Homem corre atrás de dinheiro voando, ilustração para inflação

Homem corre atr�s de dinheiro voando, ilustra��o para infla��o

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A infla��o medida pelo IPCA-15 (�ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo 15) desacelerou o ritmo de alta para 0,57% em abril, informou nesta quarta-feira (26) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica).

Na mediana, analistas consultados pela ag�ncia Bloomberg projetavam avan�o de 0,60%, ap�s a varia��o de 0,69% em mar�o.

Com o resultado de abril, o �ndice passou a registrar alta de 4,16% no acumulado de 12 meses. Nesse recorte, a taxa era de 5,36% at� mar�o.

O �ndice oficial de infla��o no Brasil � o IPCA (�ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo), tamb�m divulgado pelo IBGE. Como a varia��o do IPCA � calculada ao longo do m�s de refer�ncia, o dado de abril ainda n�o est� fechado. Ser� conhecido em 12 de maio.

O IPCA-15, pelo fato de ser divulgado antes, sinaliza uma tend�ncia para os pre�os. Sua varia��o � calculada entre a segunda metade do m�s anterior e a primeira metade do m�s de refer�ncia dos dados -neste caso, mar�o e abril.

O centro da meta de infla��o perseguida pelo BC (Banco Central) para o IPCA � de 3,25% em 2023. O intervalo de toler�ncia � de 1,5 ponto percentual para mais (4,75%) ou para menos (1,75%).

A alta prevista pelo mercado financeiro para o IPCA � de 6,04% no acumulado de 2023, de acordo com o boletim Focus publicado pelo BC na segunda-feira (24). Se o resultado for confirmado, este ser� o terceiro ano consecutivo de estouro da meta.

Analistas esperam que a infla��o acumulada desacelere no primeiro semestre de 2023 e volte a ganhar for�a na segunda metade do ano. Parte dessa proje��o est� associada ao efeito da base de compara��o.

No segundo semestre de 2022, os pre�os de produtos como os combust�veis foram reduzidos de maneira artificial pelo corte de tributos anunciado pelo governo Jair Bolsonaro (PL) �s v�speras das elei��es.

Em uma tentativa de conter a infla��o, o BC vem mantendo a taxa b�sica de juros (Selic) em 13,75% ao ano. A pr�xima reuni�o do Copom (Comit� de Pol�tica Monet�ria) est� agendada para a semana que vem, nos dias 2 e 3 de maio.

Neste in�cio de ano, o presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) fez uma s�rie de cr�ticas � atua��o do BC e ao presidente da institui��o, Roberto Campos Neto. Lula chegou a afirmar que o patamar da Selic � uma "vergonha".

O presidente tamb�m j� defendeu uma flexibiliza��o na meta de infla��o, com a expectativa de abrir espa�o para o corte dos juros. Parte dos economistas, entretanto, considera que o efeito concreto seria o oposto, por ampliar incertezas.

A Selic em n�vel elevado busca esfriar a demanda por bens e servi�os, freando os pre�os e ancorando as expectativas de infla��o. O efeito colateral esperado � a perda de f�lego da atividade econ�mica, porque o custo do cr�dito fica mais alto para empresas e consumidores.