacional dos Petroleiros (FNP), organiza��o sindical representante de empregados da estatal.
Na semana passada, o litro do combust�vel custava em m�dia R$ 6,36, segundo a Ag�ncia Nacional de Petr�leo (ANP), ultrapassando o pico anterior, de R$ 6,25, registrado em fevereiro de 2003.
O diesel S-10 tamb�m bateu recorde em outubro. Essa alta de pre�o do combust�vel levou os caminhoneiros a avaliarem a realiza��o de uma greve a partir da semana que vem.
Segundo o OSP, desde que o PPI (Pre�o de Paridade de Importa��o) foi implementado, em 2016, no governo de Michel Temer, os combust�veis vendidos no Brasil acumulam uma alta muito acima da infla��o. Nesse per�odo de cinco anos, a gasolina registrou aumento real de 39%, com reajuste nominal (sem ajuste da infla��o) de 79%.
O litro do diesel S-10 superou a infla��o em 28,7% e teve crescimento nominal de 60%. J� o g�s de cozinha foi o recordista, com uma alta real de 48% acima da infla��o e 84% em termos nominais.
O g�s de cozinha vem superando recordes desde mar�o deste ano, m�s em que o diesel S-10 tamb�m bateu o recorde anterior, que era de R$ 4,47, alcan�ado em maio de 2018. "No anivers�rio de cinco anos do PPI, o nosso presente s�o os maiores n�veis de pre�o da hist�ria", afirma o economista Eric Gil Dantas, do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Pol�ticos e Sociais (Ibeps).
O PPI se baseia nos custos de importa��o, que incluem transporte e taxas portu�rias como principais refer�ncias para o c�lculo dos combust�veis. A varia��o do d�lar e do barril de petr�leo tem influ�ncia direta no c�lculo dos combust�veis.
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