A Comiss�o de Valores Mobili�rios (CVM) abriu nesta segunda-feira, 6, um processo administrativo envolvendo a Petrobras ap�s o presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro, declarar, no domingo, 5, que a estatal anunciaria redu��o dos combust�veis at� o fim de dezembro.
O processo de n�mero 19957.010061/2021-47 trata da supervis�o de not�cias, fatos relevantes e comunicados e foi iniciado pela Ger�ncia de Acompanhamento de Empresas 1 (GEA-1) da autarquia, que deve analisar os fatos recentes envolvendo a companhia.
"A Petrobras come�a nesta semana a anunciar redu��o no pre�o do combust�vel", afirmou Bolsonaro ao site Poder360 no domingo.
De acordo com a reportagem do portal, o presidente n�o deu detalhes sobre o porcentual de redu��o, mas declarou que a queda deve seguir por algumas semanas.
A Petrobras informou nesta segunda, em comunicado, que n�o antecipa decis�es sobre reajustes de pre�os. "A Petrobras reitera seu compromisso com a pr�tica de pre�os competitivos e em equil�brio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato da volatilidade externa e da taxa de c�mbio causada por eventos conjunturais", afirmou a estatal.
A companhia disse que monitora continuamente os mercados, o que compreende, dentre outros procedimentos, a an�lise di�ria do comportamento de nossos pre�os relativamente �s cota��es internacionais. "A Petrobras n�o antecipa decis�es de reajuste e refor�a que n�o h� nenhuma decis�o tomada por seu Grupo Executivo de Mercado e Pre�os (GEMP) que ainda n�o tenha sido anunciada ao mercado", afirma.
Procurada, a CVM informou que n�o comenta casos espec�ficos.
Cr�ticas � estatal
Pressionado por prefeitos e congressistas, Bolsonaro tem feito cr�ticas ao aumento nos combust�veis e apontado responsabilidade de governadores, em fun��o da cobran�a do ICMS, imposto arrecadado por Estados. Em algumas ocasi�es, o presidente chegou a citar a pol�tica de pre�os da Petrobras, que segue a cota��o internacional do petr�leo, e falou que a empresa "s� d� dor de cabe�a".
Na semana passada, o ministro da Economia, Paulo Guedes, mais uma vez questionou as vantagens de manter a Petrobras como uma empresa estatal, mas listada em Bolsa. Ele j� declarou diversas vezes que gostaria de privatizar de vez a companhia.
"A estatal listada em Bolsa ajuda a sociedade, derruba os pre�os e acaba quebrando, como no governo passado? Ou vira de mercado, bota o pre�o l� em cima e - entre aspas - aperta o consumidor, como est� acontecendo agora com o petr�leo? A Petrobras n�o satisfaz ningu�m, e a bomba fica no colo do governo", afirmou Guedes.
Nesta segunda, a cota��o do petr�leo fechou em forte alta, apoiada por avalia��es mais positivas � respeito da variante �micron do coronav�rus, que, segundo os primeiros estudos de autoridades sanit�rias, n�o tem provocado quadros graves da doen�a ap�s a infec��o.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petr�leo WTI para janeiro teve alta de 4,87%, sendo cotado a US$ 69,49, enquanto o do Brent para o m�s seguinte subiu 4,58% na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres, chegando a US$ 73,08.
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