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Estado de Minas ECONOMIA GLOBAL

Bitcoin perde metade do valor em 6 meses: estamos vivendo um criptoinverno?

Em meio ao aumento das taxas de juros nos EUA e � queda da bolsa de Wall Street, o mercado de criptomoedas est� esfriando. Como se isso n�o bastasse, a guerra na Ucr�nia acrescenta ainda mais incerteza ao cen�rio.


10/05/2022 12:44 - atualizado 10/05/2022 15:58


Imagem de bitcoin
O pre�o do bitcoin caiu quase pela metade desde seu pico em novembro (foto: Getty Images)

Quando as coisas est�o indo bem, os investidores gostam de riscos. Mas quando a economia global passa por um momento dif�cil, como agora, o grande capital prefere se refugiar em investimentos mais seguros.

Assim, no cen�rio atual, de grande avers�o ao risco diante de tantas incertezas na economia, as criptomoedas s�o as primeiras a perder seu valor justamente por terem alta volatilidade.

Cada vez mais especialistas alertam para a possibilidade de o mundo estar � beira de um "criptoinverno", conceito usado entre os investidores para se referir a uma queda sustentada no pre�o das moedas digitais.

Desde o in�cio deste ano, muitos analistas v�m alertando sobre esse risco no horizonte.

Um deles, David Marcus, empres�rio americano, ex-chefe do setor de criptomoedas do Facebook e ex-presidente do Paypal, deu sinais em janeiro de que o inverno havia chegado. "� durante os criptoinvernos que os melhores empreendedores constroem as melhores empresas", disse Marcus.

Nesta segunda-feira (10/5) o bitcoin, a maior das criptomoedas, sofreu uma queda acentuada que o levou a acumular uma perda de metade do seu valor nos �ltimos seis meses.

Is this #crypto winter? pic.twitter.com/vkMcHIhopI

— CamyCrypto (@CamyCrypto10) May 9, 2022

De uma alta hist�rica pr�xima a US$ 68 mil por bitcoin em novembro, a cota��o agora caiu para US$ 33 mil.

A queda da principal moeda eletr�nica arrastou para baixo o restante do mercado de criptomoedas, que neste ano perdeu cerca de US$ 1 bilh�o como um todo.

Por que o bitcoin caiu?

"As criptomoedas s�o um ativo de alto risco, embora existam pessoas que esperam que o pre�o suba no longo prazo e elas se tornem um ativo de ref�gio seguro", diz Jos� Francisco L�pez, diretor de conte�do da Economipedia.

Quando as bolsas caem, diz ele � BBC News Mundo (servi�o de not�cias em l�ngua espanhola da BBC), "os investidores preferem se livrar dos ativos mais vol�teis".


Empresa de bitcoin na Turquia
"As criptomoedas s�o um ativo de alto risco, embora existam pessoas que esperam que o pre�o suba no longo prazo e elas se tornem um ativo de ref�gio seguro", diz Jos� Francisco L�pez, diretor de conte�do da Economipedia (foto: Getty Images)

Em Wall Street, as a��es das empresas de tecnologia agrupadas no �ndice Nasdaq ca�ram, "seguindo uma correla��o com a queda do bitcoin", explica Diego Mora, analista s�nior da consultoria XTB.

Isso acontece porque tanto as moedas digitais quanto as a��es de empresas de tecnologia serviram aos investidores "para procurar dinheiro f�cil".

Mas desde que o Federal Reserve dos Estados Unidos (Fed, na sigla em ingl�s) come�ou a elevar as taxas de juros, h� um interesse maior dos investidores em buscar ativos mais seguros, como t�tulos do Tesouro ou o d�lar.

"Nessas circunst�ncias, as pessoas vendem seus ativos mais arriscados", explica Mora.

Ainda mais quando as perspectivas indicam que as taxas de juros continuar�o subindo em diferentes partes do mundo para controlar a infla��o.

Al�m do aumento das taxas de juros (que na semana passada incluiu grandes economias como Reino Unido, Estados Unidos e Canad�), somam-se outros fatores que ajudam a aumentar a incerteza sobre os rumos da economia, como os confinamentos em Xangai devido � covid-19 e � tens�o geopol�tica devido � guerra na Ucr�nia.

De onde vem o conceito de criptoinverno?

Quando o pre�o das criptomoedas cai constantemente por v�rios meses, os especialistas falam em criptoinverno.

O conceito refere-se ao que aconteceu em 2018, quando o bitcoin caiu at� 80%. Isso semeou p�nico no mercado de criptomoedas e fez com que a grande maioria das moedas digitais despencasse junto.

Foi somente em meados de 2019 que os mercados de criptomoedas mostraram sinais de recupera��o, alimentados por investimentos recordes de institui��es tradicionais, como bancos e grandes fundos de investimento.

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