Estudantes do Instituto Educacional Manoel Pinheiro (IEMP), da Regi�o Norte de Belo Horizonte, ficaram em 2ª lugar em uma competi��o internacional de cria��o de jogos digitais. O concurso destina-se a jovens de 13 a 17 anos, que estejam cursando do 9º ano do Ensino Fundamental � 3º s�rie do Ensino M�dio.
O feito foi bastante comemorado, j� que no concurso promovido por uma Universidade da Fl�rida, nos Estados Unidos, os alunos da escola de BH concorreram contra 36 escolas de todo o pa�s. Al�m disso, eles foram avaliados por desenvolvedores de jogos de Xbox e de famosas franquias como: The Last of Us, Minecraft, GTA, Call of Duty e Fortnite.
Gabriel Moura, coordenador do bil�ngue no IEMP e respons�vel pela equipe, destaca a import�ncia do concurso ‘Full Sail University Game Jam 2023’ na aprendizagem dos alunos.
“Os meninos ficaram muito felizes com o desenvolvimento deles. Conseguimos identificar habilidades em alguns destes meninos que v�o acrescentar muito para eles no mercado de trabalho”, diz.
“Foi uma oportunidade que os meninos tiveram para aparecer pro mercado de trabalho, porque eles foram vistos por pessoas grandes da ind�stria de games”, aponta.
Na voz dos alunos
Os cinco estudantes premiados - Daniel Duarte, Diogo Augusto, Luana Marotta e Paulo Henrique - da 3º s�rie do ensino m�dio, juntos com o estudante Tomas Ara�jo da 1º s�rie do ensino m�dio, tiveram apenas 10 dias para criar o jogo e apresent�-lo em um v�deo para avalia��o dos jurados.
Em uma conversa bastante descontra�da, os alunos compartilharam como foi a experi�ncia de criar o jogo ‘Expedition X-038’ e participar de um concurso internacional com avalia��o de desenvolvedores famosos.
Paulo Henrique disse que a estrutura da escola foi fundamental no processo de cria��o do jogo. “A parte mais dif�cil foi o come�o. N�o sab�amos qual estilo de jogo quer�amos, mas com o tempo a gente conseguiu desenvolver. Qando voc� descobre um norte a cria��o do jogo fica mais f�cil”, exp�e.
Luana Marotta esclarece que o grupo n�o tinha conhecimento sobre o concurso, mas quando o coordenador Gabriel convidou os alunos, eles toparam logo de cara e foi uma experi�ncia e tanto. “Conviver com pessoas, que n�o necessariamente a gente convive com tanto contato, de fato no dia a dia. Aprender a confiar no outro, como gerir projetos, criar coisas que a gente n�o consegue visualizar no in�cio - como Paulo falou -, � tudo muito abstrato e muito complexo. E conseguir desenvolver � muito importante para gente como um todo”, disse, apontando os aspectos importantes na aprendizagem.
O mais novo do grupo, Tomas Ara�jo, compartilha que o trabalho foi muito significativo e algo que ele n�o estava esperando quando foi convidado. “Para mim, realmente foi uma experi�ncia incr�vel, fazer um jogo foi uma coisa que nunca realmente pensei em fazer. Ent�o ter essa experi�ncia foi algo que realmente marcou, como todo mundo apoiou, como o time trabalhou junto e fez esse trabalho dar certo, me d� muita felicidade”, elucida.
Processo criativo
Tomas fala que para a escolha da tem�tica do jogo, de explora��o espacial, com planetas e alien�genas, ele e Paulo avaliaram algo que os ju�zes poderiam gostar. “Queria fazer uma tem�tica que voc� ficasse conectado � hist�ria, que voc� pudesse sentir que faz parte daquele mundo. Acho que � uma coisa importante quando voc� joga um jogo, voc� realmente se sente inclu�do na hist�ria, como se fosse um her�i”, completa.
Daniel Duarte fala da dificuldade que foi realizar o projeto em um espa�o de tempo t�o curto. “A gente tentou organizar bastante para sair o mais r�pido poss�vel e ir logo para as edi��es. Organizamos o resto do grupo, as ideias e tamb�m tivemos demora na parte da edi��o, que � uma parte bastante complicada, porque tinha um prazo limite”, explica.
“O pessoal aqui da escola que trabalha comigo me ajudou bastante nas edi��es. E depois que peguei o ritmo, o projeto deslanchou. A escola foi basicamente essencial para o sucesso do projeto”, finaliza apontando que o projeto foi feito todo dentro da escola.
Diogo Augusto falou sobre o elogio que o grupo recebeu dos julgadores. “Um juiz que fez The Last of Us - participou do Xbox e do GTA V - falar que era exatamente o que ele queria, para mim � um grande avan�o. Para n�s foi um grande elogio”, explana.
Julgamento e mudan�a na premia��o
O coordenador Gabriel explicou como funcionou o processo de julgamento. “Eles foram avaliados por 6 etapas: escrita do roteiro, composi��o do personagem, desenvolvimento do cen�rio, dificuldade do jogo, a defini��o da plataforma e do p�blico e a venda do jogo em si”, esclareceu.
De in�cio, o primeiro colocado ganharia um trof�u para a escola, um certificado de vencedor e cada aluno participante do grupo ganharia um Kit Gamer (Mouse/Teclado/Headset/Mouse pad).
O segundo e terceiro ganharia tamb�m um trof�u para escola, al�m de um certificado de honra ao m�rito para cada aluno participante do grupo vencedor.
Do quarto at� o d�cimo lugar, os alunos receberiam o certificado de honra ao m�rito, mas Gabriel diz que os trabalhos entregues � universidade foram de tamanha qualidade que os organizadores resolveram mudar a premia��o do 2ª e 3ª lugar. Entretanto, eles ainda n�o sabem qual ser� as novas premia��es.
Luana comenta sobre a mudan�a na premia��o. “O certificado vai contar muito para o curr�culo o de cada um. Ent�o � muito importante para gente e eu acho que qualquer coisa que vier a mais de reconhecimento vai ser lucro”, compartilha.
Expectativa para o futuro
Luana diz que ainda falta programar o jogo e, ap�s isso, ir�o pensar em outros projetos. “Depois podem vir sim outras coisas que a gente toparia fazer. A escola est� fazendo o pr�prio campeonato que grande parte de n�s vai participar”, exp�e.
