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Estado de Minas EDUCA��O

Escolas recebem aval para manter o ensino remoto no ano que vem

Parecer homologado pelo MEC permite atividades a dist�ncia em institui��es de todas as redes at� o fim de 2021. Aula presencial depende das cidades


11/12/2020 06:00 - atualizado 11/12/2020 08:16

Alunos passam por checagem em Coronel Fabriciano: o CNE detectou que apenas 30% das escolas estão oferecendo atividades presenciais (foto: PMCF/DIVULGAÇÃO)
Alunos passam por checagem em Coronel Fabriciano: o CNE detectou que apenas 30% das escolas est�o oferecendo atividades presenciais (foto: PMCF/DIVULGA��O)


A surpresa dos dirigentes de institui��es federais quanto � Portaria 1.030 do Minist�rio da Educa��o (MEC), determinando a retomada do ensino presencial, primeiramente a partir do m�s que vem e, por �ltimo, em mar�o, n�o � para menos. Em vez de sacramentar a volta, o que se esperava era justamente o contr�rio: o aceno do governo para a continuidade das atividades remotas, que finalmente ocorreu ontem. O ministro Milton Ribeiro homologou o Parecer 19/2020 do Conselho Nacional de Educa��o (CNE), dando passagem para essa modalidade de ensino at� dezembro de 2021. O despacho foi publicado no Di�rio Oficial da Uni�o (DOU). A norma vale n�o s� para o ensino superior, mas tamb�m para a educa��o b�sica em todo o pa�s, das redes p�blica e privada.

“N�o sabemos ainda quando as escolas ter�o condi��o de funcionar normalmente. V�o come�ar 2021 seguindo protocolos sanit�rios. Ent�o, decidimos estender o ensino remoto at� o fim de dezembro para que as institui��es possam retomar as aulas presenciais com atividades complementares fora dessa modalidade. E tamb�m com o objetivo de garantir a possibilidade de escolas ampliarem o turno escolar com atividades n�o presenciais para repor conte�dos que n�o tenham sido oferecidos em 2020, principalmente”, explica a relatora do parecer e presidente do CNE, Maria Helena Guimar�es Castro. A norma atual, que valida atividades a dist�ncia durante a pandemia, expira no pr�ximo dia 31. O parecer recomenda ainda a continuidade curricular numa dobradinha 2020-2021 e a n�o reprova��o dos alunos este ano.

O documento cria as bases para a continuidade pedag�gica a dist�ncia a alunos de estabelecimentos que n�o puderem reabrir e d� f�lego tamb�m �queles que reencontrar�o a sala de aula, abrindo caminho para as escolas oferecerem atividades presenciais num turno e n�o presenciais em outro, al�m de permitir a altern�ncia de turmas entre os dois modelos. “Apenas 30% das escolas est�o voltando. Para reorganizar dentro dos protocolos, � preciso diminuir o n�mero de alunos em sala. Al�m disso, mesmo estudando em tempo integral o aluno pode complementar a atividade presencial.”

Maria Helena lembra que protocolos e aspectos pedag�gicos s�o ditados pelos munic�pios, mas o parecer d� a eles condi��es de oferecer atividades n�o presenciais para serem registradas devidamente, e sempre seguindo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). “Recomendamos ainda que as escolas revisem seus curr�culos para o ano que vem de modo a selecionar os objetivos de aprendizagem e habilidades mais essenciais, sem se preocupar em oferecer todo o curr�culo previsto, al�m da forma��o cont�nua de professores para uso de tecnologia”, avisa.

A presidente do CNE diz ainda que h� “enorme preocupa��o” com a situa��o de Belo Horizonte, a �nica capital em que o ensino municipal n�o aderiu ao modelo remoto. “� absurdamente equivocada a decis�o do conselho e do prefeito. N�o h� no pa�s cidade de mais de 100 mil habitantes que n�o ofereceu nada aos seus alunos. BH � exce��o e, nesse caso, � dif�cil falar em 2020 e 2021 conjugados, pois o 2020 da rede municipal, simplesmente, n�o aconteceu”, afirma. Em nota sobre a diferen�a de desempenho das escolas municipais, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) afirma que na ocasi�o da retomada das aulas “o ensino certamente ser� h�brido e cada grupo de alunos ter� tempo presencial ou acesso digital, conforme suas possibilidades socioeducacionais”.
 

Gradua��o

A homologa��o d� for�a �s federais para manterem o modo remoto. Diante da Portaria 1.030 determinando a volta �s salas de aula em todos os estabelecimentos federais de ensino a partir de mar�o, v�rios deles j� avisaram que a suspens�o das atividades presenciais est� mantida. Em Minas, esse � o caso das universidades federais de Minas Gerais (UFMG), dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), de Juiz de Fora (UFJF) e de Vi�osa (UFV), ambas na Zona da Mata, do Tri�ngulo Mineiro (UFTM). E ainda da Universidade Federal de S�o Jo�o del-Rei (UFSJ), no Campo das Vertentes, onde o reitor, Marcelo Pereira de Andrade, garantiu “que a comunidade acad�mica jamais ser� colocada em risco”.

Do lado das particulares, “o setor � majoritariamente favor�vel a que se estenda a possibilidade de uso remoto por mais um tempo”, segundo o presidente da Associa��o Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), Celso Niskier. Para ele, n�o h� d�vidas da necessidade da expans�o para assegurar as condi��es, at� mesmo, do retorno. “Com flexibilidade de um modelo h�brido (presencial e remoto), as unidades poder�o reabrir com os cuidados necess�rios para garantir a sa�de da comunidade. Manter aulas remotas � essencial para o retorno gradual de atividades essenciais”, diz.

Niskier afirma que o modelo a ser adotado por muitos estabelecimentos de ensino superior ser� o que se chegou a adotar nas universidades da Fran�a, por exemplo, antes do reconfinamento: 50% dos alunos em modo presencial e 50% a dist�ncia. “Modelos criativos e inovadores est�o surgindo para lidar com a pandemia e s�o necess�rios amparo legal, garantia da qualidade e flexibilidade para as institui��es voltarem da melhor forma”, afirma. Dessa forma, mesmo a parte pr�tica poderia ser feita com atividades de simula��o e outros recursos tecnol�gicos. “O setor (das particulares) valoriza as atividades presenciais e isso n�o vai mudar com a pandemia. Em muitas universidades e faculdades h� incerteza quanto � garantia de seguran�a sanit�ria de sua comunidade.”

A quinta fase da pesquisa “Coronav�rus e ensino superior: o que os alunos pensam”, elaborada pela Educa Insights em parceria com a Abmes, mostra uma demanda reprimida, para 2021, de 30,7% de alunos que tinham planos de ingressar no ensino superior no segundo semestre deste ano.

Col�gio Militar avalia modelo



(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Pres)
(foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Pres)
Questionado sobre a postura da institui��o para o ano letivo de 2021 diante da largada do Minist�rio da Educa��o para aulas no in�cio do ano que vem, o Col�gio Militar de Belo Horizonte, tamb�m integrante da rede federal de ensino, informou que ainda n�o foi definido com ser�o as atividades no pr�ximo per�odo letivo. A institui��o protagonizou uma queda de bra�o judicial com a prefeitura da capital mineira e teve sua reabertura garantida por decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF). O CMBH destacou que encerrou suas atividades presenciais, uma vez que foram aplicadas as �ltimas avalia��es de maneira remota por todo o corpo discente. E acrescentou que “de 2 de outubro a 13 de novembro, as aulas ocorreram sem altera��o, sendo seguidas todas as medidas sanit�rias preventivas”.

O que � o coronav�rus


Coronav�rus s�o uma grande fam�lia de v�rus que causam infec��es respirat�rias. O novo agente do coronav�rus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doen�a pode causar infec��es com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
V�deo: Por que voc� n�o deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 � transmitida? 

A transmiss�o dos coronav�rus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secre��es contaminadas, como got�culas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal pr�ximo, como toque ou aperto de m�o, contato com objetos ou superf�cies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

V�deo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronav�rus?


Como se prevenir?

A recomenda��o � evitar aglomera��es, ficar longe de quem apresenta sintomas de infec��o respirat�ria, lavar as m�os com frequ�ncia, tossir com o antebra�o em frente � boca e frequentemente fazer o uso de �gua e sab�o para lavar as m�os ou �lcool em gel ap�s ter contato com superf�cies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
V�deo: Flexibiliza��o do isolamento n�o � 'liberou geral'; saiba por qu�

Quais os sintomas do coronav�rus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas g�stricos
  • Diarreia

Em casos graves, as v�timas apresentam:

  • Pneumonia
  • S�ndrome respirat�ria aguda severa
  • Insufici�ncia renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus. 

V�deo explica por que voc� deve 'aprender a tossir'

Mitos e verdades sobre o v�rus

Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 ï¿½ transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.

Coronav�rus e atividades ao ar livre: v�deo mostra o que diz a ci�ncia

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