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Estado de Minas

Em BH, professores e alunos atacam Bolsonaro e Zema e protestam contra cortes na educa��o

Segundo dia de atos convocados pelos professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) reuniu, segundo os organizadores, milhares de pessoas no Centro de BH


postado em 03/10/2019 20:41 / atualizado em 03/10/2019 21:33

Ver galeria . 6 Fotos Segundo dia de atos convocados pelos professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) reuniu, segundo os organizadores, milhares de pessoas no Centro de BH Marcos Vieira/EM/D.A Press
Segundo dia de atos convocados pelos professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) reuniu, segundo os organizadores, milhares de pessoas no Centro de BH (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press )

 
As medidas dos governos Jair Bolsonaro (PSL) e Romeu Zema (Novo) voltadas � educa��o, novamente, se tornaram alvo de cr�ticas da comunidade acad�mica nesta quinta-feira (3). Convocados por  sindicatos, estudantes e professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e tamb�m ligados aos ensinos M�dio e Fundamental, gritaram palavras de ordem e protestaram pelas ruas do Hipercentro de Belo Horizonte. 

O ato come�ou na Pra�a Afonso Arinos, no encontro das avenidas Jo�o Pinheiro e Augusto de Lima, no Centro da cidade, por volta das 17h. O encerramento aconteceu tamb�m no Hipercentro de BH, na Pra�a Sete, por volta das 20h.

Em um caminh�o, lideran�as do protesto puxaram gritos contra os cortes nos institutos federais de educa��o. “A manifesta��o � em defesa da educa��o p�blica. Quem tem filhos e quer v�-los nos institutos federais, precisa saber que, se os cortes na educa��o continuarem, a vaga na UFMG e no Cefet, por exemplo, est� comprometida. N�o adianta estudar pro Enem, porque n�o haver�o vagas”, explicou Denise de Paula Romano, coordenadora-geral do Sindicato �nico dos Trabalhadores em Educa��o de Minas Gerais (Sind-UTE/MG).

Professor da Escola de M�sica da UFMG, Rog�rio Vasconcelos, de 57 anos, criticou as “mentiras” produzidas pelo governo federal contra a categoria. “Eles fizeram declara��es sobre o sal�rio do professor que s�o erradas e sobre a carga de trabalho, que tamb�m s�o erradas. Tamb�m mentiram sobre o ranking das universidades brasileiras, porque a gente � muito melhor do que eles dizem”, analisou.

Colega de Rog�rio na Escola de M�sica, Helena Lopes, de 52, disse que o ato foi positivo para os objetivos da categoria, mas que esperava mais p�blico. “A gente espera mais pessoas, porque a gente que o momento agora � de organiza��o e mobiliza��o. A universidade � muito plural e as pessoas s�o livres, mas elas est�o confusas e n�o sabem a import�ncia disso”, ressaltou.

Alunos da UFMG foram representados pelo Diret�rio Central dos Estudantes (DCE). Anna Carolina Leal, 24, estudante de pedagogia e ex-coordenadora do DCE da UFMG, deu mais detalhes sobre o dia de protestos. “A gente est� em greve faz dois dias e estivemos durante todo o dia na Pra�a Sete panfletando e conscientizando as pessoas sobre a import�ncia de ter uma universidade p�blica de qualidade”, afirmou.

A Pol�cia Militar (PM) acompanhou a manifesta��o do in�cio ao fim e n�o houve registro de viol�ncia. A BHTrans tamb�m deslocou agentes para o ato, que bloquearam o tr�nsito do Centro da cidade por algumas horas. 
 
Engarrafamentos foram registrados, principalmente devido ao fechamento da Pra�a Sete, refletindo nas avenidas Amazonas e Afonso Pena, al�m das ruas adjacentes. 

Escola sem partido

 

Movimento negro também esteve presente na manifestação contra os cortes na educação(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Movimento negro tamb�m esteve presente na manifesta��o contra os cortes na educa��o (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
 


Al�m dos cortes na UFMG, os manifestantes criticaram o Projeto de Lei 274/2017, conhecido popularmente como “Escola sem partido”.  O texto est� em tramita��o na C�mara de BH.

Quem defende a proposta na Casa defende que o objetivo � criar regras para coibir que professores das escolas da rede municipal fa�am "doutrina��o pol�tica e ideol�gica" nas escolas. 

Para Denise de Paula Romano, coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, no entanto, a proposta vai na contram�o do indicado pela pedagogia. “Na verdade, � a ‘Escola de Partido �nico’ � um projeto que n�o tem sustenta��o cient�fica. O texto que cercear o direito do aluno de ter acesso a v�rias leituras fundamentais para entendimento do mundo, que � o papel da escola”, critica. 

O texto est� em tramita��o na C�mara de BH e est� pronto para ser votado em primeiro turno. Contudo, vereadores contra o projeto t�m articulado para que ele n�o v� ao plen�rio. 

O projeto tem autoria de diversos vereadores, a maioria deles ligados � bancada evang�lica.
 
No �ltimo dia 17, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) detonou a proposta. “Olha, est� na C�mara, quando chegar aqui eu vou decidir. Eu disse e vou repetir: para mim, escola � para saber ler e escrever. Ent�o, para mim, esse � um assunto est�pido e idiota que sempre vem � tona. � uma bobagem”, disse. 


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