Varia��o no pre�o de alimentos de hortifr�ti pode chegar a 535% em BH

O quilo do quiabo apresentou a maior varia��o, de 535%, seguido pelo tomate (168%), cebola-branca (251%), beterraba (202%) e cenoura vermelha (125%). Entre as verduras, destaque para salsinha e cebolinha, com varia��o de 51% e a couve com pre�os que variam 101%. A d�zia de ovos brancos pode variar em 40%, enquanto a de ovos vermelhos 32%.  

 

A pesquisa mostra tamb�m varia��es entre as frutas. O quilo do mam�o Hava� pode variar 100% nos sacol�es da capital. J� o do lim�o Tahiti, 234%, o da banana Prata 60% e o da laranja P�ra 50%. O abacaxi apresentou varia��o de 148%, o quilo da ma�� 89% e o da mexerica Ponkan 169%.

Legumes 

Segundo o economista e coordenador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, a grande varia��o dos pre�os � explicada pela localiza��o dos estabelecimentos em BH. O levantamento foi feito em sacol�es de diferentes regi�es da capital. 

Diante da grande diferen�a nos valores, o economista afirma que o consumidor deve conciliar pre�o e qualidade, dando prefer�ncia para os “dias de ofertas da semana” ou “dia da feira”. De acordo com ele, esses dias normalmente t�m pre�os de produtos da safra e com boa qualidade.  

A pesquisa mostrou ainda que os pre�os m�dios tiveram queda nos �ltimos quatro meses. De abril a agosto, o quilo da cenoura que custava de R$ 6,99 passou para R$ 5,96, uma redu��o de 14,72%. 

Veja queda de outros itens: 

O economista explica que, al�m da safra, a queda nos pre�os de alguns desses produtos est� ligada a uma estabilidade no clima. Segundo ele, este ano n�o houve chuvas intensas ou uma seca muito severa, que poderia provocar quebra de safra. A consequ�ncia � um aumento na oferta de produtos. 

Alguns produtos, por�m, registraram altas importantes. O levantamento mostra que o pre�o m�dio do lim�o Thaiti que custava R$ 3 subiu para R$ 5,51, um aumento de 83%, j� o quilo da banana Caturra que custava em m�dia R$ 3,69 subiu para R$ 4,56, um aumento de 23%.

De acordo com o economista, embora os pre�os de hortifruti oscilem em fun��o da safra, oferta e demanda, em geral, neste �ltimo m�s os aumentos foram mais expressivos que as quedas nos pre�os m�dios.

 

O zelador Walter Rocha, de 59 anos, diz que ficou assustado com o aumento de pre�o de alguns alimentos no sacol�o e cita a banana caturra e a d�zia de ovos. “Subiu muito de umas semanas pra c�.” Ele diz que, como est� acostumado a consumir os produtos, n�o deixa de comprar por causa da alta. “Tem que comprar, n�o tem jeito. Mas, levo menos quantidade.”

 

 

Rocha afirma que costuma pesquisar pre�os antes de comprar. “Moro no Bairro Serra e l� tem muitas op��es. Vejo onde est� mais barato e compro.”

A pedagoga Marta Castro, de 60 anos, tamb�m reclama da alta de pre�o de alguns alimentos, como o lim�o Tahiti. “O lim�o subiu demais, j� a batata est� com pre�o razo�vel.” Ela conta que diante do aumento, deixa de comprar, substitui ou leva menos quantidade. 

 

 

“O lim�o eu comprava bastante pra fazer suco, estou comprando menos. N�o deixo de comprar porque me faz falta. Agora o tomate, por exemplo, eu n�o compro quando est� muito caro. A cenoura tamb�m parei de comprar uma �poca que subiu. Tem coisa que substituo uma por outra.”

Marta � outra que costuma pesquisar pre�os antes de comprar. “Onde est� mais barato compro mais quantidade.”

Marcelo Castro, gerente de sacol�o no Centro de BH, explica que as mercadorias t�m varia��o de pre�o, de acordo com a entressafra, no Ceasa. “Quando entra pouca mercadoria dos produtores, aumenta o pre�o demais. J� quando tem muita mercadoria, o pre�o baixa e conseguimos fazer promo��es.”

 

 

Ele diz ainda que o clima e a �poca do ano tamb�m contribuem para a queda ou aumento de pre�os dos alimentos.