
As revis�es em portugu�s e matem�tica t�m como alvo adolescentes dos anos finais do ensino fundamental (6º a 9º ano) e dos tr�s anos do ensino m�dio. As aulas come�am a partir da pr�xima segunda-feira e ser�o ministradas no contraturno, durante dois meses, a 5.719 turmas distribu�das em todo o territ�rio mineiro. Um ter�o delas s�o formadas por jovens matriculados no 1º ano do n�vel m�dio, uma prova extra de que o grande gargalo da �ltima etapa da educa��o b�sica vem realmente do ensino fundamental.
Haver� duas horas por semana de refor�o em portugu�s e duas horas para matem�tica. De acordo com a secret�ria de Estado de Educa��o, J�lia Sant'Anna, as disciplinas foram escolhidas devido � estrutura da interpreta��o tanto textual quanto l�gica, al�m de serem as balizadoras do aprendizado. S�o 114 mil vagas para melhorar o aprendizado em conte�dos identificados como os mais cr�ticos nas avalia��es que medem a qualidade do ensino, feitas no ano passado, como o Sistema de Avalia��o da Educa��o B�sica (Saeb).
As aulas come�ar�o dia 23 e est�o previstas para terminar no fim de novembro. O material a ser usado foi constru�do pela equipe da Secretaria de Estado de Educa��o (SEE). O quadro de professores para o refor�o ser� formado por docentes efetivos que poder�o complementar a carga hor�ria caso tenham disponibilidade e, se necess�rio, ser�o chamados professores designados. A folha de pagamento do programa vai custar R$ 1 milh�o a mais por m�s aos cofres do governo.
Os quase 14.584 estudantes que estavam infrequentes ou haviam abandonado a escola s�o resultado de uma busca ativa feita pelas institui��es. At� ent�o sem conhecimento profundo do problema, a SEE pediu a professores e diretores que passassem a lan�ar a frequ�ncia num sistema da pasta que permite identificar quem largou o col�gio ou est� faltando demais. A partir disso, foi gerada uma lista nominal de alunos que muitas vezes estavam fora da sala de aula h� muito tempo. “Fizemos uma simula��o: no fim do segundo bimestre, qual seria a situa��o dos alunos se o ano acabasse naquele momento. Os n�meros de reprova��es eram muito altos”, conta J�lia Sant'Anna.
Foram identificadas as escolas que teriam mais reprova��es e gerada uma lista nominal por ordem dos casos considerados mais graves, para formar turmas dos alunos que mais precisam. “Fortalece o aprendizado e refor�a ao diretor a import�ncia de buscar os que mais precisam”, relata. Caso o aluno n�o volte � escola, um documento de ci�ncia registra que o respons�vel foi procurado para dar uma nova oportunidade �quele jovem”, relata a secret�ria. Assim, cada turma de refor�o foi criada com base no seguinte crit�rio: ela se formaria se pelo menos 20 alunos de uma mesma escola, turno e escolaridade estivessem abaixo da m�dia esperada para uma “aprova��o” caso o ano letivo terminasse no fim do primeiro semestre.
O resultado foi a cria��o das 5.719 mil turmas que v�o concentrar 5,7% do total de alunos da rede estadual de ensino. O refor�o servir� ainda para ajudar os alunos que voltaram para a escola a recuperar o tempo perdido, uma vez que todos foram reinseridos em suas turmas de origem.
A participa��o no refor�o � volunt�ria. No caso da zona rural, deve ser criado um sexto hor�rio para que os alunos n�o percam o transporte escolar para voltar para casa. Na �rea urbana, onde est� a maior taxa de reprova��o, as aulas v�o ocorrer no primeiro hor�rio do contraturno. A alimenta��o est� garantida em todos os casos. “Estamos lutando para esse aluno n�o abandonar nem ser reprovado”, finaliza a secret�ria.
Distribui��o de turmas
N�VEL ETAPA L�NGUA PORTUGUESA MATEM�TICA TOTAL
Ensino fundamental anos finais
6º ano 419 435 854
6º ano 419 435 854
7º ano 406 469 875
8º ano 255 306 561
9º ano 252 295 547
Ensino m�dio
1º ano 917 985 1902
1º ano 917 985 1902
2º ano 308 336 644
3º ano 167 169 336