Chuvas trazem perdas a produtores e causam aumento de pre�o na Ceasa

 

As chuvas que deixaram um rastro de lama, pessoas desabrigados e at� mortos em Minas, t�m reflexo tamb�m na mesa do consumidor. Na manh� desta quarta-feira (12/1), os expositores, produtores e consumidores viram o resultado das �guas tanto na queda da qualidade dos produtos quanto no aumento dos pre�os na Central de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa Minas), em Contagem.

 

Muitas cidades ficaram debaixo d'�gua nos �ltimos dias e as precipita��es atingiram tamb�m as lavouras e planta��es. O produtor Adelmo Gomes Soares traz a produ��o do munic�pio de Igarap�. Mas hoje lamentou o produto que consegue oferecer. As folhas, que costumam ser vistosas, estavam murchas. Ele calcula um preju�zo dee 50% com a produ��o de folhosas.  

"O que sobrou � de qualidade muito ruim. As folhas est�o melando ou queimadas", afirma. Em fun��o da pouca oferta, al�m da qualidade inferior, o consumidor ainda ter� que pagar mais caro. "Estamos vendendo a um pre�o muito mais alto do que de costume. Alguns produtos suibram de pre�o at� 300%", diz.

 

Uma d�zia de couve, que era vendida por R$ 10, h� duas semanas, agora sai por R$ 30. A alface crespa que era R$ 1, nesta quarta, era vendida a R$ 2,50. "A alface est� muito queimada, muito estragada. Tem que ser consumido r�pido. N�o d� para ser consumida no dia seguinte", lamenta. Ele ainda n�o conseguiu calcular os preju�zos. 

 

 

O comerciante Wilson Ribeiro de Paulo, propriet�rio de um sacol�o no Bairro Atlo dos Pinheiros, na Regi�o Noroeste de Belo Horionte, destaca que outro problema � que as chuvas danificaram muito as estradas. "Tudo est� bem mais caro. Alguns produtos tiveram alta a cima de 100%,  como cenoura, batata, ab�bora", afirma.  Ele abastece no Ceasa todas as segundas, quartas e sextas. "Segunda, os produtos estavam bem ruins,  melhorou um pouco, mas as coisas est�o bem caras".

Wilson disse que n�o consegue manter o pre�o antigo e ter� que repassar o aumento para o cliente. "A ab�bora It�lia de R$ 4,99 teve que passar para R$ 10,90, a cenoura passou de R$ 4,90 para R$ 7, 90 e o repolho, que sa�a por  R$ 1,90 passou para  R$ 2,90." 

 

Os comerciantes acreditam que deve levar de um a dois meses para que a situa��o se normalize.  "A chuva destruiu tudo,  levou toda a planta��o. O agricultor tem que plantar tudo de novo, Quando falamos de hortifruti leva de dois a tr�s meses para produzir", afirmou. 

 

Propriet�rio de um mercado e um sacol�o no Bairro Parque S�o Pedro, na Regi�o de Venda Nova, Kleiderson Neves Dias disse que os hortifruti tiveram alta no pre�o, que ele ter� que repassar ao consumidor.  "O prre�o est� em alta devido � falta de mercadria. Quanto mais caro, pior a qualidade, a mercadoria � inferior", diz sobre a din�mica de oferta no principal entreposto comercial de Minas.  Devido � alta, ele reduziu a compra que faria, levou 40% a menos de produto do que costuma comprar usualmente. 

 

Um v�deo que circula nas redes sociais mostra os produtores atravessando de barco uma regi�o totalmente tomada pela enchente para abastecer o caminh�o que seguiria para a Ceasa. O v�deo foi gravado na estrada que liga Pomp�u � BR-040.