Foco de cr�ticas do mercado pelas manobras que abrem espa�o no or�amento a mais gastos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmou nesta quarta-feira, 17, o compromisso do governo com a disciplina fiscal, repetiu a promessa de zerar o d�ficit das contas p�blicas em 2022 e voltou a rebater previs�es que apostam em baixo crescimento da economia no ano que vem.
Durante participa��o em f�rum do Bradesco BBI, o principal nome da equipe econ�mica salientou as a��es tomadas pelo governo Bolsonaro para conter gastos, citando o congelamento de sal�rios de servidores p�blicos por um ano e meio, medida que, conforme o ministro, entregou durante o per�odo economia maior do que qualquer reforma administrativa.
Guedes projetou que o d�ficit prim�rio - a diferen�a das despesas, sem considerar o pagamento de juros, em rela��o �s receitas do governo - deve recuar para 0,4% ou zerar como propor��o do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022.
Durante o f�rum, ele tamb�m defendeu a necessidade de adiar o pagamento de d�vidas judiciais para que a conta das senten�as judiciais caiba dentro de um teto dos gastos que tamb�m est� sendo elevado na PEC dos precat�rios.
"Estamos comprometidos com a responsabilidade fiscal. Lutamos at� o fim para preservar o teto", declarou.
A mudan�a na forma de corre��o do limite do teto, respons�vel por abrir ainda mais espa�o no or�amento a gastos no ano que vem, n�o partiu do minist�rio da Economia, assegurou Guedes, citando, como prova, a debandada de secret�rios contr�rios � manobra.
O ministro concordou com a avalia��o de que a mudan�a no teto teve motiva��o pol�tica, mas a considerou "razo�vel" por viabilizar, com a amplia��o do Bolsa Fam�lia, agora chamado de Aux�lio Brasil, algo pr�ximo � renda m�nima prometida na campanha presidencial.
Privatiza��es e PIB
O ministro da Economia reiterou no f�rum do Bradesco BBI a inten��o de privatizar estatais como Correios, Eletrobras e Porto de Santos. Tamb�m disse que est� recebendo todos os dias "boas not�cias" sobre novos investimentos no Brasil, assim como refor�ou o prop�sito de acelerar acordos comerciais com outras partes do mundo - por�m, n�o antes de o Pa�s realizar as reformas que melhorem sua competitividade.
Sobre o cen�rio para 2022, demonstrou confian�a no crescimento da economia, tendo como term�metro o maior movimento em restaurantes e crescimento das reservas em hot�is com a volta do turismo.
"Quando disse que o Brasil cresceria em V, disseram que eu vivia em um mundo paralelo ... Vamos ver o que acontece nos pr�ximos dois meses, com hot�is, bares e restaurantes abertos", desafiou.
Mesmo que o aumento dos juros tenha impacto na recupera��o c�clica, baseada no consumo, Guedes sustentou que o aperto monet�rio e condi��es financeiras mais restritas no curto prazo n�o comprometem as bases do crescimento sustent�vel, embora desacelere as taxas de expans�o.
"O pessoal est� prevendo que o mundo vai crescer 5% e o Brasil, zero ou 1%. Vamos ver o que acontece... Acho engra�ado essas previs�es porque vejo os fatos", afirmou o ministro.
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