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Estado de Minas custo de vida

Petrobras anuncia alta de 8,86%nos pre�os do diesel nas refinarias

Novo aumento pode levar tanqueiros � greve, porque implica eleva��o de 20% nos custos operacionais da categoria


10/05/2022 08:00 - atualizado 10/05/2022 00:18

Reajuste do diesel surpreendeu tanqueiros, porque pode levar a uma alta de 20% nos custos operacionais, segundo a categoria
Reajuste do diesel surpreendeu tanqueiros, porque pode levar a uma alta de 20% nos custos operacionais, segundo a categoria (foto: GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A PRESS)

Bras�lia – A Petrobras anunciou ontem reajuste de 8,86% no pre�o do diesel para as distribuidoras de combust�veis. Na pr�tica, o combust�vel passa de R$ 4,51 por litro para R$ 4,91, eleva��o de R$ 0,40. Segundo a estatal, o pre�o do diesel n�o era reajustado h� 60 dias e o novo valor j� passa a valer hoje. “Desde aquela data, a Petrobras manteve os seus pre�os de diesel e gasolina inalterados e reduziu os pre�os de GLP, observando a din�mica de mercado de cada produto”, afirmou a empresa em nota. Os pre�os da gasolina e do g�s liquefeito de petr�leo (GLP) foram mantidos. Al�m do impacto previs�vel do novo reajuste na infla��o e no custo de vida da popula��o, a nova alta causou rea��o imediata dos sindicatos dos tanqueiros, que j� falam em paralisa��o, e das empresas de transporte coletivo de Belo Horizonte, que pediram reuni�o emergencial com a prefeitura da capital para discutir compensa��o para o setor como consequ�ncia da majora��o.

A empresa justifica o aumento informando que o balan�o global de diesel est� sendo impactado, nesse momento, por uma redu��o da oferta frente � demanda. “Os estoques globais est�o reduzidos e abaixo das m�nimas sazonais dos �ltimos cinco anos nas principais regi�es supridoras. Esse desequil�brio resultou na eleva��o dos pre�os de diesel no mundo inteiro, com a valoriza��o deste combust�vel muito acima da valoriza��o do petr�leo. A diferen�a entre o pre�o do diesel e o pre�o do petr�leo nunca esteve t�o alta”, diz a empresa em nota divulgada � imprensa.

A Petrobras informa ainda que suas refinarias est�o operando pr�ximo ao n�vel m�ximo e que o refino nacional n�o tem capacidade de atender a toda a demanda do pa�s. “Dessa forma, cerca de 30% do consumo brasileiro de diesel � atendido por outros refinadores ou importadores. Isso significa que o equil�brio de pre�os com o mercado � condi��o necess�ria para o adequado suprimento de toda a demanda, de forma natural, por muitos fornecedores que asseguram o abastecimento adequado”, explica a Petrobras na nota.

REA��O O aumento de 8,86% no pre�o do diesel para as distribuidoras surpreendeu transportadores de combust�veis de Minas Gerais. O impacto pode levar a uma alta de 20% dos custos operacionais e, de acordo com o presidente do sindicato, h� possibilidade de uma greve dos tanqueiros contra o aumento. O efeito do aumento do diesel � em cascata, com impacto em diversos gastos do transporte rodovi�rio. Por isso, um aumento de cerca da 20% dos atuais custos operacionais j� � esperado, que deve repassado ao consumidor.

“A categoria est� reclamando muito”, afirmou Irani Gomes, presidente do Sindtanque-MG. A not�cia chegou como surpresa. “A gente n�o acreditava que a Petrobras poderia trazer esse aumento neste momento”, concluiu, tendo em vista a alta da infla��o e o agravamento que se pode esperar dela ap�s a alta do combust�vel. O sindicato das transportadoras marcou reuni�o para esta semana, que dever� ocorrer at� sexta-feira, para discutir, entre outras pautas, a possibilidade de uma greve.

O �ltimo reajuste do pre�o do combust�vel ocorreu h� 60 dias. No an�ncio de hoje, a gasolina e o GLP tiveram seus pre�os mantidos. A Petrobras afirma que a alta � motivada pelo aumento da demanda global do diesel acima da oferta, com uma valoriza��o maior que a do petr�leo.

O CEO da Patrus Transportes, Marcelo Patrus, com sede em Contagem, na Grande BH, e com 85 unidades no pa�s, tamb�m comentou o reajuste. “Em d�cadas de atua��o nesse segmento, nunca vivenciamos uma situa��o de tamanha volatilidade e instabilidade no pre�o dos combust�veis. Um cen�rio que fragiliza sobremaneira a opera��o. Os reajustes tornam-se imprescind�veis para a manuten��o da viabilidade dos neg�cios”, disse.

“O combust�vel � um dos itens na composi��o do pre�o da nossa opera��o. N�o � o �nico. Vamos fazer um reajuste que n�o inviabilize o neg�cio. N�o fazemos uma transfer�ncia autom�tica. O impacto no setor � generalizado, trazendo uma imprevisibilidade imensa para o nosso segmento”, completou.

* Estagi�rio sob supervis�o do subeditor Paulo Nogueira


Novo aumento pode paralisar ônibus fora dos horários do pico em Belo Horizonte, segundo o sindicato das empresas da capital
Novo aumento pode paralisar �nibus fora dos hor�rios do pico em Belo Horizonte, segundo o sindicato das empresas da capital (foto: JUAREZ RODRIGUES/EM/D.A PRESS)

Empresas de �nibus querem compensa��o

Ap�s o an�ncio da alta de 8,86% no pre�o do diesel a partir de hoje, o Setra-BH, sindicato que representa as empresas de transporte coletivo da capital mineira, informou que solicitou reuni�o com a Prefeitura de Belo Horizonte para discutir o impacto do aumento do combust�vel no funcionamento do transporte urbano. Segundo o sindicato patronal, a empresa ter� suas opera��es inviabilizadas se n�o houver compensa��o. Linhas podem ser paralisadas fora dos hor�rios de pico.

A entidade alega que “a situa��o � de extrema gravidade, principalmente em um contrato desequilibrado, com tarifas congeladas desde 2018, com infla��o descontrolada, aumento de custos absurdos, queda no quantitativo de passageiros transportados e com receitas financeiras geradas pelo sistema muito abaixo dos custos de opera��o”. Os gastos com �leo diesel s�o o maior custo operacional da empresa, chegando a 35% do total. Em entrevista, o sindicato afirma que � poss�vel chegarmos � situa��o de Teresina, no Piau�, onde os �nibus pararam de rodar.

A sinaliza��o de que um aumento do diesel levaria a um caos no transporte p�blico de todo o pa�s j� havia sido feita pela Associa��o Nacional de Transportes Urbanos (NTU) na sexta-feira passada. Na ocasi�o, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) afirmou que operava em colapso, e que tal aumento seria catastr�fico.

Na quinta-feira passada, houve reuni�o entre a prefeitura e parlamentares, quando foi proposto um subs�dio de R$ 163 milh�es para as empresas de transporte urbano at� o fim do ano. Seriam R$ 13 milh�es por m�s. Mas n�o h� consenso em torno da proposta. O debate foi acalorado entre prefeito e parlamentares, e a minuta do decreto que ser� enviado para a C�mara Municipal n�o foi aprovada. A reuni�o ser� retomada hoje. A contrapartida para o subs�dio � que as empresas se comprometam com uma s�rie de requisitos, como a manuten��o da frota de �nibus em opera��o.


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