Impulsionado pela gera��o de energia em usinas termel�tricas, o consumo de g�s natural aumentou 57% no terceiro trimestre deste ano, em compara��o com o mesmo per�odo do ano passado, para 81,6 milh�es de metros c�bicos por dia (m�/d). Desconsiderando a produ��o de energia, a demanda aumentou 16,6%, informou a Associa��o Brasileira das Empresas Distribuidoras de G�s Canalizado (Abeg�s).
A demanda por g�s natural para produ��o de energia aumentou 160,9% entre julho e setembro deste ano, para 37,94 milh�es de m�/d, por causa da crise h�drica que prejudicou a gera��o das hidrel�tricas e levou ao acionamento de usinas termel�tricas para garantir o abastecimento do Pa�s, especialmente no segundo e no terceiro trimestre de 2021.
Os demais segmentos tamb�m apresentaram crescimento no consumo de g�s. Entre eles, a ind�stria se destacou com aumento de 12,9% na demanda por g�s natural, alcan�ando 30,2 milh�es de m�/d, assim como o comercial com 33,0%, a 857,18 mil m/�d, e pela cogera��o, que avan�ou 19,6% para 2,446 milh�es de m�/d, e o setor automotivo/GNV, com eleva��o de 18,8%, para 6,128 milh�es de m�/d. J� o consumo residencial avan�ou 5,6% e atingiu 1,654 milh�o de m�/d.
Segundo a Abeg�s, esse crescimento nos demais segmentos pode ser explicado pela base de compara��o mais fraca do ano passado, pelo avan�o na vacina��o contra a covid-19, que permitiu a retirada de medidas restritivas ao funcionamento de atividades comerciais, puxando a demanda na ind�stria e no com�rcio. J� o segmento automotivo v� uma demanda aquecida devido � escalada no pre�o da gasolina e do diesel, o que incentiva a ado��o do G�s Natural Veicular (GNV), especialmente para o transporte de passageiros.
Aproveitamento
A Abeg�s disse tamb�m que no terceiro trimestre a reinje��o de g�s natural nos campos de produ��o nacionais alcan�ou o patamar de 50% da produ��o, com a devolu��o de 67 milh�es de m�/d para os campos de explora��o, enquanto 48,8 milh�es de m�/d chegaram ao consumidor, o equivalente a 36,6%. J� o restante foi queimado ou usado na opera��o das plataformas de produ��o.
"N�o faz sentido dentro do modelo que a gente trabalha desperdi�ar uma quantidade absurda de g�s natural enquanto importa GNL (G�s Natural Liquefeito) estando vulner�vel �s varia��es do mercado internacional", disse o diretor de Estrat�gia e Mercado da Abeg�s, Marcelo Mendon�a.
De acordo com a entidade, o n�mero de unidades consumidoras de g�s natural est� pr�ximo de atingir a marca dos 4 milh�es, considerando os medidores instalados nas ind�strias, com�rcios e resid�ncias e outros pontos de consumo, enquanto a rede de distribui��o espalhada por todo o Pa�s chega a 39,9 mil quil�metros.
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