D�ficit em produtos qu�micos pode chegar a US$ 45 bi em 2021, diz Abiquim

No acumulado do ano, at� outubro, as importa��es de produtos qu�micos somaram US$ 48,5 bilh�es e as exporta��es chegaram a US$ 11,5 bilh�es, aumentos de respectivamente 43,4% e de 27% na compara��o com igual per�odo de 2020. Segundo a Associa��o Brasileira da Ind�stria Qu�mica (Abiquim), como resultado, o d�ficit na balan�a comercial de produtos qu�micos, entre janeiro e outubro, somou US$ 37 bilh�es, o que representa um aumento de 49,4% em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado e, mesmo ainda faltando dois meses para o encerramento de 2021, j� supera em US$ 5 bilh�es o maior d�ficit anual da hist�ria da balan�a comercial de produtos qu�micos, de US$ 32 bilh�es, em 2013.

Considerando os resultados dos �ltimos meses e os sinais de que o quadro n�o deve se alterar significativamente no �ltimo bimestre, no final do ano dever� ser registrado um d�ficit recorde, da ordem de US$ 45 bilh�es, superando em muito as anteriores proje��es da pr�pria Abiquim desse indicador.

At� dezembro, as importa��es dever�o totalizar US$ 59,2 bilh�es, ao passo que as vendas externas US$ 14,2 bilh�es, aumentos de respectivamente 43,1% e 29,3% em rela��o ao ano de 2020. Em termos de volumes, por sua vez, dever� ser registrado recorde em quantidades importadas, de praticamente 61,3 milh�es de toneladas, e uma movimenta��o de 16,5 milh�es de toneladas exportadas, respectivamente aumentos de 18,9% e de 12,9%, na mesma compara��o com o ano passado.

Em todos os grupos de produtos acompanhados foram registrados fortes aumentos de quantidades importadas, em especial de resinas e elast�meros (32,7%) e de inorg�nicos (19,1%) e org�nicos diversos (12,5%), totalizando 49,7 milh�es de toneladas, at� outubro, adquiridas a pre�os m�dios gerais 20,3% superiores �queles de igual per�odo de 2020. As exporta��es, por sua vez, tiveram, at� outubro, aumento 8,7% (de 12,1 milh�es para 13,2 milh�es de toneladas) nas quantidades totais expedidas aos parceiros comerciais brasileiros. Contudo, v�rios foram os grupos em que foram registradas quedas das quantidades vendidas ao exterior, como resinas termopl�sticas (12,5%), petroqu�micos b�sicos (2,5%) e aditivos de usos industriais diversos (1,4%).

Em outubro, especificamente, o Brasil importou US$ 6,2 bilh�es em produtos qu�micos, valor que pela segunda vez em todo o hist�rico do acompanhamento da balan�a comercial supera a marca de US$ 6 bilh�es. De maneira in�dita, em termos de quantidades, se atingiu o patamar de 6,1 milh�es de toneladas adquiridas em um �nico m�s, n�mero 4,5% maior do que em setembro e 31,9% superior ao de outubro em 2020.

Para o presidente-executivo da Abiquim, Ciro Marino, os rumos da pol�tica comercial brasileira e regional precisam urgentemente ser recalibrados para dar a seguran�a jur�dica e a estabilidade de ambiente de neg�cios indispens�veis para que o Brasil e o Mercosul consigam atrair investimentos produtivos capazes de estabelecer o equil�brio necess�rio para a sustentabilidade da recupera��o da atividade econ�mica e gera��o de empregos e renda.

"A insist�ncia em uma crescente agenda de cortes tarif�rios unilaterais, por meio de fundamentos normativos que contornam a pr�pria base legal do Mercosul, atrapalha o investidor e compromete a atra��o de capital produtivo", afirma Marino.