O �ndice Geral de Pre�os - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 1,60% em outubro, ap�s uma recuou de 0,55% em setembro, informou nesta segunda-feira, 8, a Funda��o Getulio Vargas (FGV). O resultado do indicador ficou acima do teto estimativas da pesquisa do
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, que iam de uma alta de 0,50% a um avan�o de 1,56%, com mediana de alta de 1,28%. Com o resultado, o IGP-DI acumulou uma eleva��o de 16,96% no ano e avan�o de 20,95% em 12 meses.
A FGV informou ainda os resultados dos tr�s indicadores que comp�em o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, teve alta de 1,90% em outubro, ante uma queda de 1,17% em setembro. O IPC-DI, que apura a evolu��o de pre�os no varejo, subiu 0,77% em outubro, ap�s o avan�o de 1,43% em setembro.
J� o INCC-DI, que mensura o impacto de pre�os na constru��o, teve eleva��o de 0,86% em outubro, depois da alta de 0,51% em setembro. O per�odo de coleta de pre�os para o �ndice de outubro foi do dia 1� ao dia 31 do m�s.
Os pre�os dos combust�veis e do min�rio de ferro no atacado puxaram a alta de 1,60% no IGP-DI). A forte acelera��o do IPA-DI, que mede os pre�os no atacado, de um recuo de 1,17% em setembro, para uma alta de 1,90%, foi a principal respons�vel para infla��o medida pelo IGP-DI.
Entre os itens do IPA-DI, os combust�veis para o consumo registraram alta de 5,78%, ante avan�o de 1,47% em setembro. J� o subgrupo combust�veis e lubrificantes para a produ��o teve um salto de 9,39% nos pre�os m�dios, alta avan�o de 1,87% em setembro.
O min�rio de ferro ficou 4,29% mais caro, forte acelera��o ante o tombo de 22,11% registrado em setembro. Tamb�m aceleraram as varia��es de pre�os da cana-de-a��car (de 1,45% em setembro para 3,59% em outubro) e caf� em gr�o (de 7,83% para 11,95%). A acelera��o s� n�o foi maior porque, em sentido oposto, os pre�os de bovinos desaceleraram de -2,69% em setembro para -7,71% no IGP-DI de outubro.
"A infla��o ao produtor acelerou em seus tr�s est�gios de processamento. Os avan�os registrados nos pre�os do min�rio de ferro (-22,11% para 4,29%), do �leo diesel (0,60% para 10,24%) e da gasolina (1,20% para 6,62%) foram os grandes destaques em cada um dos tr�s grandes grupos do IPA", diz a nota divulgada pela FGV nesta manh�.
Conta de luz
Enquanto as altas dos pre�os dos combust�veis no atacado sugerem novas press�es inflacion�rias ao consumidor em novembro, em outubro, a infla��o das fam�lias foi marcada por algum al�vio nas altas recentes da conta de luz, mostra o IPC-DI, um dos componentes do IGP-DI. Mesmo assim, a infla��o ao consumidor est� mais espalhada, mostram os dados de difus�o calculados pela entidade.
Segundo a FGV, cinco das oito classes de despesa componentes do IPC-DI registraram decr�scimo em suas taxas de varia��o na passagem de setembro para outubro: Habita��o (2,59% para 0,37%), Educa��o, Leitura e Recrea��o (2,90% para 1,57%), Alimenta��o (1,09% para 0,88%), Transportes (1,50% para 1,31%) e Despesas Diversas (0,30% para 0,28%).
A tarifa de eletricidade residencial, grande vil� da infla��o ao consumidor em setembro, com salto de 8,52% (por causa da introdu��o de cobran�a extra adicional por meio das bandeiras tarif�rias, para repassar ao consumidor final a eleva��o extraordin�ria de custos de gera��o com o acionamento das usinas termoel�tricas, em meio � estiagem que afeta das hidrel�tricas), em outubro avan�ou apenas 0,06%. A gasolina ficou 2,73% mais cara em outubro, ante 3,38% em setembro.
No sentido oposto, os grupos Vestu�rio (0,28% para 0,81%), Sa�de e Cuidados Pessoais (0,14% para 0,25%) e Comunica��o (0,39% para 0,44%) apresentaram acr�scimo em suas taxas na compara��o de setembro com outubro. "Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: cal�ados (0,37% para 1,32%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,01% para 0,56%) e tarifa de telefone residencial (0,38% para 5,07%)", diz a nota da FGV.
IPAs
Os pre�os dos produtos agropecu�rios no atacado medidos pelo IPA Agr�cola registraram ligeira queda de 0,06% em outubro, depois de um leve recuo de 0,04% em setembro, dentro do IGP-DI). J� os produtos industriais no atacado - - mensurados pelo IPA Industrial - avan�aram 2,72% no m�s passado, ante recuo de 1,64% em setembro.
Dentro do �ndice de Pre�os por Atacado segundo Est�gios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmiss�o de pre�os ao longo da cadeia produtiva, os pre�os dos bens finais tiveram alta de 1,47% em outubro, ante um avan�o de 1,26% no m�s anterior.
Os pre�os dos bens intermedi�rios subiram 3,47% em outubro, ap�s aumentarem 1,91% em setembro. Os pre�os das mat�rias-primas brutas registraram avan�o de 0,75% no m�s passado, depois recuar 5,75% em setembro.
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