Os l�deres que integram o grupo das 20 maiores economias do globo (G20) demonstraram neste s�bado, 30, amplo apoio a um acordo hist�rico para estabelecer um imposto corporativo global m�nimo de 15%. O consenso sobre o tema, que vem sendo discutido h� alguns anos e ganhou for�a nos �ltimos meses, j� era esperado para ocorrer no encontro de Roma. A pauta, em paralelo com a distribui��o de vacinas para pa�ses mais pobres, � tida como a mais importante do evento promovido na It�lia neste final de semana.
Num mundo cada vez mais digital, o objetivo da legisla��o � de tornar a tributa��o mais justa. Al�m de evas�o fiscal, muitos pa�ses criticavam o fato de, principalmente as Big Techs - como s�o chamadas as gigantes de tecnologia - pagarem seus impostos apenas para os pa�ses-sedes. A maior parte delas fica nos Estados Unidos, que tentou no in�cio das discuss�es barrar seu avan�o. Mas foi em v�o.
Na reuni�o do G20 Financeiro realizado em 2019, �ltimo encontro presencial do grupo antes do promovido em Roma nesse final de semana, o ent�o secret�rio do Tesouro americano, Steven Mnuchin, deixou claro que os Estados Unidos tinham "muita preocupa��o" com algumas das propostas colocadas sobre a mesa. "Mas � importante dizer que aprecio o fato de estarem fazendo propostas", disse, acrescentando que se trata de um tema complicado.
O presidente americano Joe Biden se pronunciou no Twitter sobre o assunto. "Aqui no G20, os l�deres que representam 80% do PIB mundial - aliados e concorrentes - deixaram claro seu apoio a um imposto m�nimo global forte. Isso � mais do que apenas um acordo tribut�rio - � a diplomacia remodelando nossa economia global e ajudando nosso povo", publicou.
Os estudos sobre o tema foram capitaneados pela Organiza��o para Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico (OCDE), institui��o que tem sede em Paris. O Brasil � um membro-chave da OCDE e pleiteia fazer parte da institui��o. Agora � tarde, o presidente Jair Bolsonaro se re�ne com o secret�rio-geral da entidade, o australiano Mathias Cormann. Em 2019, seu antecessor, o mexicano Jos� Angel Gurr�a, afirmou que apenas o fato de come�ar a haver uma coordena��o tribut�ria global levou a uma arrecada��o extra de 95 milh�es de euros.
Os l�deres do G20 discutiram a proposta durante a sess�o de abertura da c�pula neste s�bado, 30, segundo autoridades italianas. Ap�s a aprova��o final, os pa�ses decretariam o imposto m�nimo por conta pr�pria. Uma quest�o chave � a incerteza envolvendo a aprova��o da legisla��o pelo Congresso americano, j� que os Estados Unidos abrigam 28% das 2 mil maiores multinacionais do mundo.
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