Imagem de um celular com o aplicativo da carteira de trabalho digital

A taxa de desemprego estava em 8,6% no trimestre imediatamente anterior, finalizado em fevereiro. O resultado de maio veio em linha com as proje��es de analistas

Gil Leonardi/Imprensa MG


A taxa de desemprego caiu para 8,3% no trimestre encerrado em maio no Brasil, informou nesta sexta-feira (30) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica). � o menor n�vel para o per�odo desde 2015, quando o indicador tamb�m ficou em 8,3%.

 

O novo resultado, por�m, foi mais influenciado pela queda na procura por emprego do que por um aumento expressivo no n�mero de trabalhadores ocupados, apontou o IBGE. Trata-se de um movimento recente que vem chamando aten��o de economistas recentemente.

 

A taxa de desemprego estava em 8,6% no trimestre imediatamente anterior, finalizado em fevereiro. O resultado de maio veio em linha com as proje��es de analistas. A mediana das previs�es era de 8,3%, segundo a ag�ncia Bloomberg.

 

Conforme o IBGE, o n�mero de desempregados recuou para 8,9 milh�es no trimestre at� maio. Esse contingente era de 9,2 milh�es nos tr�s meses anteriores. Os dados integram a Pnad Cont�nua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios Cont�nua).

 

A Pnad investiga tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal –desde os empregos com carteira assinada ou CNPJ at� os populares bicos.

 

"Esse recuo [da taxa] no trimestre foi mais influenciado pela queda do n�mero de pessoas procurando trabalho do que por aumento expressivo de trabalhadores. Foi a menor press�o no mercado de trabalho que provocou a redu��o na taxa de desocupa��o", disse Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas por amostra de domic�lio do IBGE.

 

A popula��o desempregada, conforme as estat�sticas oficiais, � formada por pessoas de 14 anos ou mais que est�o sem ocupa��o e que seguem � procura de vagas. Quem n�o est� buscando oportunidades, mesmo sem ter um emprego, n�o entra nessa defini��o.

 

Segundo o IBGE, a popula��o ocupada com trabalho foi de 98,4 milh�es. O dado aponta relativa estabilidade frente ao trimestre anterior, disse o instituto. Enquanto isso, a popula��o fora da for�a de trabalho, que n�o era considerada desempregada nem ocupada, alcan�ou 67,1 milh�es de pessoas. Houve alta de 0,6% ante o trimestre anterior.

 

Ap�s os estragos da pandemia, a gera��o de vagas de trabalho foi beneficiada pela vacina��o contra a Covid-19 a partir de 2021. A imuniza��o permitiu o retorno da circula��o das pessoas e a reabertura das empresas, intensificada em 2022.

 

Analistas ainda veem sinais de resili�ncia no mercado de trabalho, mas esperam que o ritmo de cria��o de vagas diminua ao longo de 2023. A proje��o est� associada ao cen�rio de desacelera��o da atividade econ�mica em meio ao contexto de juros elevados.

 

Os dados divulgados nesta sexta pelo IBGE ainda n�o sofreram impactos do Censo Demogr�fico 2022, cujos resultados iniciais foram publicados pelo instituto na quarta (28). O Censo � a base para a atualiza��o das estat�sticas populacionais usadas pelo �rg�o em pesquisas amostrais.

 

Como a contagem indicou uma popula��o menor do que a estimada pelo IBGE, pode gerar revis�es em indicadores da Pnad, segundo especialistas. O Censo contabilizou uma popula��o de 203,1 milh�es no Brasil, mas a divis�o por faixa et�ria ainda n�o foi divulgada.