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Estado de Minas EM 2021

Exporta��o de cal�ados j� rendeu US$ 14 milh�es para polo de Nova Serrana

Cidade vive boom em vendas para o exterior, com aumento de 93% em rela��o a 2020. Dois fatores principais, provocados pela pandemia, favoreceram o crescimento


04/11/2021 18:48 - atualizado 04/11/2021 19:11

Fábrica de calçados em Nova Serrana
Cerca de 4% da produ��o do polo cal�adista de Nova Serrana � enviado para outros pa�ses (foto: Sindinova/Divulga��o)

As vendas para o exterior do principal polo cal�adista de Minas Gerais, Nova Serrana, no Centro-Oeste do estado, somaram US$ 14 milh�es entre janeiro e setembro deste ano, crescimento de 93,7% frente ao mesmo per�odo do ano passado e de 68,14% em rela��o a 2019.

Os dados foram divulgados pelo Sindicato Intermunicipal das Ind�strias do Polo de Nova Serrana (Sindinova) e integram o banco de dados da Associa��o Brasileira das Ind�strias de Cal�ados (Abical�ados).

Quando analisados os �ndices do polo formado por Nova Serrana, Ara�jos, Divin�polis, Perdig�o e S�o Gon�alo do Par�, o n�mero sobe para US$ 16 milh�es, crescimento de 88,1% em rela��o a 2020. 

Maio e junho foram os meses que tiveram maior destaque, com varia��es de 301,8% e 352,7%, respectivamente. Os cal�ados fabricados com material t�xtil foram os mais vendidos, com faturamento de US$ 11.177.153, seguido por pl�stico/borracha (US$ 3.892.975) e couro (US$ 664.616).


Impacto da pandemia

Na contram�o de boa parte do mercado interno, que amargou a crise ao longo dos �ltimos meses, a expans�o � reflexo de dois fatores, ambos puxados pela pandemia da COVID-19: qualifica��o dos produtos e dificuldade log�stica com a �sia.

Para justificar os pre�os impactados pelo aumento do valor dos insumos, as f�bricas foram for�adas a investir em qualidade e designer. “Os produtos ganharam mais qualifica��o e puderam entrar para o hall de exporta��o”, citou o presidente do Sindinova, Ronaldo Lacerda. Os cal�ados ficaram at� 30% mais caros.

A dificuldade log�stica com a �sia, principalmente devido a eleva��o do pre�o do frete, foi o outro fator fundamental para pa�ses, principalmente os vizinhos, enxergarem o Brasil como parceiro econ�mico.

“N�o fosse a pandemia, o resultado n�o teria sido t�o bom como foi”, afirmou Lacerda. A proje��o � de crescimento de 100% na exporta��o at� o final de dezembro deste ano e de 30% em 2022.
 
Em 2019, cerca de 2% do que era produzido no polo chegavam �s prateleiras dos pa�ses vizinhos, como Argentina, Peru e Bol�via. A previs�o � deste �ndice saltar para 4%, caso se confirme a previs�o de dobrar o crescimento.

O boom, segundo o presidente, come�ou h� dois anos com a cria��o do N�cleo de Exporta��o. “Fizemos um trabalho de atrair para o polo compradores internacionais. Eles v�m aqui para o polo, no centro de neg�cios, e fazemos agendamentos com as f�bricas para que elas negociem diretamente com os importadores”, explicou. Das 830 empresas que comp�em o polo, 50 exportam.

“Uma grande parte das empresas � beneficiada, porque algumas ind�strias fazem parte do processo para outras. Temos algumas que fazem o solado, algumas a terceiriza��o da costura, � um grande aglomerado”, completou.

Al�m de intermediar as vendas, o sindicato atua como um avalista. Ele faz a inspe��o de toda a carga antes de enviar para fora do pa�s. O n�cleo foi respons�vel pelas vendas de 122.063 pares de cal�ados, o que gerou movimenta��es de US$ 817.300,18, somente este ano.

No acumulado de junho de 2019 a setembro de 2021, o setor intermediou a negocia��o de 187.982 pares de cal�ados e gerou um resultado de US$ 1.195.726,66.
 

Acima da m�dia

A empresa de Cristiano Moreira registrou crescimento acima da m�dia do polo. Em 2021, comparado com o ano passado, as exporta��es aumentaram 150%. 
 
Cerca de 5% da produ��o vai para pa�ses como Portugal, Emirados �rabes, Estados Unidos, Col�mbia e Paraguai, para citar alguns. Em m�dia, s�o produzidos 150 mil pares de cal�ados voltados para a moda feminina.
 
H� quatro anos exportando, o boom fez com que o empres�rio se preparasse mais vislumbrando crescimento. “Coloquei uma equipe interna para cuidar apenas desta parte”, contou. Antes da pandemia, de 2019 para 2020, a empresa ampliou em 67% a venda externa e para 2022 a expectativa � de ficar no mesmo patamar. 
 

*Amanda Quintiliano - Especial para o EM


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