O �ndice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em ingl�s) industrial do Brasil recuou para 51,7 pontos em outubro, ap�s 54,4 pontos em setembro, segundo a IHS Markit. No patamar mais baixo desde junho de 2020, o setor foi afetado pela escassez de mat�rias-primas. Apesar da queda, este � o 17� m�s consecutivo em que o indicador fica acima do n�vel neutro, de 50 pontos, o que indica crescimento.
De acordo com a IHS Markit, houve novas contra��es na produ��o e nos pedidos de f�brica. Al�m da falta de insumos, a press�o inflacion�ria limitou a produ��o, as vendas totais e a demanda dos mercados internacionais.
"Os problemas prolongados na cadeia de suprimentos aumentaram consideravelmente de propor��o, ap�s um recuo em setembro. Os cronogramas de produ��o foram prejudicados e os clientes adiaram compras", afirma em nota a diretora associada de Economia da IHS Markit, Pollyanna de Lima. "Vendas tamb�m foram perdidas devido � relut�ncia entre os clientes a pagar mais por determinados produtos. Os aumentos dos custos foram transferidos para os clientes por meio de outro aumento mensal nos pre�os de bens finais."
Como reflexo da escassez de mat�rias-primas, os custos de insumos tiveram um aumento acentuado, o maior na s�rie hist�rica anterior a agosto de 2020, tend�ncia tamb�m registrada para os pre�os de bens finais. A produ��o apresentou o primeiro decl�nio desde abril, em ritmo moderado, assim como o volume de novos pedidos.
Apesar de uma desacelera��o em rela��o a setembro, os fabricantes continuaram a contratar m�o de obra em outubro, com uma taxa s�lida. Segundo a IHS Markit, as evid�ncias sugerem uma expectativa de crescimento da produ��o e da reposi��o de pessoal.
"Embora os postos de trabalho continuem a crescer no momento, uma queda continuada nas vendas, o aumento das despesas operacionais e as expectativas dos neg�cios reduzidas podem prejudicar a recupera��o", pondera Lima. "Diversas empresas se mostraram confiantes de que os volumes de produ��o possam se expandir no pr�ximo ano, caso a crise de abastecimento arrefe�a, mas muitas acreditam que tais problemas persistir�o."
Diante das expectativas mais pessimistas em rela��o aos problemas na cadeia, h� um temor de que isso cause forte press�o inflacion�ria. As preocupa��es com pre�os e instabilidade pol�tica levaram a confian�a nos neg�cios ao patamar mais baixo em 17 meses.
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