Elaine Soares, de 38 anos, que junto com o marido toca uma banca no Centro da cidade com foco em materiais esportivos, diz que seu principal fornecedor j� parou de receber pedidos pela alta demanda.
No mesmo ponto h� duas d�cadas, desta vez ela observa que a procura por camisetas da Sele��o Brasileira come�ou mais cedo, e deve aumentar – em especial depois das elei��es, porque, segundo a comerciante, muitos clientes est�o esperando o fim do segundo turno para voltar a usar o verde e amarelo. A vers�o branca com gola azul j� est� em falta no com�rcio da regi�o, segundo ela.
Arnaldo passou na banca da Elaine e levou uma bandeira do Brasil para decorar o bar da sua irm�, onde os jogos ser�o transmitidos a partir do dia 24 de dezembro.
O apelo da Copa do Mundo na propens�o ao consumo, tanto no varejo como em bares e restaurantes, � expressivo, afirma Ana Paula Bastos, economista da C�mara de Dirigentes Lojistas (CDL/BH).
Empres�rios j� disseram � entidade que as vendas est�o aumentando, em especial porque a Copa veio junto com outras datas, como o Natal e a Black Friday, que neste ano ocorre no dia 25 de novembro. “S�o tr�s datas muito fortes, e isso impacta muito as vendas”.
A expectativa � que as vendas superem a do segundo semestre do ano passado. Entre os motivos, a economista aponta a maior taxa de emprego, que aumenta a renda em circula��o, a entrada de capital extra pelas pol�ticas governamentais, como o Aux�lio Brasil, o pagamento do 13º e a queda na infla��o.
O Natal tamb�m tem um forte apelo, sobretudo emocional, segundo Ana Paula. Uma pesquisa sobre a expectativa das vendas ainda est� sendo finalizada, mas um tra�o desse feriado � um volume grande de compras, ainda que com valor m�dio do ticket mais baixo – s�o v�rios presentes para toda a fam�lia, diferente da Black Friday, por exemplo, onde a pessoa espera o ano todo para comprar aquele item desejado, e paga mais por ele.
A propriet�ria da Casa Maia, Cristina Chiari Maia, de 50 anos, disse que as linhas de produtos natalinos j� come�aram a sair. A loja de decora��o, com 30 anos de tradi��o na capital, est� com boas expectativas tanto nas vendas como no aluguel de �rvores e guirlandas.
A empresa entendeu bem o poder da dobradinha Natal e Copa do Mundo, e elaborou uma linha especial com �rvores tem�ticas da Sele��o Brasileira. A demanda s� vai aumentar no pr�ximo m�s, quando se espera o �pice das vendas do setor de decora��o, comentou a empres�ria.
Ros�ngela Marina, de 59 anos, � uma dessas pessoas que, desde logo, foram atr�s dos enfeites que estavam faltando para colocar a casa no esp�rito natalino. Ela disse que 60% da casa j� est� decorada, e o objetivo � que at� novembro a casa inteira – inteirinha, destacou – esteja repleta de adornos.
A funcion�ria p�blica federal refor�ou que tem tradi��o no assunto, e o ritual se repete h� 15 anos. At� a �rvore da rua na frente da casa, no Bairro Cai�ara-Adelaide, vai receber bal�es de Papai Noel. O esfor�o � justificado: ela vai receber a fam�lia inteira e muitos amigos para o dia 25 de dezembro, e quer que seja no melhor estilo.