
A explica��o, segundo especialistas, � que, com o petr�leo abaixo de US$ 100 - o barril est� sendo negociado entre US$ 97 e US$ 98 desde a abertura dos mercados - e o d�lar cotado na faixa de R$ 5,10, acabou a defasagem que existia entre os pre�os internos dos combust�veis e os praticados no mercado internacional. N�o h� necessidade, portanto, de a Petrobras reajustar ainda mais seus pre�os. Mas tamb�m n�o se v� espa�o para corte de pre�os.
Pelos c�lculos dos analistas, o mega-aumento da semana passada - a gasolina teve reajuste de 18,7%, o diesel, de 24,9%, e o g�s de cozinha, de 16% - foi suficiente para bancar 60% da defasagem que existia nos pre�os dos combust�veis com o petr�leo acima de US$ 110. Ou seja, se essa cota��o se mantivesse, ainda haveria defasagem de 40%, agora, zerada.
Apesar de n�o verem mais necessidade de aumentos de pre�os por parte da Petrobras neste momento, especialistas e t�cnicos do governo dizem que � bom ficar atento, pois h� muitas incertezas no horizonte. Ao mesmo tempo em que a guerra entre a R�ssia e a Ucr�nia continua, a China confinou mais de 30 milh�es de cidad�os por causa de um novo surto de COVID - isso derruba o consumo de petr�leo.
T�cnicos da Economia torcem para que o barril do petr�leo n�o volte a ser vendido acima de US$ 110, para reduzir a press�o pol�tica por subs�dios � gasolina, medida considerada por eles ineficiente, por s� favorecer as classes m�dia e alta. "O momento � para se ter ju�zo", acrescenta outro assessor de Guedes.
O pr�prio presidente Jair Bolsonaro apoia a ado��o de subs�dios, como a zerarem dos impostos federais sobre a gasolina, para acalmar os �nimos dos eleitores mais barulhentos. Se essa medida vier a ser adotada, a Uni�o perder� mais de R$ 27 bilh�es at� o fim de 2022.