João Adibe Marques, presidente da Cimed, com roupa espacial

Presidente do grupo comemora investimentos em pesquisa espacial

Reprodu��o/Cimed
A farmac�utica Cimed, com f�brica em Pouso Alegre, Sul de Minas, � a primeira do setor na Am�rica Latina a ingressar na ci�ncia espacial. “Somos a primeira farmace%u0302utica nacional a investir no desenvolvimento da cie%u0302ncia espacial. Vamos disputar no mercado das multinacionais”, � parte do comunicado de Jo�o Adibe Marques, presidente da empresa. O projeto ter� R$ 300 milh�es de investimento. Prote�na do v�rus COVID ser� levada para estudo no espa�o, em dezembro.

Cimed X � um projeto de longo prazo do grupo, que � a terceira maior farmac�utica do Brasil. O objetivo � pesquisar e desenvolver novos produtos e mol�culas at� mesmo no espa�o. O projeto come�ou h� cinco meses. Em 2 de dezembro, o presidente do grupo esteve na Nasa, em Cabo Canaveral, para lan�amento oficial.
 
A empresa amplia seus investimentos, que em 2020 contou com an�ncio de R$ 200 milh�es para uma nova f�brica que vai gerar mais 500 empregos em Pouso Alegre e inaugura��o de um novo Centro de Distribui��o (CD). As unidades fabris, gr�fica e CD est�o em Pouso Alegre e S�o Sebasti�o da Bela Vista e h� mais de 20 CD's em todo o pa�s.
 
“Queremos alavancar o desenvolvimento cienti%u0301fico nos pro%u0301ximos anos”, afirma o presidente sobre o projeto Cimed X. “Sabemos que toda pesquisa tem seus riscos. Estamos habituados ao risco, sem risco na%u0303o existe o nego%u0301cio. Somos disruptivos. E%u0301 o nosso DNA”, complementa.

Estudo espacial com v�rus da COVID-19

Prote�na do SARS-Cov-2 ser� levada ao espa�o como primeiro experimento do Cimed X, informa a empresa. A segunda fase vai simular a a��o do aparelho digestivo humano com teste de absor��o de vitaminas por leveduras.

 

Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Celso Benedetti explica que o experimento � parte de pesquisa para “revelar a estrutura at�mica da prote�na nucleocaps�deo do v�rus SARS-CoV-2 ligada a uma mol�cula de RNA”. Ele acrescenta que n�o foi poss�vel obter cristais da prote�na N (nucleocaps�deo) em solo e que no espa�o pode haver �xito.

O espa�o como laborat�rio farmac�utico

Estudos cient�ficos no espa�o podem colocar o Brasil em destaque nessas pesquisas, nos pr�ximos anos, analisa a empresa. O motivo � o investimento de R$ 300 milh�es durante cinco anos, por meio do novo projeto. As parcerias fechadas para a primeira fase s�o com a empresa de log�stica espacial Airvantis e o CNPEM. Esse �ltimo j� prepara amostras a serem enviadas para o espa�o em dezembro.

A etapa � para experimento de cristaliza��o de prote�nas no espa�o, metodologia que j� existe h� mais de 20 anos para gerar cristais de prote�na com melhor qualidade atrav�s da microgravidade.

Amostras ser�o enviadas para o m�dulo japon�s da ISS, KIBO, em parceria com empresas nip�nicas e ag�ncia espacial do Jap�o (JAXA). O experimento brasileiro ser� feito por tr�s meses com um astronauta em �rbita. Se o resultado for positivo, o material ser� levado para o acelerador de part�culas do centro de pesquisa em Campinas (SP). Um estudo por cristalografia pode avaliar como a prote�na age no organismo e interage com poss�veis medicamentos.

De olho no futuro

O presidente da farmac�utica pensa em usar pesquisas espaciais para desenvolver novos produtos nas �reas de medicina regenerativa e preventiva. J� o projeto inicial de an�lise da prote�na N do v�rus COVID visa resultados para compreender como o v�rus age e encontrar tratamentos e vacinas eficazes.

Lucas Fonseca, CEO da Airvantis, considera que “h� muitas oportunidades a serem exploradas no campo da medicina e da biologia em termos de experimentos espaciais”. Para ele, � importante “colaborar na realiza��o de trabalhos brasileiros na Esta��o Espacial Internacional”.