A Superintend�ncia-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica (Cade) considerou "complexo" o ato de compra do Grupo BIG pelo Atacad�o, empresa afiliada do Grupo Carrefour, e decidiu aprofundar a an�lise da opera��o antes de emitir uma decis�o sobre o caso.
Em despacho publicado no Di�rio Oficial da Uni�o (DOU), a Superintend�ncia determina a realiza��o de novas dilig�ncias para aprofundar an�lises de pontos que suscitam preocupa��o concorrencial e analisar as eventuais efici�ncias econ�micas geradas pela opera��o.
O neg�cio foi anunciado pelo Carrefour em mar�o, por R$ 7,5 bilh�es, e notificado ao Cade em julho. A opera��o envolve a aquisi��o, pelo Carrefour, de 386 unidades de varejo de autosservi�o, 15 postos de combust�veis e 11 centros de distribui��o para realizar atividades atacadistas do BIG.
"A aquisi��o do Grupo BIG expandir� a presen�a do Carrefour Brasil em regi�es onde tem penetra��o limitada, como o Nordeste e Sul do Pa�s, e que oferecem forte potencial de crescimento. A rede de lojas do Grupo BIG, portanto, apresenta forte complementaridade geogr�fica", afirma a companhia em comunicado enviado � Comiss�o de Valores Mobili�rios (CVM) em mar�o.
A Superintend�ncia do Cade diz em nota t�cnica que a instru��o realizada at� o momento "apontou que a opera��o pode resultar em concentra��es de mercado elevadas sem evid�ncias de rivalidade efetiva por parte de concorrentes nos mercados relevantes de cerca de 10% das 386 unidades-alvo de varejo de autosservi�o envolvidas na opera��o".
Al�m disso, ao longo do teste de mercado, alguns concorrentes das empresas requerentes consultados pelo departamento do Cade apresentaram questionamentos sobre o incremento do poder de compra das duas companhias ap�s a eventual aprova��o do ato de concentra��o. "Tal preocupa��o se justificaria em virtude da magnitude da opera��o e do porte das requerentes nela envolvidas, que ocupam posi��o de destaque no mercado nacional de varejo de autosservi�o."
"Considerando os pontos de aten��o mencionados, esta SG/Cade (Superintend�ncia-Geral/Cade) reputa ser necess�rio realizar novas dilig�ncias de forma a aprofundar a an�lise deste ato de concentra��o, assim como conceder �s partes a oportunidade de apresentar informa��es complementares e eventuais efici�ncias decorrentes da opera��o proposta", determinou a Superintend�ncia, que resguarda a sua faculdade de posteriormente, se for o caso, requerer a dila��o do prazo de an�lise do caso, "o que por ora n�o se faz necess�rio".
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