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Estado de Minas ECONOMIA

Nubank reduz pre�o de a��o para viabilizar abertura de capital em NY


01/12/2021 08:05

Nem o celebrado Nubank conseguiu sobreviver � desconfian�a do mercado financeiro em rela��o ao Brasil e �s fintechs. O banco digital brasileiro teve de reduzir o pre�o-alvo de suas a��es de um intervalo entre US$ 10 e US$ 11 para algo entre US$ 8 e US$ 9, na tentativa de viabilizar sua abertura de capital na semana que vem, na Bolsa de Nova York (Nyse).

A fintech, fundada em 2013 pelo colombiano David V�lez, a brasileira Cristina Junqueira e o americano Edward Wible, agora prev� arrecadar US$ 2,8 bilh�es com sua estreia na Nyse (haver�, simultaneamente, pap�is negociados tamb�m na B3, a Bolsa paulista, direcionada especialmente a clientes pessoa f�sica do banco). Anteriormente, a ideia do Nubank era arrecadar at� US$ 4 bilh�es.

O banco tamb�m anunciou, ontem, que fundos de investimento j� concordaram em ancorar a opera��o, com uma demanda de US$ 1,3 bilh�o. Essa busca por investidores "�ncora" para garantir a viabilidade do IPO (oferta inicial de a��es, na sigla em ingl�s) j� vinha sendo ventilada ao mercado financeiro desde a semana passada, segundo apurou o Estad�o/Broadcast.

A avalia��o do Nubank j� vinha sendo questionada por analistas de mercado. Os executivos ambicionavam que o banco digital fosse avaliado em US$ 70 bilh�es, mais que Bradesco e Ita� Unibanco somados. O valor depois foi reduzido a cerca de US$ 50 bilh�es. Agora, segundo informa��es de mercado, o valor total da institui��o deve ficar em cerca de US$ 41,7 bilh�es.

CONTEXTO RUIM

Desde que a oferta foi oficialmente lan�ada, as condi��es de mercado ficaram consideravelmente menos favor�veis para fintechs e empresas de tecnologia. No per�odo, a indiana Paytm captou US$ 2,5 bilh�es, em uma abertura de capital na Bolsa da �ndia, e viu seus pap�is derreterem nos dias seguintes. A brasileira Stone, listada na Nasdaq e que vem de dois resultados que decepcionaram analistas, cai 80% no ano, e 52% apenas em novembro.

H� algumas explica��es para o ambiente menos favor�vel. A primeira, macroecon�mica, � a perspectiva de alta dos juros nos principais mercados globais, inclusive nos Estados Unidos.

Com o dinheiro mais caro, empresas que precisam buscar recursos com frequ�ncia para manter seu crescimento tendem a ter os modelos de neg�cio colocados em xeque, em movimento j� visto no come�o do s�culo, no estouro da bolha das pontocom.

Tamb�m existem d�vidas sobre os modelos de concess�o de cr�dito de bancos digitais e fintechs. No caso do Nubank, a inadimpl�ncia de seu principal produto, o cart�o de cr�dito, � de 3,3%, abaixo da m�dia nacional (4,8%).

Mas problemas como os da concorrente Stone com financiamentos acenderam um alerta entre investidores, analistas e gestores. Tudo isso em um momento de temores com os estragos que a variante �micron do coronav�rus pode causar na economia global.

SUPERVALORIZADO

Nas �ltimas semanas, muitas casas de an�lise se debru�aram sobre os dados do Nubank e chegaram � conclus�o de que o pre�o pedido pela fintech por suas a��es estava alto demais. Mesmo com o alto crescimento das receitas e da base de clientes, a percep��o foi de que por ainda dar preju�zo (de US$ 99 milh�es de janeiro a setembro), o Nubank tende a sofrer mais em um ambiente de alta de juros.

A Suno Research, por exemplo, considerou que, mesmo com pre�os menores, em termos relativos, do que os de outras fintechs internacionais, o Nubank estava caro. "O Nubank apresenta uma precifica��o em linha com o que o mercado internacional est� pagando aos maiores bancos digitais, mas n�o � porque o mercado est� pagando que n�s iremos pagar", afirmou a Suno.

A Nord chegou a uma conclus�o parecida e afirmou que investir na XP ou no BTG Pactual, que j� s�o listados e t�m lucros altos, � mais neg�cio para quem quer se beneficiar da maior competi��o no setor financeiro do Pa�s. Para justificar o antigo valor, a casa calculou que a fintech teria de lucrar US$ 3,3 bilh�es, n�mero alto at� mesmo para grandes bancos locais e muito longe da realidade dos competidores do mundo digital.

Outros gestores consultados pelo Estad�o/Broadcast nos �ltimos dias fizeram afirma��es semelhantes: para uma empresa que ainda n�o d� lucro, os valores estabelecidos inicialmente eram altos demais. "Pelas m�tricas tradicionais, est� muito caro. Mesmo comparando com o Mercado Livre (refer�ncia em Nova York para empresas de tecnologia da Am�rica Latina), o pre�o est� alto", disse um deles.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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