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Estado de Minas TOMARAM BOMBA

Conselho da Petrobras confirma rejei��o a nomes indicados por Bolsonaro

Decis�o de n�o aceitar duas indica��es do presidente ocorre em meio �s press�es para controlar pol�tica de pre�os da estatal


19/07/2022 11:32

Sede da Petrobras em Brasília
(foto: Fernando Fraz�o/Ag�ncia Brasil)


O Conselho de Administra��o (CA) da Petrobras manteve o veto do Comit� de Elegibilidade (Celeg) da empresa a dois nomes indicados pelo governo para compor o colegiado. Jonathas Assun��o Salvador Nery de Castro, n�mero dois da Casa Civil, e o procurador-geral da Fazenda Nacional, Ricardo Soriano de Alencar, foram rejeitados, na semana passada, pelo Celeg, que apontou conflito de interesses entre as atividades que eles desempenham no governo e a fun��o que teriam na empresa. O Conselho decidiu, ainda, convocar Assembleia Geral Extraordin�ria (AGE) de acionistas para 19 de agosto com o prop�sito de deliberar sobre os novos integrantes do �rg�o.

O governo indicou oito nomes para ocupar os assentos a que tem direito no Conselho de Administra��o, incluindo Caio Paes de Andrade, que j� assumiu o cargo de presidente executivo da empresa. Com a rejei��o de dois dos integrantes da lista, voltou a ter seis das 11 cadeiras do colegiado, a menos que fa�a mais indica��es at� a data da AGE. At� o fechamento desta edi��o, a Casa Civil e o Minist�rio de Minas e Energia n�o informaram se v�o indicar substitutos para os nomes rejeitados.

A decis�o do Conselho ocorre em meio �s press�es do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a empresa com o objetivo de controlar os pre�os dos combust�veis em meio � campanha eleitoral. Ap�s conseguir que o Congresso aprovasse cortes nos impostos desses produtos, Bolsonaro, na semana passada, voltou a questionar a pol�tica da estatal. "A pol�tica n�o pode ser o lucro pelo lucro. Petrol�feras do mundo todo diminu�ram a margem de lucro, � o que a gente quer da Petrobras. Isso vai acontecer e sem interfer�ncia", disse o chefe do Executivo em transmiss�o ao vivo nas redes sociais.

Para o economista do Insper Otto Nogami, a decis�o do Conselho, por�m, mostra que existem mecanismos internos � estatal que funcionam como obst�culo �s pretens�es presidenciais. "N�o podemos esquecer que os integrantes do Conselho de Administra��o respondem com seu patrim�nio pessoal por eventuais questionamentos judiciais quanto � boa gest�o da empresa", ressaltou.

Chap�u alheio

"Nesse sentido, "congelar" os pre�os dos combust�veis � uma atitude que pode prejudicar a empresa, tal como ocorreu no governo Dilma, quando a estatal acabou sendo altamente prejudicada", observou Nogami. "A sorte do governo � que o pre�o do barril est� caindo no mercado internacional, apesar da alta de hoje (o Brent fechou no mercado futuro a US$ 105,74)."

O cientista pol�tico e professor do Ibmec Danilo Morais dos Santos explicou que as trocas no Conselho de Administra��o da Petrobras constituem mais um lance de interven��o ostensiva do governo sobre a pol�tica de paridade internacional de pre�os, embalada pelo calend�rio eleitoral. "Como alterar diretamente as regras de governan�a da estatal teria um custo muito alto, a op��o do presidente � mostrar o poder de sua caneta", disse. "Ao destituir sucessivos conselheiros e presidentes da Petrobras, Bolsonaro adota uma pol�tica diversionista para transmitir ao p�blico a impress�o de que est� lutando para arrefecer os pre�os, embora at� aqui, tenha apenas feito gra�a com o chap�u alheio nas ren�ncias for�adas do ICMS dos governos estaduais", afirmou.

Para o cientista pol�tico, com a nova composi��o do Conselho de Administra��o, o governo espera que a Petrobras opere de forma mais alinhada aos interesses do governo, e reduza os pre�os dos combust�veis, com base na recente queda dos pre�os internacionais do petr�leo. "At� as elei��es, sem rodeios, o governo buscar� acelerar o ritmo dos descontos e, contraditoriamente, diminuir o dos repasses, na flutua��o internacional do c�mbio e do petr�leo, numa interven��o disfar�ada nos pre�os", comentou Santos.


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