As altas tarifas dos fretes mar�timos amea�am a recupera��o da economia mundial e devem elevar significativamente os pre�os ao consumidor no pr�ximo ano. O alerta � da Ag�ncia das Na��es Unidas para o Com�rcio e o Desenvolvimento (Unctad), em relat�rio divulgado nesta quinta-feira.
A an�lise prev� que, se o aumento do custo dos fretes mar�timos for mantido, os pre�os de importa��o aumentar�o em m�dia 11% e os pre�os globais ao consumidor dever�o ter alta de 1,5% em 2023. O relat�rio mostra que o com�rcio mar�timo contraiu 3,8% em 2020, refletindo um choque inicial, mas se recuperou no final do ano e prev�-se que aumente 4,3% em 2021. As perspectivas de m�dio prazo para o com�rcio mar�timo permanecem positivas, mas sujeitas a "riscos e incertezas crescentes."
Os custos crescentes de transporte de cont�ineres t�m sido um desafio para todos os comerciantes e gerentes da cadeia de abastecimento, diz o relat�rio, mas especialmente para transportadores menores, que podem ser menos capazes de absorver a despesa adicional e est�o em desvantagem ao negociar taxas e reservar espa�o em navios. "Diante dessas press�es de custo e da perturba��o duradoura do mercado, � cada vez mais importante monitorar o comportamento do mercado e garantir a transpar�ncia na defini��o de taxas e sobretaxas", recomenda o relat�rio.
Embora reconhe�a a recupera��o nascente, a Unctad desenha um quadro de press�es sem precedentes nas cadeias de abastecimento globais. "Uma recupera��o duradoura depender� do caminho da pandemia e em grande parte depender� da capacidade de mitigar os ventos contr�rios e da implanta��o de uma vacina em todo o mundo", disse a secret�ria-geral da Unctad, Rebeca Grynspan. "Os impactos da crise da covid-19 afetar�o mais duramente os pequenos Estados insulares em desenvolvimento e os pa�ses menos desenvolvidos", detalha.
A Unctad diz que a pandemia exp�s e ampliou os desafios que j� existiam na ind�stria de transporte mar�timo, notadamente a escassez de m�o de obra e as necessidades de infraestrutura. Isso aumenta a preocupa��o com a cont�nua crise induzida pela crise sanit�ria em torno das mudan�as de tripula��o, com bloqueios, fechamento de fronteiras e falta de voos internacionais.
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