Geraldo Alckmin acena ao sair de carro

Geraldo Alckmin anunciou a interrup��o do programa ap�s a venda de 125 mil ve�culos

Marcelo Camargo /Ag�ncia Brasil - 28/11/22

Bras�lia – O total de R$ 800 milh�es disponibilizado para o programa que concedeu descontos � compra de carros “populares” zero quil�metro j� se esgotou e a iniciativa ser� encerrada. A proposta, que tinha um or�amento inicial de R$ 500 milh�es, teve dura��o de um m�s.

Um dos objetivos do programa era incentivar o setor automotivo, que sofre com a diminui��o nas vendas de carros novos. De acordo com o Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria, Com�rcio e Servi�os, 125 mil ve�culos foram vendidos com descontos gra�as ao programa.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Ind�stria, Com�rcio e Servi�os, Geraldo Alckmin (PSB), considerou o programa um sucesso. “Houve um crescimento de 14,2% nos emplacamentos em junho ante maio”, disse. Segundo ele, em 30 de junho houve recorde hist�rico de emplacamentos, com 27 mil carros.

"A ind�stria estava com estoque gigantesco, n�o tinha como produzir. Vendendo, retoma”, avaliou. Alckimin espera que, com a queda na taxa de juros, as vendas de carros voltem a crescer, ajudando o setor.

Questionado sobre poss�veis novos programas de est�mulo para o setor, Alckmin afirmou que o caminho � “melhorar renda da popula��o, emprego, competitividade, mas h� momentos excepcionais nos quais ajudamos”.

O programa permitia descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil para ve�culos com pre�o de at� R$ 120 mil. Do total de R$ 800 milh�es, R$ 650 milh�es foram para os descontos. Os R$ 150 milh�es restantes servir�o para compensar a perda de arrecada��o de impostos causada pelos abatimentos.

A montadora que mais recebeu cr�ditos foi a FCA Fiat Chrysler, com R$ 230 milh�es, seguida pela Volkswagen, com R$ 100 milh�es, e Renault, com R$ 90 milh�es. Completam a lista a Hyundai, com R$ 80 milh�es, GM e Peugeot Citroen, cada uma com R$ 50 milh�es, Nissan e Toyota, com R$ 20 milh�es cada, e a Honda, com R$ 10 milh�es.


Quando o programa foi lan�ado, em 5 de junho, a estimativa era de que teria dura��o de cerca de quatro meses. Com o sucesso do plano, os recursos para os autom�veis atingiram R$ 400 milh�es em apenas duas semanas.

Menor pre�o, maior efici�ncia energ�tica e maior densidade industrial (capacidade de gerar emprego e crescimento no entorno) foram os tr�s crit�rios levados em conta para a defini��o das faixas de desconto. Quanto maior a pontua��o nesses requisitos, maior seria o desconto aplic�vel.

A formula��o do programa para fomentar a compra de autom�veis foi anunciada pela primeira vez em 25 de maio, pelo pr�prio Alckmin. Inicialmente, o foco da pol�tica eram os carros de at� R$ 120 mil, mas o governo decidiu contemplar tamb�m caminh�es e �nibus, com descontos que v�o de R$ 33,6 mil a R$ 99,4 mil. 

�nibus e caminh�es


O programa destinado ve�culos pesados continua. Para caminh�es, as montadoras j� requisitaram R$ 100 milh�es dos R$ 700 milh�es dispon�veis. J� para �nibus, foram utilizados R$ 140 milh�es do total de R$ 300 milh�es. “Esse programa, se pudesse, deveria ser permanente”, afirmou Alckmin.

Para conseguir o cr�dito, � necess�rio dar baixa em um caminh�o ou �nibus velho. De acordo com Alckmin, h� um gargalo no programa nos Detrans estaduais, que demoram para faz�-lo. “Falei com Denatran [Departamento Nacional de Tr�nsito], e eles se responsabilizaram em falar com todos os Detrans”, disse. 

A Conta que vai para o diesel


Para compensar a perda de arrecada��o de impostos provocada pelos descontos no pre�o final dos ve�culos, o governo pretende reverter parcialmente a desonera��o sobre o diesel, que vigoraria at� o fim do ano. Dos R$ 0,35 do Programa de Integra��o Social (PIS) e Contribui��o para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) atualmente zerados, R$ 0,11 ser�o reaplicados em setembro.