
INFOGR�FICO: Confira dicas importantes e mais informa��es sobre a Black Friday
Ap�s um longo per�odo de vacas magras – reflexo da crise do coronav�rus –, o com�rcio da capital demonstra, enfim, um otimismo sem reservas. A expectativa – sobretudo para as pr�ximas 24 horas – � de estabelecimentos cheios, descontos agressivos e grande giro nas caixas registradoras, capaz de impulsionar os neg�cios para fora do atoleiro em 2022.
Quem for �s compras – on-line ou nas lojas f�sicas – ter� a chance de adquirir produtos com abatimentos superiores a 80%, desde que fique atento �s fraudes, aos golpes e �s artimanhas que garantem barganhas vantajosas e seguras.
Segundo estimativas da CDL/BH, as vendas desta Black Friday devem injetar R$ 2,11 bilh�es na economia de BH, alta de 2,46% em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado. Para o presidente Marcelo de Souza, o aumento reflete o avan�o da vacina��o contra a COVID-19, o pagamento antecipado do 13º sal�rio do funcionalismo p�blico municipal, al�m da regulariza��o do 13° dos servidores estaduais que, pela primeira vez em cinco anos, receber�o em dia. A entidade projeta que a normaliza��o resultar� na circula��o de R$ 1 bilh�o extra no estado ao longo do m�s de dezembro.
“Pensando nisso, orientamos os comerciantes da capital a ampliar as liquida��es at� dia 30, na ter�a-feira, quando sai a primeira parcela do 13º. Ser� uma excelente oportunidade para o com�rcio girar o estoque e fidelizar os clientes. Ao mesmo tempo, os consumidores ter�o a chance de comprar � vista, com o dinheiro em m�os e, consequentemente, com maior poder de barganha”, pondera o dirigente.
O fator liquidez, contudo, n�o parece afetar a disposi��o da clientela para a data. Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Locomotiva no �ltimo dia 23 mostra que 32% dos brasileiros devem comprar produtos em oferta mesmo que, para isso, precisem fazer d�vidas.
Entre os 70% que pretendem consumir, 42% afirmaram estar muito dispostos a comprar nesta edi��o, enquanto 27% se disseram dispostos. O levantamento ouviu 1.500 pessoas com mais de 18 anos e acesso � internet, de 29 de outubro a 3 de novembro.
Que o diga a manicure Ruth Ribeiro, que se antecipou � sexta de descontos e foi ontem mesmo a uma loja de eletrodom�sticos no Centro de Belo Horizonte para comprar uma TV de LED 55 polegadas. “Namoro esta televis�o h� mais de um ano! Hoje, consegui compr�-la com 40% de desconto, � um sonho! Um sonho que realizei em 24 vezes no cart�o de cr�dito, mas realizei”, conta.
A mesma anima��o foi percebida entre os clientes da Colcci, loja de roupas situada no shopping Diamond Mall, no Bairro Santo Agostinho, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. “Hoje ainda � quinta e o movimento aqui est� uma loucura! N�o paramos um segundo!”, comenta o gerente Luiz Miguel.
Os dois estabelecimentos comp�em os segmentos mais badalados do megavento. De acordo com pesquisa realizada pela CDL/BH, eletroeletr�nicos e vestu�rio ser�o os elementos mais cobi�ados da temporada. Entre os 300 consumidores entrevistados pela entidade, 45,1% demonstraram interesse em comprar eletrodom�sticos, enquanto 30,1% se mostraram inclinados a renovar o guarda-roupa. Os cosm�ticos e perfumes (20,4%), os cal�ados (16,8%) e os smartphones (15,1%) tamb�m apareceram na lista.
Para atrair a freguesia, lojas de todo o estado prepararam um verdadeiro arsenal de artif�cios. Dados da Fecom�rcio apontam que os empres�rios mineiros planejam descontos superiores a 50%. Conforme o levantamento, os empreendedores tamb�m aderiram � oferta de mais variedade de marcas e produtos (25,9%); ao atendimento diferenciado (19,8%); � facilidade no pagamento (18,1%) e � divulga��o/propaganda (14,7%).
PELO CELULAR
Contudo, quem deve nadar de bra�ada mesmo s�o os e-commerces. Segundo proje��es da Associa��o Brasileira de Com�rcio Eletr�nico (ABComm), o faturamento do setor para a data em 2021 ser� 25% maior na compara��o com 2020. Boa parte das transa��es vai ocorrer pelo celular, que se tornou o principal canal de compras de 30% da popula��o no �ltimo ano, conforme dados da consultoria PwC.
“Todos sabemos que a pandemia provocou grandes altera��es de comportamento. Pelo tempo que est� demorando, o ambiente associado � pandemia est� incentivando mudan�as de h�bitos que v�o impactar o com�rcio por muito tempo”, afirma Carlos Coutinho, s�cio da PwC Brasil. “A epidemia e todo o seu entorno est�o criando novos h�bitos de consumo e comportamentos da popula��o bem distintos, que podem definir padr�es de longo prazo em atitudes de compra”, complementa o l�der.
As pesquisas por lojas e descontos come�aram h� pelo menos tr�s semanas – ao menos no Google. Segundo o gigante de tecnologia, as buscas pelo termo Black Friday esquentou especialmente entre os dias 7 e 13 de novembro. Entre os produtos mais procurados est�o: t�nis, perfumes, monitor, fraldas, roupas, livros, cadeira gamer, TV Smart, Smart Phone e celular.
Brasileiro se diz inseguro, mas n�o dispensa compra na web
Apesar da inseguran�a com ataques cibern�ticos, 7 em cada 10 consumidores brasileiros se mostram dispostos a aproveitar as promo��es da Black Friday pela internet, mantendo a propor��o registrada em 2020. Os n�meros fazem parte de uma pesquisa da Boa Vista, divulgada ontem. Cerca de 57% dos entrevistados disseram que se sentem inseguros em comprar pela web. Tr�s em cada 10 disseram que v�o aproveitar as promo��es em lojas f�sicas.
Uma das raz�es da inseguran�a, segundo a Boa Vista, est� no aumento de pessoas que sofreram com fraudes em compras anteriores – s�o 37% em 2021, contra 27% em 2020. A principal fraude registrada foi o uso indevido do cart�o de cr�dito por terceiros, com 45% das men��es, seguido por golpe em casos de compras em sites falsos, com 26%.
Apesar disso, na compara��o de 2020 com 2021, caiu de 22% para 12% o n�mero de consumidores que n�o costumam fazer compras pela web. No entanto, 71% declararam que se sentem inseguros em fornecer dados pessoais (em 2020 eram 53%), e outros 29% dizem n�o saber identificar se um site � seguro ou n�o.
Ainda de acordo com o levantamento, o total de consumidores que tiveram problemas com compras na web no per�odo passou de 49%, em 2020, para 53%, neste ano. Em 33% dos casos os problemas n�o foram resolvidos. As principais queixas foram de atraso na entrega, apontado por 36% dos entrevistados, produtos n�o recebidos (29%) e produtos danificados, 8%.
Para 67% dos consumidores que pretendem fazer compras, as oportunidades tendem a ser vantajosas, principalmente no que diz respeito aos pre�os. Quase metade dos entrevistados (48%) pretende aproveitar as oportunidades de descontos, enquanto 43% t�m se planejado ao longo do ano para realizar a compra.
"Em virtude das medidas sanit�rias adotadas durante a pandemia, vimos um aumento significativo das compras online. Muita gente que ainda preferia comprar nas lojas f�sicas se viu mudando de h�bito. Com isso vieram os aprendizados e as comodidades de se comprar pela internet, mas tamb�m alguns problemas relacionados �s compras neste ambiente", afirma Lola de Oliveira, diretora de Marketing e Relacionamento com o Cliente da Boa Vista.
Ela lembra do Censo da Fraude 2021, um estudo da Konduto, empresa especializada em antifraude transacional para e-commerce, meios de pagamentos e contas digitais, rec�m-adquirida pela Boa Vista, que constatou que esse aumento das compras online foi tanto e leg�timo que serviu para equilibrar o n�mero de tentativas de fraude. "O resultado � que, nos seis primeiros meses do ano, o porcentual de fraudes caiu em quase todos os Estados do Pa�s", revela Lola de Oliveira.
Com 54% e 52% da prefer�ncia, os eletrodom�sticos e os eletr�nicos, respectivamente, continuam sendo as categorias mais procuradas na Black Friday. Em 2020, ambas registraram prefer�ncia de 47% e 44% dos consumidores, respectivamente. 63% dos entrevistados afirmaram que v�o comprar produtos que ainda n�o possuem, 34% buscar�o produtos que v�o substituir outros j� em uso e 3% pretendem adquirir lan�amentos.
O parcelado ser� a op��o de 69% dos consumidores para pagamento na Black Friday deste ano, ainda segundo a Boa Vista. Entre eles, 38% utilizar�o o cart�o de cr�dito, 25% o cart�o de d�bito e dinheiro e 12% optar�o pelo Pix.
AUMENTO DE PRE�OS
A pesquisa identificou ainda que 33% n�o far�o compras nesta data. A principal raz�o est� na percep��o do aumento dos pre�os com 27% das men��es, contra 16% em 2020 e 12% em 2019. O segundo motivo mais citado foi a desvantagem de comprar na data (21%), seguido por conten��o de despesas (17%) e prioriza��o de outras contas da casa (14%).
A pesquisa realizada pela Boa Vista foi feita por meio de question�rio de autopreenchimento, encaminhado por e-mail, entre outubro e novembro de 2021. Contou com a participa��o de aproximadamente 600 consumidores de todas as classes sociais e regi�es do Pa�s, inclusive aqueles que buscaram informa��es e orienta��es no site Consumidor Positivo da Boa Vista. A margem de erro � de 3%, para mais ou para menos, e o grau de confian�a � de 90%.
ATEN��O AO PIX
Lan�ado em outubro do ano passado, o Pix facilitou as transa��es financeiras, que agora caem na hora, sem nenhum custo. Os usu�rios, no entanto, ficam mais sujeitos a golpes de dif�cil revers�o ou ressarcimento. E � preciso ficar atento durante a Black Friday
“Se uma pessoa foi v�tima de um crime no qual teve que transferir dinheiro via Pix, o ideal � comunicar o banco da conta de destino logo ap�s a transfer�ncia. Embora n�o exista garantia de reembolso, isso ajuda a identificar as contas usadas pelos criminosos”, orienta Leonardo Carvalho, coordenador do MBA em Gest�o de Neg�cios no Centro Universit�rio Newton Paiva, Leonardo Carvalho.
Outro cuidado � n�o autorizar grandes valores da corrente por meio do Pix. “A pessoa deve se cerca de todos os cuidados poss�veis pois, embora existam casos de sucesso nos quais a v�tima de um golpe processou o banco e teve ganho de causa, a decis�o de entrar na Justi�a contra a institui��o financeira n�o � garantia de �xito”, orienta o especialista.
“Se uma pessoa foi v�tima de um crime no qual teve que transferir dinheiro via Pix, o ideal � comunicar o banco da conta de destino logo ap�s a transfer�ncia. Embora n�o exista garantia de reembolso, isso ajuda a identificar as contas usadas pelos criminosos”, orienta Leonardo Carvalho, coordenador do MBA em Gest�o de Neg�cios no Centro Universit�rio Newton Paiva, Leonardo Carvalho.
Outro cuidado � n�o autorizar grandes valores da corrente por meio do Pix. “A pessoa deve se cerca de todos os cuidados poss�veis pois, embora existam casos de sucesso nos quais a v�tima de um golpe processou o banco e teve ganho de causa, a decis�o de entrar na Justi�a contra a institui��o financeira n�o � garantia de �xito”, orienta o especialista.