Celular IBGE

O IBGE considera diversos aspectos do cotidiano das pessoas em suas an�lises

T�nia R�go/Ag�ncia Brasil
De acordo com uma pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), a qualidade de vida no Brasil viu um crescimento not�vel no per�odo entre 2008 e 2018. Os fatores que tiveram maior contribui��o para essa evolu��o positiva foram as melhorias no acesso a servi�os financeiros e educa��o.

No dia a dia de cada brasileiro, o tempo gasto no tr�nsito p�blico, a seguran�a do bairro onde mora e a qualidade dos servi�os p�blicos como �gua, luz e coleta de lixo s�o considerados nas an�lises. Abner Benedito, um estudante, observa que, apesar de ainda existirem desafios, 'j� enfrentamos momentos muito piores'.
O IBGE considera diversos aspectos do cotidiano das pessoas em suas an�lises, incluindo nove temas principais, dentre eles a renda familiar. Mesmo com as defici�ncias existentes no pa�s, a compara��o entre duas Pesquisas de Or�amentos Familiares (POF) destacou a melhor qualidade de vida dos brasileiros na �ltima d�cada.

O �ndice de desempenho econ�mico demonstrou um aumento de 12,8%, com todos os estados apresentando resultados positivos. Os maiores avan�os foram observados em Roraima e Sergipe, onde a renda familiar per capita � inferior � m�dia nacional, enquanto os menores foram no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro.

Walter Belink, economista e professor da Unicamp, esclarece que 'houve uma melhora na qualidade de vida dos brasileiros entre 2008 e 2018, seguida por uma deteriora��o devido � crise econ�mica, � pandemia e a outros fatores que afetaram a vida das pessoas'.

A melhoria no acesso aos servi�os financeiros, permitindo que mais pessoas tenham cr�dito, e o acesso � educa��o, promovendo pequenas transforma��es, foram os indicadores que mais influenciaram no resultado positivo.

Lucas Manso, assistente de projetos, exemplifica o impacto da educa��o em sua vida: 'Gra�as � educa��o, pude prosperar financeiramente. Isso me ofereceu mais oportunidades de renda e de realizar meu sonho de influenciar jovens por meio da educa��o'.

O estudo constatou que a qualidade de vida melhorou para todos durante esse per�odo, tanto para ricos quanto para pobres. No entanto, um dos maiores problemas do pa�s, a desigualdade, permaneceu inalterado.

O IBGE confirmou essa desigualdade ao comparar os dois per�odos e identificar as dificuldades enfrentadas pelas fam�lias em busca de uma situa��o melhor e as consequ�ncias de viver com priva��es.

Ao analisar toda a popula��o, as maiores perdas foram observadas entre as mulheres e as pessoas que se declaram pretas e pardas. Regionalmente, os piores resultados s�o dos que vivem no Norte e Nordeste do pa�s.

'Os resultados apontam a necessidade de redesenharmos as pol�ticas p�blicas para focar mais claramente nesses grupos que s�o os mais vulner�veis', conclui Walter Belink.