Mineiros pagaram R$ 128 bilh�es em impostos; BH lidera contribui��o
Belo Horizonte lidera como a cidade com maior arrecada��o, seguida de Uberl�ndia e Juiz de Fora. Segundo economistas, impostos retornam como servi�os p�blicos
Mineiros pagaram mais de R$ 128 bilh�es em impostos, apenas em 2023
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Desde o in�cio de 2023, os mineiros j� pagaram mais de R$ 128 bilh�es em impostos aos cofres dos munic�pios, do Estado e da Uni�o, segundo o Impost�metro, da Associa��o Comercial de S�o Paulo.
Segundo o levantamento, Belo Horizonte � a cidade de Minas com maior contribui��o de impostos: R$ 2,8 bilh�es. Na sequ�ncia vem Uberl�ndia e Juiz de Fora.
Veja as cidades mineiras com maior contribui��o de impostos
1º - Belo Horizonte: R$ 2,8 bilh�es;
2º - Uberl�ndia: R$ 397 milh�es;
3º - Juiz de Fora: R$ 364 mi;
4º - Contagem: R$ 347 mi;
5º - Betim: R$ 184 mi;
6º - Uberaba: R$ 175 mi;
Bruno Dore, economista, PhD em Finan�as e Coordenador do curso de Administra��o da Faculdade Est�cio De S�, explica que o ranking de arrecada��o dos impostos est� diretamente relacionado � cadeia produtiva dos munic�pios.
“Betim e Contagem t�m uma caracter�stica muito industrial. O principal imposto que incide sobre os produtos industrializados � o IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados]. Esse imposto vai para a Uni�o, n�o para o Estado. Em Betim, por exemplo, tem a f�brica da Fiat. Mas, esse imposto � federal, vai para o governo federal. Cidades como Juiz de Fora e Uberl�ndia, a principal fonte de servi�o � o ICMS [Imposto sobre Circula��o, Mercadoria e Servi�os] e esse imposto vai direto para o Estado de Minas Gerais. Mesmo Juiz de Fora tendo uma economia menor que Contagem, a cidade arrecada mais imposto para o Estado, por causa dessa distin��o dos impostos”, explicou o economista.
Dore tamb�m explica que os impostos pagos pela popula��o retornam na forma de servi�os p�blicos.
“O imposto � dividido em Uni�o, Estado e Munic�pios. Por exemplo, o sistema de sa�de � gerenciado pela Uni�o, mas aplicado pelos munic�pios. A Uni�o recolhe esse imposto e repassa para os munic�pios. Funcionamento dos �rg�os p�blicos, Judici�rio, For�as Armadas, todos esses servi�os p�blicos oferecidos para a popula��o v�m da contribui��o dos impostos”, afirmou.
No entanto, para Dore, o grande problema na quest�o da arrecada��o de tributos � que a popula��o n�o usufrui, muitas vezes, de servi�os p�blicos de qualidade.
“A carga tribut�ria � muito alta, mas a popula��o n�o tem a vis�o do servi�o p�blico de qualidade. Tem pa�ses que arrecadam mais que o Brasil, mas o governo usa muito bem o recurso p�blico. A quest�o do Brasil � que se cobra muito imposto e o servi�o � de baixa qualidade. Essa percep��o � muito ruim para o brasileiro. � uma quest�o de gest�o e efici�ncia no uso desses recursos, que se peca no Brasil.
Para Bruno Dore, a Reforma Tribut�ria, que foi aprovada na C�mara dos Deputados e ser� analisada pelo Senado Federal, � boa, mas ainda deixa algumas lacunas importantes para melhorar a economia brasileira.
“Temos um sistema complexo de tributos. Um imposto incidindo sobre o outro, o que gera uma complexidade muito grande. Essa reforma tribut�ria � boa, perto do que temos atualmente. Mas, ainda n�o � o ideal. O ideal seria ter uma redu��o, ou ter um tributo �nico. � uma reforma parcial, mas n�o completa”, explicou.
Segundo o economista, se a Reforma for sancionada da maneira como est� atualmente, ser� necess�rio, daqui a uns anos, debater sobre dois pontos: imposto sobre renda e redu��o da carga tribut�ria.
“A reforma est� incidindo nos impostos sobre consumo, n�o tocou no imposto sobre a renda. Outro ponto que deixou a desejar � que n�o reduz a carga tribut�ria geral. Ou seja, reformula os impostos, mas a popula��o continua pagando muito. � um avan�o para, quem sabe, daqui uns anos, vir uma segunda parte dessa reforma tribut�ria”, finalizou.
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