O presidente e CEO da Volkswagen na Am�rica Latina, Pablo Di Si, informou nesta sexta-feira que, ap�s "muitos anos", a montadora voltou a ter lucro e gerar caixa na regi�o. O retorno � rentabilidade neste ano foi atribu�do ao programa de reestrutura��o da empresa que permitiu reduzir custos fixos, incluindo ajustes de capacidade das seis f�bricas no Brasil e na Argentina, em conjunto com a renova��o da linha de produtos nos �ltimos quatro anos.
Durante entrevista � imprensa, Pablo considerou que a reestrutura��o d� condi��es para a montadora se manter financeiramente sustent�vel mesmo que, num cen�rio de normaliza��o de oferta, a ind�stria volte a ter menos espa�o para repassar aumentos no custo de produ��o.
Essa mudan�a de contexto, no entanto, n�o deve acontecer t�o cedo. Para o presidente da Volks na regi�o, a irregularidade no abastecimento de componentes eletr�nicos, respons�vel por paralisar montadoras no Brasil e no exterior, deve se prolongar at� o fim do ano que vem, j� que fornecedores de semicondutores precisam de tempo para ampliar suas capacidades de produ��o.
"O tema dos semicondutores vai se arrastar at� o fim de 2022 ... Vamos ter que conviver com isso durante todo o ano, n�o somente no primeiro semestre", prev� Pablo ao discordar de progn�sticos do setor que apontam a uma solu��o da escassez de pe�as at� meados do ano que vem.
De volta ao lucro, o CEO dos neg�cios da Volks na Am�rica Latina sustentou que a montadora poder� tocar dentro de casa - ou seja, sem a necessidade de apoio da matriz na Alemanha - os investimentos de R$ 7 bilh�es anunciados nesta sexta-feira.
Parte dos recursos, adiantou, deve ser financiada pelo BNDES, banco com quem a montadora anunciou na quinta um acordo de coopera��o no desenvolvimento de tecnologias de propuls�o movidas a biocombust�vel, como o etanol.
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