O �ndice Geral de Pre�os - 10 (IGP-10) caiu 0,14% em dezembro, ap�s ter avan�ado 1,19% em novembro, informou nesta quarta-feira a Funda��o Getulio Vargas (FGV). Com isso, o IGP-10 encerrou 2021 com alta de 17,30% ante um avan�o de 24,16% em 2020.
O resultado de dezembro ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Proje��es Broadcast, que esperavam de uma queda de 0,91% a uma alta de 0,15%, mas o recuo veio menos intenso do que a mediana das estimativas, de 0,25%. J� o resultado fechado de 2021 ficou acima da mediana das proje��es coletadas, uma alta de 17,18%, obtida do intervalo de 16,39% a 17,65%.
Quanto aos tr�s indicadores que comp�em o IGP-10, em dezembro, os pre�os no atacado medidos pelo IPA-10 tiveram queda de 0,51%, ante uma alta de 1,31% em novembro. Os pre�os ao consumidor verificados pelo IPC-10 apresentaram aumento de 1,08% em dezembro, ap�s o avan�o de 0,79% em novembro. J� o INCC-10, que mede os pre�os da constru��o civil, teve alta de 0,54% em dezembro, depois de subir 0,95% em novembro.
O per�odo de coleta de pre�os para o indicador de novembro foi do dia 11 de novembro a 10 deste m�s.
'Vil�es' em 2021
A seca e as geadas de meados do ano e a eleva��o das cota��es internacionais do petr�leo fizeram dos pre�os da cana-de-a��car, do caf� em gr�o e do �leo diesel os vil�es da infla��o no atacado em 2021, conforme os dados do IGP-10 de dezembro. O IGP-10 � o primeiro dos IGPs da FGV a ter dados fechados para o ano.
A alta de 17,30% em 2021, abaixo dos 24,16% de 2020, foi puxada pelo IPA-10, que mede os pre�os do atacado e fechou o ano com alta de 19,72%. "Entre os itens que mais desafiaram a infla��o ao produtor est�o produtos cujas safras foram afetadas pela seca (cana-de-a��car 57,55%), pelas geadas (caf� em gr�o 148,05%) e pelos avan�os do pre�o do petr�leo (diesel 82,82%)", diz a nota divulgada pela FGV.
O quadro s� n�o foi pior porque o ano acabou fechando com queda nas cota��es de outras "commodities". Os pre�os do min�rio de ferro (-24,27%), do farelo de soja (-15,49%) e do arroz em casca (-36,85%), todos no atacado, fecharam 2021 com defla��o.
Embora tenham sido vil�es em 2021, os pre�os dos combust�veis mostraram alguma sinal de arrefecimento no atacado. O avan�o no subgrupo "combust�veis para o consumo" passou de 8,48% em novembro para 2,69% em dezembro. Tamb�m houve al�vio no min�rio de ferro (1,23% para -19,28%), soja em gr�o (-1,39% para -3,41%) e aves (-0,03% para -4,95%).
Apesar da desacelera��o na alta dos pre�os de combust�veis no atacado em dezembro, seguiram pressionando a infla��o ao consumidor. Na taxa de 1,08% no IPC-10 de dezembro, tr�s das oito classes de despesa componentes do �ndice registraram acr�scimo em suas taxas de varia��o: Educa��o, Leitura e Recrea��o (0,05% para 2,61%), Habita��o (0,36% para 0,77%) e Transportes (2,17% para 2,49%). A gasolina subiu 5,50% este m�s, ap�s 5,09% antes. A conta de luz tamb�m pesou mais, com eleva��o de 1,86%, ante 0,06% em novembro.
Na contram�o, houve al�vio em cinco das oito classes de despesa, incluindo nos pre�os de alimentos. Arrefeceram os grupos Alimenta��o (0,81% para 0,59%), Vestu�rio (0,87% para 0,19%), Sa�de e Cuidados Pessoais (0,29% para 0,12%), Comunica��o (0,33% para 0,08%) e Despesas Diversas (0,27% para 0,16%) com decr�scimo em suas taxas de varia��o. Hortali�as e legumes arrefeceram de 11,38% em novembro para 1,20% em dezembro.
IPAs
Os pre�os agropecu�rios mensurados pelo IPA agr�cola ca�ram 0,11% no atacado em dezembro, ap�s uma queda de 1,56% em novembro, dentro do IGP-10. J� os pre�os dos produtos industriais - medidos pelo IPA Industrial - tiveram queda de 0,67% este m�s, depois da alta de 2,53% no atacado em novembro.
Dentro do �ndice de Pre�os por Atacado segundo Est�gios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmiss�o de pre�os ao longo da cadeia produtiva, os pre�os dos bens finais tiveram alta de 1,29% em dezembro (eleva��o de 1,29% tamb�m em novembro).
Os pre�os dos bens intermedi�rios subiram 0,42% em dezembro, ap�s alta de 3,71% no m�s anterior. J� os pre�os das mat�rias-primas brutas ca�ram 3,78% em dezembro, depois da queda de 0,98% em novembro.
ECONOMIA