Mercado nacional rejeita trigo modificado argentino

As ind�strias brasileiras de farinha de trigo e as de biscoitos, massas e p�es industrializados afirmam que n�o v�o comprar farinha argentina proveniente de cereal transg�nico, mesmo ap�s a libera��o comercial do produto no Brasil, segundo entidades que representam as ind�strias ouvidas pelo Estad�o/Broadcast. A importa��o e a comercializa��o de farinha de trigo geneticamente modificado (OGM) da variedade HB4 foram aprovadas no dia 11 deste m�s pela Comiss�o T�cnica Nacional de Biosseguran�a (CTNBio). Nenhum outro pa�s autoriza a comercializa��o de trigo e seus derivados geneticamente modificados.

"Os moinhos n�o v�o importar farinha transg�nica para mescla com a nacional", diz o presidente executivo da Associa��o Brasileira da Ind�stria do Trigo (Abitrigo), Rubens Barbosa. "As ind�strias n�o t�m interesse", reitera o presidente executivo da Associa��o Brasileira das Ind�strias de Biscoitos, Massas Aliment�cias e P�es & Bolos Industrializados (Abimapi), Claudio Zan�o. A compra de trigo e de farinha de cereal convencional do Pa�s vai continuar normalmente, segundo as entidades.

A Associa��o Brasileira da Ind�stria de Panifica��o e Confeitaria (Abip), que representa as padarias, tamb�m lamentou o aval da CTNBio e afirmou que as mais de 70 mil padarias do Pa�s v�o se mobilizar para boicotar qualquer compra e distribui��o de farinha de trigo transg�nico. "A decis�o � prejudicial para o setor." O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) tamb�m se manifestou contr�rio � aprova��o. A Argentina responde por 85% do trigo importado anualmente pelo Brasil. As entidades dizem haver uma rejei��o do consumidor ao item.

O presidente da CTNBio, Paulo Barroso, disse que o trigo modificado � similar ao tradicional do ponto de vista da seguran�a alimentar.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.