Imagem da fábrica da Volkswagen

As f�rias coletivas v�o de 20 de fevereiro a 3 de mar�o e variam de acordo com a unidade

Volkswagen/Divulga��o


A Volkswagen vai conceder f�rias coletivas e suspender a produ��o de forma tempor�ria em 3 de suas 4 f�bricas no Brasil. O motivo da parada � a falta de componentes para produ��o de autom�veis.


As unidades de S�o Bernardo do Campo (ABC), S�o Jos� dos Pinhais (PR) e S�o Carlos (SP) v�o parar de funcionar por dez dias a partir da pr�xima semana. Apenas a f�brica de Taubat� (SP) continuar� produzindo normalmente durante o m�s de fevereiro.


A montadora conceder� f�rias coletivas entre os dias 20 de fevereiro e 3 de mar�o. As datas variam conforme a unidade. Na f�brica Anchieta, em S�o Bernardo do Campo, e na de S�o Jos� dos Pinhais, a paralisa��o da produ��o ser� de 22 de fevereiro a 3 de mar�o. Em S�o Carlos, de 20 de fevereiro a a 1 de mar�o.


O intervalo na produ��o j� estava planejado desde o ano passado no ABC e faz parte da estrat�gia da Volkswagen de flexibilizar os processos produtivos devido � escassez de pe�as que vem afetando o setor automotivo nos �ltimos anos.


No ABC, segundo a montadora, 3.062 funcion�rios da produ��o estar�o em f�rias. Os demais trabalham normalmente. Atualmente, h� 8.000 profissionais na unidade Anchieta, de acordo com dados do Sindicato dos Metal�rgicos do ABC.


Wellington Messias Damasceno, diretor administrativo do sindicato, diz que, mesmo com a parada j� programada, a situa��o n�o � bem-vinda. "A gente torcia o tempo todo que n�o fosse necess�rio. Por mais programada que possa ser, n�o � uma parada bem-vinda."


Em 2022, um dos instrumentos utilizados pela ind�stria automotiva para lidar com a falta de semicondutores foi o lay-off, suspens�o tempor�ria dos contratos de trabalho. No caso da pausa neste in�cio de 2023, s�o f�rias coletivas definidas pelo empregador, com pagamento dos valores previstos em lei, mas cujos dias ser�o descontados do per�odo de f�rias.


"Vai emendar com o Carnaval e o trabalhador acaba tendo uns dias amais, mas o ideal era que ele escolhesse individualmente quando tirar f�rias, que acertasse com a chefia e combinasse a melhor data", diz.


Damasceno aponta incertezas e instabilidades que ainda rondam o cen�rio pol�tico brasileiro, especialmente no �mbito internacional, como um fator de preocupa��o no setor. Segundo ele, com a parada em uma grande montadora como a Volks, na ponta, h� outras empresas menores que tamb�m s�o afetadas, podendo provocar demiss�es.


"Estamos vivendo uma quest�o internacional complexa e o Brasil fica no fim da fila [quando h� libera��o de semicondutores pela China, principal produtor]. A gente precisa retomar o protagonismo, retomar pol�ticas setoriais, ser menos dependentes dessas pol�ticas de oscila��es globais justamente para evitar esse tipo de situa��o.

Hoje � o setor automotivo, mas outros setores poder�o ser impactados."

Em S�o Carlos, 600 trabalhadores entrar�o em f�rias. A unidade tem hoje 820 profissionais. Segundo o Sindicato dos Metal�rgicos de S�o Carlos e Ibat�, uma das unidades de produ��o ser� mantida em atividade no per�odo, mas a parada reflete o que ocorre nas outras duas unidades.


"A planta da Volkswagen S�o Carlos vai a reboque das plantas de Anchieta e Curitiba. N�s fornecemos motores para essas plantas, sendo assim, quando h� parada de produ��o nelas, reflete aqui; deixamos de enviar motores", afirma Andr� Larocca, diretor do sindicato de S�o Carlos e Ibat�.

 

PANDEMIA DE COVID-19 AFETOU PRODU��O DE PE�AS

 

A distribui��o de chips semicondutores, componente da fabrica��o de ve�culos, sofreu um gargalo durante a pandemia de Covid-19, dificultando a produ��o de montadoras em todo o mundo. A crescente demanda de semicondutores em empresas de eletr�nicos de consumo tamb�m agravou a escassez das pe�as.


A Volkswagen afirma que acelerou a produ��o nos �ltimos dias para abastecer a rede com alguns produtos durante o per�odo de intervalo.


No ano passado, a montadora deu f�rias coletivas duas vezes em menos de um m�s e chegou a reduzir a jornada e o sal�rio dos funcion�rios na f�brica de S�o Bernardo do Campo por causa da falta de semicondutores.