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Estado de Minas

Reitores das federais do Rio defendem federaliza��o da Gama Filho e da UniverCidade

As institui��es de ensino superior foram descredenciadas nessa segunda-feira pelo Minist�rio da Educa��o


postado em 14/01/2014 21:49

Reitores das universidades federais do Rio defenderam nesta ter�a-feira a federaliza��o da Universidade Gama Filho e do Centro Universit�rio da Cidade, institui��es de ensino superior descredenciadas nesta segunda-feira, 12, pelo Minist�rio da Educa��o. "Consideramos que o caminho para a solu��o do problema que atinge os membros da comunidade acad�mica, com forte impacto social, n�o seja uma simples redistribui��o dos estudantes, tarefa que n�o � f�cil e pode se mostrar invi�vel a curto e m�dio prazo, agravando a situa��o. (...) Reafirmamos a nossa disposi��o para colaborar com o processo de federaliza��o, mantendo o compromisso com a educa��o de qualidade", afirmam, em nota conjunta, os reitores da UFF, Unirio, UFRJ e Rural e o diretor-geral do Cefet.

A federaliza��o � a principal reivindica��o dos alunos. Um grupo de estudantes foi nessa segunda-feira a Bras�lia para tentar um encontro com a presidente Dilma Rousseff (PT) e propor essa solu��o. "Sabemos que � poss�vel, o Lula j� fez isso, em situa��o semelhante", afirmou o coordenador do DCE da Gama Filho, Anderson Diniz. Mas para Alex Porto, presidente da Galileo Educacional, entidade respons�vel pelas duas universidades, a proposta � "remota e improv�vel".

Dirigentes das duas universidades descredenciadas recusaram-se ontem a receber representantes dos 9,5 mil alunos das institui��es. Os port�es de todas as unidades foram fechados e o �nico canal de comunica��o oferecido pelo grupo Galileo, respons�vel pelas universidades, � um email ([email protected]). No entanto, apenas 15 funcion�rios trabalham na chamada "for�a-tarefa" anunciada ontem para atender aos pedidos de informa��o e de transfer�ncia.

Revoltados com a situa��o, cerca de 150 estudantes fizeram uma manifesta��o na Avenida Presidente Vargas, no centro do Rio, contra a decis�o do MEC e o Galileo. No in�cio da tarde, alunos foram impedidos de entrar na unidade do centro em que seria realizada uma entrevista com Alex Porto, que atacou o governo federal e pediu "paci�ncia" aos alunos.

"Tenham um pouco de paci�ncia, estamos trabalhando na revers�o dessa situa��o. A decis�o do MEC foi injusta, ilegal, arbitr�ria e esdr�xula. Coloca em risco o emprego de 3 mil trabalhadores e cria instabilidade social. Estamos ingressando na Justi�a. Queremos pedir desculpas. Estamos em processo de reestrutura��o nos �ltimos 12 meses e vamos regularizar a situa��o. Os ativos imobili�rios s�o a principal garantia", disse Porto.

Ele afirmou que outras institui��es privadas tamb�m est�o com problemas financeiros, com atrasos nos pagamentos de professores e n�o foram descredenciadas. "Faltou isonomia." Segundo ele, o grupo tem d�vida total de R$ 900 milh�es e im�veis avaliados em R$ 1 bilh�o. Porto reconheceu que a situa��o financeira � "delicada", com mais despesas do que receitas, mas n�o revelou o d�ficit financeiro mensal. "Recupera��o n�o se resolve em 12 meses. O plano de capitaliza��o est� em curso e depende de ajustes, mas temos convic��o de que ser� finalizado", declarou. Ele afirmou que inadimplentes ter�o acesso � documenta��o.

Fundada em 1939, a Gama Filho � uma das mais tradicionais do Pa�s. Antigos donos da universidade afirmaram que v�o tentar anular a transfer�ncia para o Galileo, em 2011. Os 1.600 professores das duas universidades est�o sem receber sal�rio pelo menos desde setembro e, agora, potencialmente desempregados. "Roubaram cinco anos da minha vida. N�o sei o que vou fazer. Trabalhei cinco anos para pagar a faculdade e n�o tenho como pagar outra", disse a operadora de telemarketing Fernanda Silva Freitas, que est� no �ltimo per�odo de hist�ria. "O MEC alega que fechou por causa da m� qualidade, mas o meu curso est� entre os tr�s mais bem avaliados no Rio, com nota m�xima.

Nas duas universidades, o cen�rio atual � de caos. Cad�veres em decomposi��o por falta de formol e notas n�o lan�adas que amea�am o ano letivo de alunos s�o alguns dos problemas. Para estudantes, o descredenciamento foi a pior solu��o. Guilherme Pereira, de 20 anos, aluno de direito, est� no 9.º per�odo e afirma que teria que voltar para o 6.º em caso de transfer�ncia, porque as grades curriculares s�o muito diferentes no Rio. "Vou precisar pagar duas faculdades."

Segundo o coordenador do DCE da Gama Filho, a situa��o piorou ap�s a entrada do grupo Galileu. "Com os atrasos nos pagamentos de professores, tivemos tr�s greves s� este ano. Queremos a sa�da da Galileu. Foi uma covardia o que o MEC fez", disse Diniz. Cartazes foram colados na sede do centro: "Queremos solu��o; descredenciamento n�o"; "Governo e Grupo Galileo contra a Educa��o"; "Mercadante � um covarde!"


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