Duas pessoas olham de uma janela avião da Azul no aeroporto de Confins

As tr�s maiores companhias a�reas em atividade no Brasil aceitaram participar do programa de barateamento de passagens

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press.
O Programa Voa Brasil, de venda de passagens a�reas por at� R$ 200, ter� um aplicativo no qual o consumidor poder� se cadastrar e ser beneficiado com o valor menor. A medida deve come�ar em agosto, segundo o ministro dos Portos e Aeroportos, M�rcio Fran�a.

Em entrevista ao programa A Voz do Brasil nesta semana, o ministro afirmou que o desconto ser� dado a quem n�o realizou voos dom�sticos nos �ltimos 12 meses, detalhou parte das medidas e falou sobre as negocia��es com as empresas para a implanta��o. Cada pessoa ter� direito a quatro passagens, cada uma a R$ 200, por ano.


A ideia, segundo ele, � ampliar o p�blico a ser atendido pelas �ereas para al�m dos que j� viajam de avi�o habitualmente.


"N�s vamos criar um mecanismo novo, que � um aplicativo, que voc� vai digitar o seu CPF e se voc� n�o voou nos �ltimos 12 meses, voc� escreve l�: 'eu quero ir de Bras�lia a Manaus', a� vai te dar todas as op��es, que � sempre por um �nico valor de R$ 200; R$ 200 de ida e R$ 200 de volta."


O p�blico-alvo do Voa Brasil inclui aposentados, pensionistas e estudantes ou pessoas que possuam renda de at� R$ 6.800. O limite seria para evitar que usu�rios recorrentes de voos comerciais utilizem o programa e comprometam as vendas das empresas.


Na entrevista, o ministro afirmou que a inten��o � incentivar novas pessoas a voarem. Segundo ele, as empresas a�reas acabam elevando o valor das passagens, tentando tirar o m�ximo dos que voam habitualmente. O motivo � que, como p�blico da ponte a�rea acaba sendo o mesmo, n�o h� uma expans�o do neg�cio, elevando a sustentabilidade.

 

"As empresas, elas acabam aumentando os pre�os tentando tirar o m�ximo de quem j� voam. E isso � um equ�voco, porque voc� fica rodando a mesma coisa nas mesmas pessoas", afirmou.

 


Fran�a detalhou que o programa � uma resposta a um pedido do presidente Lula, que solicitou a ele trazer para o pa�s empresas a�reas low cost, com voos de baixo valor. Antes, por�m, o ministro procurou as maiores companhias do pa�s para propor o programa, como forma de incentivar os neg�cios e manter os cerca de 15 mil empregos atuais dessas empresas.


"O presidente Lula me pediu para trazer para c� para o Brasil o que a gente chama de low cost, que s�o empresas que voam mais barato, e n�s estamos trazendo. Elas v�o chegar ainda neste ano aqui no Brasil. Mas eu achei justo avisar as tr�s empresas que fazem no Brasil, que t�m 10, 15 mil funcion�rios", falou.


"Olha, n�s vamos trazer low cost, voc�s n�o querem aproveitar e fazer um pre�o mais barato de voc�s antes que elas cheguem?", foi o que o ministro afirmou ter dito �s companhias. "Quando elas chegarem, elas v�m arrasando, elas fazem um pre�o muito mais barato. E elas [empresas do Brasil] toparam", contou ele, sobre a negocia��o com as a�reas brasileiras.

 

Mais de 14 milh�es de passagens por ano


Em mar�o deste ano, Fran�a afirmou que, de acordo com seus c�lculos, seria poss�vel oferecer de 14 milh�es a 15 milh�es de passagens a R$ 200 por ano. O governo ainda pretende oferecer parcelamento em 12 presta��es sem juros para impulsionar o programa.

 


O programa visa vender os assentos vagos de voos que n�o consegue ocupar toda a aeronave, gerando uma demanda ociosa de oferta. Nos meses de mar�o a novembro, estima-se que aproximadamente 21% dos assentos n�o s�o ocupados, informou o ministro.


Segundo Fran�a, o atual modelo de neg�cio das companhias a�reas � equivocado por encarecer o custo de viagem com tarifas e servi�os adicionais e impede que novos usu�rios possam ter acesso � modalidade.


As tr�s principais companhias a�reas brasileira — Latam, Gol e Azul— j� aceitaram participar do programa de barateamento de passagens, de acordo com o ministro.