
As aposentadorias e pens�es pagas pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) dever�o receber uma corre��o pr�xima de 10% em janeiro. A estimativa leva em conta a previs�o de aumento do �ndice de Pre�os ao Consumidor (INPC) neste ano. O indicador � usado para atualizar os benef�cios previdenci�rios e o sal�rio m�nimo, entre outros valores.
Segundo previs�o da Secretaria de Pol�tica Econ�mica (SPE) do Minist�rio da Economia, o INPC dever� subir 10,04% neste ano. At� novembro, a alta estava em 9,36%. Se a previs�o se confirmar, o sal�rio m�nimo, em janeiro, passaria dos atuais R$ 1.100 para R$ 1.210,44. O mesmo percentual seria aplicado aos benef�cios previdenci�rios, e o teto das aposentadorias pagas pelo INSS subiria de R$ 6.433,57 para R$ 7.076,93.
Em documento de revis�o do projeto da Lei Or�ament�ria Anual (Ploa), enviado ao Congresso no �ltimo dia 9, por�m, o governo estimou o valor do novo sal�rio m�nimo em R$ 1.210, ou seja, um reajuste de 10%. Seja como for, a corre��o, segundo especialistas, n�o vai representar um aumento real do poder de compra de quem ganha o m�nimo ou dos benefici�rios da Previd�ncia, mas apenas a reposi��o dos valores corro�dos pela infla��o.
Os benef�cios com reajuste come�ar�o a ser pagos em 25 de janeiro, conforme calend�rio divulgado pelo INSS. Quem ganha um sal�rio m�nimo recebe primeiro, entre 25 de janeiro e 7 de fevereiro. J� quem tem benef�cio maior ter� o pagamento entre 1º e 7 de fevereiro, conforme o n�mero final do cart�o do INSS, sem o d�gito verificador.
Defasagem
A advogada especialista em direito previdenci�rio Hanna Gomes observou que, "quanto maior a infla��o, mais o Estado deve prover as necessidades b�sicas do cidad�o".
Para o advogado previdenci�rio Rog�rio Fontele, as aposentadorias n�o v�m sendo corrigidas como deveriam. "Uma corre��o de 10% � razo�vel. No entanto, em anos anteriores n�o houve reajuste de acordo com a infla��o real. Por isso a perda dos aposentados � bem maior do que o aumento previsto", afirmou.
Apesar de esperar que o reajuste fa�a alguma diferen�a no bolso, o aposentado Kleber Carvalho disse achar dif�cil que seja algo muito impactante. "Infelizmente, n�o vai mudar muita coisa. O combust�vel subiu mais de 50%, por isso os 10% n�o cobrem esses aumentos, e a gente n�o consegue manter o mesmo estilo de vida", lamentou.
Segundo o aposentado, outros gastos essenciais tamb�m sofreram aumentos que n�o devem ser compensados pela corre��o do INSS. "O plano de sa�de subiu bem mais do que 10%, e n�o consigo manter o plano que t�nhamos porque o valor est� muito alto. Essa � a realidade de muitos amigos meus, que agora apelam para a sa�de p�blica mesmo", finalizou.
* Estagi�rias sob supervis�o de Odail Figueiredo