Escolhido pelo governador Jo�o Doria (PSDB) para coordenar seu plano econ�mico na pr�-campanha eleitoral, o secret�rio da Fazenda de S�o Paulo e ex-ministro, Henrique Meirelles (PSD), se apresentou ao lado do tucano Nova York como o fiador da promessa do presidenci�vel de respeitar o teto de gastos caso ven�a a disputa presidencial em 2022.
"A situa��o em que nos encontramos hoje � parecida com a que encontrei em 2015 e 2016 no Minist�rio da Fazenda. Agora temos infla��o elevada, incerteza nos mercados e o risco pa�s crescendo", disse Meirelles em conversa com jornalistas brasileiros no hotel em que ele est� hospedado em Nova York. "No momento em que o governador Doria, se eleito presidente, assumir, vai anunciar o respeito absoluto ao teto de gastos e a abertura de programas sociais dentro do teto de gastos."
Em 2016, Meirelles foi o mentor da Emenda Constitucional do teto de gastos quando assumiu o comando do Minist�rio da Fazenda no governo Michel Temer (MDB).
A regra limita o crescimento das despesas do governo � taxa de infla��o, e est� sendo modificada pelo Congresso na PEC dos Precat�rios para abrir espa�o no Or�amento e ampliar os gastos em 2022. A manobra para modificar o teto provocou uma rea��o negativa nos mercados financeiros e levou a uma perda da credibilidade das contas p�blicas.
O governador Jo�o Doria refor�ou o discurso. "Nos encontros que tivemos com investidores, fomos ao Bank of America, Morgan Stanley e Goldman Sachs, essa quest�o foi colocada e certamente ser� colocada novamente. Os investidores querem estabilidade econ�mica, fiscal e pol�tica", disse Doria ontem, ap�s inaugurar o escrit�rio americano da InvestSP. "Esses investimentos s�o de longos per�odos, por isso houve v�rias demandas (dos investidores) ao ministro Henrique Meirelles."
Com esse gesto, Doria tenta mais uma vez se contrapor ao presidente Jair Bolsonaro, cujo governo articulou a PEC dos Precat�rios no Congresso. A medida abre espa�o para cerca de R$ 106 bilh�es no Or�amento federal e permite que o governo aumente o valor dos benef�cios do Aux�lio Brasil, programa social que substituiu o Bolsa Fam�lia. A PEC, aprovada ontem pelo plen�rio do Senado, altera o c�lculo da infla��o no teto de gastos e limita o pagamento de d�vidas judiciais da Uni�o, os precat�rios.
Plano econ�mico
O plano do governador paulista � que o seu grupo na �rea econ�mica tenha seis integrantes, sendo que os demais nomes ainda ser�o anunciados. "N�o chegamos a discutir quest�es de ordem pol�tica, mas t�cnicas e econ�micas", afirmou Doria.
Nesse ponto, Meirelles disse que o primeiro ponto do plano ser� "restaurar" a credibilidade e a responsabilidade fiscal. "Isso � fundamental para o controle da infla��o. Tamb�m � preciso uma reforma administrativa abrangente, que diminua o custo da m�quina p�blica. Outro ponto � fazer uma reforma tribut�ria federal e apoiar a reforma tribut�ria dos Estados, que j� est� com um projeto na C�mara com um acordo un�nime entre os Estados."
Petrobras
O secret�rio tamb�m defendeu a privatiza��o da Petrobras. "� um projeto priorit�rio, mas a cria��o de um monop�lio privado � t�o negativa como um monop�lio p�blico. A solu��o � fazer como fizeram em outros pa�ses, inclusive aqui, nos Estados Unidos: separar a Petrobras em tr�s ou quatro unidades e colocar as empresas privatizadas para competir entre elas. Voc� privatiza, mas gera competi��o", afirmou.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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