Adriano Pires ser� o novo presidente da Petrobras

O presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, j� recebeu o comunicado de que deixar� o comando da estatal, por decis�o do presidente Jair Bolsonaro (PL), anunciada na tarde de ontem. Quem assume o cargo � Adriano Pires, atual diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). O Minist�rio de Minas e Energia publicou nota ap�s as 19h para apontar que “consolidou a rela��o de indicados do acionista controlador para compor o Conselho de Administra��o da Petr�leo Brasileiro S.A. – Petrobras, a ter efeito a partir da confirma��o pela Assembleia Geral Ordin�ria, que ocorrer� em 13 de abril de 2022”. No comunicado, o minist�rio confirma Rodolfo Landim para o exerc�cio da presid�ncia do Conselho da estatal, e Adriano Pires para o exerc�cio da presid�ncia da empresa.

A demiss�o de Silva e Luna ocorreu ap�s uma s�rie de desgastes com o presidente. Recentemente, o general foi pressionado publicamente pelo chefe do Executivo e pelo presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), em raz�o da escalada dos combust�veis. Internamente, o militar dizia que a alta dos pre�os era conjuntural e que n�o havia necessidade de rever os aumentos promovidos pela estatal. Com a troca do comando, as a��es ordin�rias da empresa (PETR3, com direito a voto) cederam 2,63%, negociadas a R$ 34,08, e as preferenciais (PETR4, sem direito a voto) ca�tram 2,17%, cotadas a R$ 31,60.

Luna n�o � o primeiro presidente da estatal a cair no governo Bolsonaro. Roberto Castello Branco, indicado do ministro da Economia, Paulo Guedes, foi exonerado em fevereiro de 2021, ap�s a companhia anunciar o quarto aumento nos pre�os do diesel e da gasolina naquele ano.

Os acionistas da Petrobras se re�nem no pr�ximo dia 13 para confirmar os novos nomes ao Conselho da estatal. A reuni�o j� ter� a participa��o do novo presidente do Conselho, Rodolfo Landim, que tamb�m � presidente do Flamengo. Nos bastidores, especula-se que ele recusou assumir a estatal para permanecer nos dois cargos. Para ser presidente da Petrobras � necess�rio fazer parte do Conselho de Administra��o. Sem o nome nessa lista, Silva e Luna � automaticamente substitu�do. A troca seria poss�vel porque o atual presidente, Eduardo Bacellar Leal Ferreira, pediu para deixar o cargo, o que dilui a atual forma��o do Conselho e abre o caminho para Pires.

Na escalada da troca de mandatos, a substitui��o de Silva e Luna tamb�m chegou a ser discutida em reuni�o na manh� dessa segunda-feira de Bolsonaro com o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e com os comandantes das tr�s For�as, no Pal�cio do Planalto. Eles retiraram o apoio ao militar nas �ltimas semanas, devido aos aumentos nos combust�veis e � forma como Luna e Silva respondeu publicamente ao presidente � �poca do an�ncio da alta nos pre�os, considerada inapropriada.

Adriano Pires � doutor em economia industrial pela Universidade Paris XIII (1987), mestre em planejamento energ�tico pela COPPE/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) (1983) e economista formado pela UFRJ (1980). O atual diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura atua h� mais de 30 anos na �rea de energia. Sua �ltima experi�ncia no governo foi na Ag�ncia Nacional de Petr�leo (ANP), onde atuou como assessor do diretor-geral, superintendente de importa��o e exporta��o de petr�leo, seus derivados e g�s natural e superintendente de abastecimento.

A troca de comando na Petrobras ocorre no momento em que v�rias categorias pressionam contra o aumento dos combust�veis. Com o reajuste deste m�s, o pre�o do diesel, principal combust�vel utilizado por caminhoneiros, ultrapassou a marca de 70% dos custos do frete em Minas Gerais. A informa��o foi divulgada ontem pelo Sindicato dos Transportadores de Combust�veis e Derivados de Petr�leo (Sindtanque-MG). A categoria afirma que, diante da situa��o, a paralisa��o dos servi�os pode acontecer a qualquer momento.

De acordo com o sindicato, ainda n�o h� data marcada para uma manifesta��o da categoria, mas a nota de indigna��o foi veiculada com a inten��o de sensibilizar os governos estadual e federal para a situa��o dos tanqueiros. A proposta dos tanqueiros para a redu��o do pre�o do diesel inclui a diminui��o do Imposto sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS) vinculado ao combust�vel. Atualmente, a al�quota do tributo em Minas � de 14%. Os tanqueiros prop�em uma redu��o para 9%. Al�m do diesel, o Sindtanque tamb�m prop�e uma redu��o do ICMS sobre a gasolina de 31% para 20% e do etanol de 16% para 10%.

“Hoje, empresas est�o falindo e bancos est�o tomando caminh�es porque transportadores n�o est�o conseguindo mais se sustentar ou pagar a presta��o dos ve�culos. Al�m disso, contratos est�o sendo quebrados pelos tomadores de servi�os, porque tamb�m n�o est�o aguentando pagar. Em meio a isso tudo, o diesel, insumo mais oneroso para os transportadores, j� ultrapassou 70% do valor do frete”, disse o presidente do Sindtanque-MG, Irani Gomes.

Entregadores e motoristas de aplicativos marcaram greve para hoje (29/3) por melhoria em servi�os e condi��es oferecidas por empresas como Uber, 99 e iFood. O protesto � nacional. A previs�o � de que haja ades�o em 16 cidades de todo o pa�s. Em Belo Horizonte, a princ�pio, parte da categoria defende uma greve escalonada de tr�s dias a partir de hoje, mas h� ainda diverg�ncias sobre a extens�o do movimento. 

    Entregadores por aplicativos definiram concentra��o na sexta-feira, a partir de 9h, no cal�ad�o da Savassi, e carreata e manifesta��o, �s 15h, saindo da Pra�a da Esta��o. Os entregadores prometem paralisar completamente os servi�os de delivery durante o fim de semana.

Entre as pautas dos entregadores ao iFood est�o o fim da necessidade de agendar previamente o hor�rio de trabalho, al�m do fim da obriga��o de duas ou mais entregas numa mesma corrida. Eles reivindicam ainda que o atendimento seja feito por humanos, e n�o rob�s, pedem o fim dos "bloqueios injustos da plataforma" e a distribui��o de pedidos igualit�ria entre as modalidades de entregadores, al�m do reajuste anual de taxas.

No caso dos motoristas de passageiros, segundo o presidente da Associa��o dos Prestadores de Servi�o que Utilizam Plataformas Web e Aplicativos de Economia Compartilhada – Appec, Warley Leite, as reivindica��es da categoria s�o reajuste nas taxas em 40%, fim dos agendamentos e das corridas duplas. 

Motoristas demandam que a porcentagem de cada corrida que fica com a empresa seja fixa de 20% e que o deslocamento at� o passageiro seja pago. Outra reivindica��o � que o valor m�nimo da corrida passe para R$ 10 e que se instalem c�meras nos carros das motoristas mulheres. (Bernardo Estillac e Elian Guimar�es)

Mais um desafio para o bolso e para a mesa do belo-horizontino: o aumento no p�ozinho franc�s. Levantamento mais recente do Mercado Mineiro com estabelecimentos da capital e da regi�o metropolitana mostra m�dia de pre�o de R$ 17,55 no pre�o do quilo do p�o franc�s. Dos itens que tiveram maior aumento, em rela��o ao m�s de fevereiro e mar�o, est�o o p�o sovado, que subiu de R$ 20,83 para R$ 22,27, um aumento de 6,92%, R$ 1,44 mais caro. O quilo do p�o doce subiu de R$ 18,96 para R$ 20,27, um aumento de R$ 1,31, ou seja 6,93%. O quilo do p�o franc�s custava, em m�dia, R$ 16,42 e passou para R$ 17,55, um aumento de 6,90%. O leite integral Itamb� de 1 litro subiu de R$ 5,11 para R$ 5,66, R$ 0,55 mais caro. J� o Cotoch�s, subiu de R$ 4,70 para R$ 5,41, um aumento de R$ 0,71. Com o reajuste de 16% no pre�o do g�s de cozinha, da Petrobras para as distribuidoras, o belo-horizontino enfrenta mais um aumento em um item essencial para a prepara��o de alimentos. O site de pesquisas mostra que o pre�o do botij�o de 13kg pode chegar a custar at� R$ 149. O pre�o m�dio do g�s de cozinha na primeira semana de mar�o era de R$ 112,59 e passou para R$ 123,46, tendo aumento de R$ 10,87, ou seja, de 9,66%, isso quando entregue na pr�pria regi�o.