
Em meio � disparada da infla��o, que em 12 meses chega a 10,67%, a Black Friday (�ltima sexta-feira de novembro) ter� dois grandes desafios este ano. O primeiro � mostrar ao consumidor que os pre�os ser�o menores do que os de um passado recente. O outro � fazer a oferta caber no bolso do brasileiro, cuja renda est� corro�da.
"O consumidor perdeu a refer�ncia de compara��o de pre�os por causa da infla��o elevada", diz o diretor de Varejo da consultoria GFK, Fernando Baialuna. A Black Friday supera o Natal na comercializa��o de eletroeletr�nicos desde 2014 e j� responde por um quinto dos neg�cios anuais desses itens, em valor. Este ano ser� mais desafiador.

ESFOR�O EXTRA
Diante da dificuldade de cortar pre�os, as varejistas est�o promovendo a forma de pagamento para tornar a compra mais compat�vel com a renda. A Via, dona da Casas Bahia e do Ponto Frio, j� est� parcelando em at� 30 vezes no cart�o pr�prio as compras da Black Friday.
A Lojas Cem � outra grande rede varejista que pretende ampliar a quantidade de parcelas sem juros para tentar encaixar a presta��o no or�amento do consumidor. "O consumidor est� sem dinheiro: o custo de vida com produtos b�sicos, como combust�vel, comida, subiu muito e sobram menos recursos para a compra de outros itens", diz o supervisor-geral da rede, Jos� Domingos Alves. A expectativa � de uma Black Friday "morna". "Vamos vender um pouquinho mais em valor em rela��o � Black Friday do ano passado, mas a quantidade de produtos ser� menor."
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.