Botijões de gás de cozinha

Os consumidores que foram em busca de botij�es com pre�o mais baixo se frustraram, em distribuidoras de BH

Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
O g�s de cozinha ainda n�o teve queda de pre�o nas distribuidoras de Belo Horizonte, apesar do an�ncio feito, nessa ter�a-feira (16/5), pela Petrobras. A expectativa � que a redu��o de 21,3% aconte�a nos pr�ximos dias, segundo as distribuidoras. 

 

Na avenida dos Andradas, na regi�o Centro-Sul, em uma distribuidora da Supergasbras, o botij�o de 13kg � vendido a R$ 102,99, para retirada no local, e R$ 125, para entrega. De acordo com um funcion�rio, o reajuste deve ser imediato, a partir do momento em que a companhia determinar.


J� na avenida Alphonsus de Guimar�es, no bairro Santa Efig�nia, o mesmo botij�o � vendido a R$ 97,99. Ainda n�o houve redu��o. A funcion�ria Yasmin Rodrigues, de 24 anos, lembra que, no in�cio de abril, houve um aumento de R$ 5,01 no pre�o do botij�o de 13kg. Na �poca, a distribuidora decidiu n�o repassar o aumento para o consumidor.

"Mantivemos o pre�o para segurar os clientes. Sabemos que est� dif�cil. Mas a partir do momento em que a gente segura o pre�o, estamos deixando de lucrar”, explica. 

Repasse imediato


A funcion�ria reclama que quando uma queda de pre�os � anunciada, os consumidores querem que o valor seja reajustado de imediato. "Eles n�o entendem que ainda estamos trabalhando com o estoque do pre�o antigo. Hoje de manh� teve cliente agressivo no telefone querendo a queda de R$ 9. Desde ontem estamos recebendo liga��es de pessoas querendo g�s mais barato.”

O estoque com o novo valor deve chegar � distribuidora na sexta-feira (19/5). A funcion�ria afirma que a redu��o ser� repassada ao consumidor, embora a distribuidora possa ser prejudicada. “A despesa � alta, com pagamento de funcion�rios, manuten��o de ve�culos de entrega, impostos, encargos trabalhistas, entre outros. Tem toda uma cadeia de custo.”
 
Funcionária da distribuidora Yasmin Rodrigues

A funcion�ria Yasmin Rodrigues reclama que quando uma queda de pre�os � anunciada, os consumidores querem que o valor seja reduzido de imediato

Gladyston Rodrigues/EM/DA
 

Ela explica que se a queda de pre�os for determinada pela companhia, o estoque antigo tamb�m pode ter o valor reajustado e acabar� sendo vendido mais barato. "Algumas vezes, o preju�zo � grande. A distribuidora vende uma m�dia de 120 botij�es de 13kg. Se eu perco R$ 9 em cada um, no fim � um baita preju�zo”, desabafa. 

Al�vio no or�amento


O t�cnico em inform�tica, R�mulo Melo, de 42 anos, foi ao local em busca de g�s de cozinha sendo vendido com a redu��o no pre�o, mas se frustrou. Ele disse que � cliente fiel da distribuidora, por ter um pre�o sempre em conta.

Por�m, n�o vai conseguir esperar a queda do pre�o porque o g�s acabou na casa dele. Melo conta que gasta, em m�dia, um botij�o por m�s. 

“N�o sei em porcentagem, mas � igual combust�vel, afeta bastante no or�amento mensal. Com certeza, espero que realmente caia. Poderia ter ca�do do dia para noite", brinca. “Para mim � um item essencial.”
 
Técnico em informática, Rômulo Melo

O t�cnico em inform�tica, R�mulo Melo, n�o conseguiu esperar pelo pre�o mais baixo, pois o g�s acabou na casa dele

Gladyston Rodrigues/EM/DA
 

A aposentada Regiane de Aquino, de 52 anos, tamb�m saiu de Contagem, na Grande BH, tentando encontrar botij�o com a redu��o de pre�o. 

"Achei que o pre�o j� estaria mais barato hoje, apesar do valor aqui ser bem mais barato que em outras distribuidoras.” Ela diz que passou em outros estabelecimentos antes, em busca de pre�os mais baixos. Segundo a aposentada, o g�s � um item que causa muito impacto no or�amento da fam�lia. S�o, em m�dia, dois botij�es por m�s. 

Regiane tamb�m n�o sabe precisar a porcentagem da renda familiar que � comprometida com o produto. "Nunca parei para pensar nisso, mas sou aposentada e ganho um sal�rio m�nimo. Ent�o, para mim � pesado."
 
Aposentada Regiane de Aquino

J� a aposentada Regiane de Aquino decidiu esperar pela queda do pre�o

Gladyston Rodrigues/EM/DA
 

Como ela n�o precisa do produto de imediato, preferiu esperar mais uns dias para comprar com o pre�o reajustado. O funcion�rio da distribuidora explicou que o g�s com valor mais baixo deve chegar em at� dois dias. "Como deve baixar em torno de R$ 9, eu prefiro esperar porque faz muita diferen�a.”

Uso di�rio


O retificador Ernani Raimundo Rodrigues, de 67 anos, � outro que procurou uma distribuidora no bairro Santa Efig�nia em busca de g�s mais barato. Ele disse que o pre�o continua o mesmo no local. Por causa do trabalho consome muito produto e gasta, em m�dia, um botij�o de 13kg a cada 15 dias.

“N�o senti diferen�a nos pre�os. O valor continua o mesmo.” Ele diz que h� tr�s semanas o botij�o passou de R$105 para R$99,9 na distribuidora. O retificador conta que est� na expectativa da redu��o anunciada pela Petrobras. "Espero que baixe o pre�o do g�s, principalmente pra gente que usa todo dia. Estou esperan�oso que as coisas melhorem.”
 
Retificador Ernani Raimundo Rodrigues

O retificador Ernani Raimundo Rodrigues usa, em m�dia, um botij�o a cada duas semanas e disse que ainda n�o sentiu diferen�a nos pre�os

Leandro Couri/EM/D.A Press
 

Em rela��o ao pre�o da gasolina, ele diz que j� percebeu a queda. "J� percebi que caiu bastante”, comenta.

O t�cnico em telecomunica��o Ramon Ros�rio, de 29 anos, decidiu levar um botij�o, mesmo com o pre�o antigo. "J� estou aqui, n�o vou perder a oportunidade, j� fiz a viagem at� aqui." 

Na casa dele, os gastos com o produto s�o grandes. “Sou eu, minha mulher e dois filhos pequenos. Por isso, o consumo � grande. Acabamos gastando muito. N�o sei quantos botij�es gastamos por m�s, mas o custo impacta e, ultimamente, t� muito caro. Para quem precisa e trabalha de carteira assinada, ganhando sal�rio m�nimo, pesa muito no bolso”. Ele comemora e diz que a redu��o veio em boa hora. 
 
Técnico em telecomunicação, Ramon Rosário

O t�cnico em telecomunica��o, Ramon Ros�rio, disse que a redu��o de pre�os veio em boa hora

Gladyston Rodrigues/EM/DA