Prejudicado pela falta de modelos nas concession�rias, o mercado de ve�culos novos no Pa�s recuou 23,1% no m�s passado contra igual per�odo de 2020. Na soma de carros de passeio, utilit�rios leves, caminh�es e �nibus, 173 mil unidades foram vendidas em novembro, segundo balan�o divulgado nesta quinta-feira, 2, pela Fenabrave, associa��o que representa as revendas.
Sem repetir o desempenho fraqu�ssimo de setembro e outubro, os dois piores meses do ano, a ind�stria afasta o risco de terminar 2021 abaixo de 2020, como chegou a cogitar a Anfavea, a entidade das montadoras. Mesmo assim, o setor teve, no agregado de todas as categorias, o pior novembro em vendas em 16 anos.
A falta de componentes eletr�nicos, dada a escassez global de chips, segue sem dar tr�gua, comprometendo a oferta de produtos nas lojas. No m�s passado, a produ��o de carros voltou a ser completamente interrompida na Honda (sete dias em Sumar� e dois em Itirapina) e nas f�bricas da Volkswagen em S�o Jos� dos Pinhais, por duas semanas, e Taubat� (cinco dias).
Al�m disso, a produ��o da Volks no ABC paulista e da General Motors (GM) em S�o Jos� dos Campos (SP) foi parcialmente suspensa, com redu��o de um turno, enquanto 1,8 mil trabalhadores do segundo turno da Fiat continuaram afastados da f�brica pelo segundo m�s.
No acumulado desde o in�cio do ano, as vendas chegaram a 1,91 milh�o de ve�culos no m�s passado, 5,4% a mais do que no mesmo per�odo de 2020. Sempre � preciso contextualizar, no entanto, que a base de compara��o � fraca. No ano passado as vendas foram afetadas pela chegada da pandemia ao Pa�s, que causou, inclusive, o fechamento de concession�rias de carros em alguns dos maiores mercados por pelo menos dois meses.
Ao comentar o resultado de novembro, o presidente da Fenabrave, Alarico Assump��o J�nior, destacou que a oferta e aprova��o de cr�dito seguem em bom patamar, por�m as vendas de carros est�o sendo "moduladas" pela disponibilidade de ve�culos. Segundo ele, a alta de juros pode afetar a demanda nos pr�ximos meses.
"Dados os desafios enfrentados nos �ltimos meses, como a crise de abastecimento global e alta de juros no Pa�s, penso que � um �timo desempenho, ainda que sobre uma base comparativa mais baixa, de 2020", afirmou Alarico ao avaliar o desempenho do m�s passado.
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