
“O problema do ensino superior brasileiro � que a gente gasta uma fortuna com um grupo muito pequeno de pessoas”, afirmou Weintraub, referindo-se �s universidades p�blicas. “Mais de 80% do ensino superior est� na iniciativa privada e o MEC (Minist�rio da Educa��o) � uma grande folha de pagamento de professores de universidades federais”, completou. Nas palavras dele, � preciso ir “atr�s de onde est� a zebra mais gorda, que � um professor de uma federal, com dedica��o exclusiva, ministrando oito horas de aula por semana e ganhando de R$ 15 a R$ 20 mil por m�s”.
O ministro garantiu, no entanto, que n�o pretende come�ar a cobrar mensalidade nas institui��es p�blicas de ensino superior. “� uma vit�ria de pirro a gente gastar energia para tentar cobrar a gradua��o. Vai ser uma gritaria e n�o vamos chegar a lugar nenhum”, justificou. Segundo o ministro, "cobrar mensalidade de quem pode pagar n�o vai resolver nada".
Ainda de acordo com o ministro, mais da metade dos servidores brasileiros est� no MEC, o que gera muitos custos para a pasta. “Eu tenho que enfrentar esse ex�rcito, entre outras coisas”, disse ele, referindo-se a doutrina��o e metodologia de alfabetiza��o.
Financiamento estudantil
Na ocasi�o, o ministro pediu apoio para a aprova��o do Future-se, programa rejeitado pela maioria das federais pelo pa�s. “Preciso do suporte das bases e das bancadas dos senhores para passar o Future-se e, assim, ter verbas para financiar o ensino privado e colocar dinheiro nas creches”, disse.
Weintraub afirmou ainda que "n�o vai fazer nada" em rela��o ao programa de Financiamento Estudantil (Fies). "Voc�s t�m de se virar", disse em resposta aos representantes das universidades particulares. O Minist�rio da Educa��o tamb�m pretende exigir a contrata��o dos professores por meio da carteira assinada, a CLT. Esse processo atualmente ocorre por concurso p�blico.
Autorregula��o
Weintraub defendeu, ainda, a autorregula��o das universidades particulares. “J� passou um ano do governo. Quanto tempo mais a gente vai esperar? Fa�am autorregula��o. O mercado financeiro tem”, disse. “Organizem-se rapidamente.”
“O Estado n�o existe. O Estado tem que ser diminu�do para permitir que n�s possamos buscar nossa felicidade, seja por meio do trabalho volunt�rio ou de uma palavra que foi amaldi�oada pela esquerda, assim como educa��o: lucro”, acrescentou.
De acordo com o ministro, os dirigentes do ensino superior particular deveriam “aproveitar” o fato de ter, na presid�ncia, “algu�m que est� fazendo uma gest�o liberal e, no MEC, um liberal que est� disposto a comprar as brigas”.
*Estagi�rios sob a supervis�o de Roberto Fonseca e Jairo Macedo