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Estado de Minas SUSTENTABILIDADE

Economia verde: grupo de beleza apresenta pr�ticas sustent�veis na COP27

Grupo brasileiro fabrica produtos org�nicos, trata a �gua da chuva para lavar os cabelos e emprega a energia solar nos sal�es verdes


25/11/2022 13:21 - atualizado 25/11/2022 14:15

Teto coberto por plantas do salão de beleza
Unidade do Laces em Belo Horizonte demonstra a preocupa��o com o verde desde a decora��o (foto: M�rcia Maria Cruz/EM/D.A.Press)

Uma tend�ncia que n�o deve sair de moda � a economia verde. E os olhos do mundo se voltaram para o Brasil na COP 27. Al�m da celebrada presen�a do presidente eleito Luiz In�cio Lula da Silva (PT),  que foi convidado a participar da confer�ncia que n�o contou com o presidente Jair Bolsonaro (PL), as empresas brasileiras do ramo da moda e da beleza marcaram presen�a na mais importante confer�ncia do clima. 
 
“� de encher o cora��o de orgulho ver o Brasil inovando nessas frentes, em ind�strias comumente conhecidas por seu negativo impacto ambiental – como � o caso da moda e da beleza”, diz Cris Dios, fundadora do Laces.  
 
A empres�ria, que participou de tr�s palestras, apresentou a trajet�ria de 35 anos trabalhando com produtos naturais. Ela tamb�m falou dos objetivos estrat�gicos para reduzir o impacto clim�tico nos pr�ximos anos.
 
O que ela disse na COP27 pode ser experimentado por quem chega � unidade do sal�o. Em Belo Horizonte, ele fica localizado em Lourdes, na Regi�o Centro-Sul. � como entrar numa verdadeira redoma verde. A arquitetura espelha o cuidado com o meio ambiente que tamb�m est� nos processos e produtos. 
 
Em todo o Brasil, o grupo conta com nove hair spas, tr�s  marcas de fabrica��o pr�pria, 15 sal�es licenciados no projeto Bioma e uma certifica��o de carbono no mercado volunt�rio. 
 
A preocupa��o com sustentabilidade guia o licenciamento de sal�es pelo pa�s. “Buscamos profissionalizar o mercado de beleza, levando o know how de 35 anos do Laces que engloba pr�ticas sustent�veis para pequenas e m�dias empresas, com adapta��o a culturas locais e perspectiva de crescimento”, afirma.   

Compensa��o de carbono

Cris Dios em púlpito em palestra na COP27
Cris Dios palestrou na COP 27 sobre pr�ticas sustent�veis no ramo da beleza (foto: Laces/Divulga��o)
N�o s�o necess�rias a��es mirabolantes para que um neg�cio seja sustent�vel. A empres�ria destaca que a compensa��o de carbono � um caminho acess�vel a maioria das empresas. Trata-se de uma pr�tica do mercado de carbono, que consiste em troca de cr�ditos de carbono entre quem emite e quem reduz emiss�es.
 
“Temos que mudar o mindset de achar que fazer sustentabilidade � apenas responsabilidade do governo, grandes empresas que t�m uma 'cadeira' de sustentabilidade est�o pensando nisso”, defende Cris.
 
O grupo neutraliza e compensa a emiss�o de gases causadores do Efeito Estufa, um dos maiores motivos do aquecimento global - de todas as suas atividades (lixo gerado, energia el�trica, transporte).
 
Em 2021, adquiriu a empresa especializada Carbon Limited, que ajuda a minimizar o impacto no meio ambiente com a planta��o de �rvores, que contribuem para gerar mais oxig�nio no ar.
 
De forma a compensar o carbono que os processos geram, o Laces neutraliza a sua pegada e a de fornecedores e parceiros, e j� contribuiu com a neutraliza��o de 200 toneladas de CO2 emitidas na atmosfera, representando a planta��o de 500 �rvores, o equivalente a �rea de um est�dio de futebol. 

Desenvolvimento versus sustentabilidade 

 No senso comum, costuma-se colocar em lados opostos economia e sustentabilidade. No entanto, a empres�ria destaca que � poss�vel desenvolver a agricultura, economia e ainda preservar o meio ambiente. “ A sustentabilidade, especialmente no Brasil, com toda a sua riqueza de biomas, sua diversidade, seu tamanho, o desenvolvimento sustent�vel deveria ser prioridade.” Mas ela � otimista e acredita que as empresas est�o em fase de adapta��o. 
 
Laces foi criado em 1987 por Mercedes Dios e, h� quase quatro d�cadas, a empresa aposta em produtos naturais. “A sustentabilidade e a preocupa��o com a natureza sempre foram prioridades dentro do Laces” .  “O cuidado com os fios de forma natural vieram com meu av� que era um barbeiro naturalista, ou seja, Mercedes aprendeu tudo com ele e passou pra frente seus ensinamentos com as plantas, bot�nicas e lo��es que preparavam no fog�o inicialmente.”
 

Pegada h�brida

Dezenas de lavagens de cabelos por dia fazem com que a �gua seja um produto muito utilizado nos sal�es de beleza. Para reduzir a “pegada h�drica” podem ser adotadas a��es para um uso mais eficiente do recurso.
 
O Laces utiliza a �gua da chuva tratada para lavar os cabelos. Isso � feito com o emprego de uma tecnologia de osmose reversa que tem como objetivo principal separar a �gua dos sais minerais, purificando-a e tornando-a pr�pria para utiliza��o nos lavat�rios.
 
Mas n�o para por a�. A �gua da lavagem dos cabelos � reaproveitada. � tratada novamente para ser reutilizada nos banheiros e jardim. O Lacea ainda prioriza o uso de energia solar, que � captada com placas solares fotovoltaicas e tubo luz.
 
O m�todo ainda estimula a fotoss�ntese das plantas, e reduz a necessidade de l�mpadas acesas durante o dia, diminuindo o uso de energia el�trica. “Ainda proporciona um ambiente de beleza consciente com uma experi�ncia sensorial e visual com prop�sito”.
 
O aquecimento da �gua � feito atrav�s de placas foto-t�rmicas, que trabalham em conjunto com um boiler “inteligente” que tem a fun��o de esquentar a �gua. Na gama de servi�os, desde 2006, � feito o uso do Roll Meches – uma ferramenta para fazer mechas e reflexo de forma reutiliz�vel. O m�todo deixou de descartar no meio ambiente cerca de 11 toneladas de papel alum�nio.O grupo tamb�m aposta em produtos org�nicos, produzidos em f�brica pr�pria certificada desde 2015.

Ainda utiliza de log�stica reversa para mapear e rastrear o fluxo de produtos, embalagens e outros materiais para que sejam descartados devidamente ou para que sejam reciclados.


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