C�lculo do indicador trimestral de produtividade do trabalho do Instituto Brasileiro de Economia da Funda��o Getulio Vargas (FGV/IBRE), mostra efeito negativo sobre o crescimento da produtividade agregada do trabalho, que apresentou queda de 1,1% no primeiro trimestre de 2019, em compara��o com o primeiro trimestre de 2018. O resultado � o pior desde o primeiro trimestre de 2016, quando havia recuado 2,2%. Essa piora na taxa de crescimento foi observada na ind�stria e no setor de servi�os.
Jacob Rosenbloom, CEO da Levee, fintech que utiliza intelig�ncia artificial para aumentar a produtividade nas empresas, explica como as empresas podem utilizar tecnologia e machine learning para reverter esse cen�rio e garantir melhores resultados nos neg�cios ao auxiliar no mapeamento dos candidatos mais qualificados em escala, com maior probabilidade de reten��o ao emprego e que residem nas proximidades do trabalho, perfil assertivo capaz de aumentar a produtividade.
O que explicaria a queda dessa produtividade? Para Jacob Rosenbloom, “segundo a Organiza��o para a Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico (OECD), o Brasil tem uma longa cauda de empresas de baixa produtividade, devido � falta de sele��o e/ou competi��o. As organiza��es n�o crescem com o tempo e a produtividade do trabalho cresce a uma taxa menor em compara��o com as economias globais. Os ganhos no pa�s s�o menores do que em qualquer outro pa�s da OCDE. O sal�rio hor�rio bruto m�dio ajustado pela desigualdade � 10 vezes inferior � m�dia da OCDE. Hoje, o Brasil tem uma das piores produtividades do planeta, ocupando a 50ª posi��o em 68 pa�ses (Funda��o Getulio Vargas, 2018). Cada trabalhador brasileiro gera, em m�dia, US$ 16,80 por hora trabalhada, comparado ao primeiro lugar, que produz US$ 102,80. No M�xico, o �ndice � de US$ 20,30. J� quando comparado a pa�ses como Alemanha e EUA, a dist�ncia entre os valores � ainda maior, US$ 64,40 e US$ 63,40 por hora, respectivamente.”
Assim, destaca Jacob Rosenbloom, dentro desse cen�rio, a Levee desenvolveu plataforma que foca, justamente, na melhoria de produtividade, baseada em machine learning e especializada em m�o de obra operacional e grandes volumes. “O sistema seleciona o perfil mais adequado de acordo com cada vaga, baseado em caracter�sticas pessoais, hist�rico, testes personalizados e requisitos de cada vaga. Um dos gargalos de produtividade, observados nos nossos levantamentos, e que pode explicar a queda de produtividade, � o tempo gasto no deslocamento de casa para o trabalho, al�m de muitos profissionais estarem sendo subutilizados nos cargos em que atuam, j� que, sem um RH estrat�gico, n�o � poss�vel identificar que estes t�m compet�ncias comportamentais que v�o al�m das habilidades t�cnicas e que podem ser melhor aproveitadas em outras fun��es.”
Para reverter esse quadro, Jacob Rosenbloom indica a sele��o dos melhores profissionais como a melhor op��o. “O capital humano, olhando especialmente para o varejo, � um dos fatores que mais influenciam os resultados da empresa. Ao analisar um dos indicadores espec�fico de produtividade, por exemplo, o turnover � de 90 dias. O custo relacionado � alta rotatividade, problema comum no varejo, que gira em m�dia de 40% a 50%, tem impacto direto no resultado final da empresa se considerarmos o custo de reposi��o, tempo em que a vaga fica em aberto, redu��o nas vendas, custos com treinamentos e desligamento.”O sistema seleciona o perfil mais adequado de acordo com cada vaga, baseado em caracter�sticas pessoais, hist�rico, testes personalizados e requisitos de cada vaga. Um dos gargalos de produtividade, e que pode explicar a queda de produtividade, � o tempo gasto no deslocamento de casa para o trabalho, al�m de muitos profissionais estarem sendo subutilizados nos cargos em que atuam
Jacob Rosenbloom, CEO da Levee
Em outro levantamento da Levee, o CEO revela que indicou que, todos os anos, empresas brasileiras deixam de ganhar milh�es de reais com a improdutividade de suas opera��es. “As perdas envolvem desde defici�ncias no sistema produtivo efetivamente at� falhas operacionais causadas pelo capital humano das empresas, como rotatividade (turnover) – custo, tempo de reposi��o, sobrecarga de outros profissionais – absente�smo (faltas di�rias) e tamb�m os atrasos. A pesquisa levou em considera��o os dados da camada operacional das empresas.”
Jacob Rosenbloom alerta que, de acordo com a �rea de atua��o da Levee, os setores que demonstram mais queda de produtividade s�o os de varejo, servi�os, seguran�a e alimenta��o. “Por isso, ao analisarmos os clientes dentro das �reas de atua��o da empresa, temos uma base de �reas com queda de produtividade.”
Tecnologia evita gargalos e reinventa processos
Para Jacob Rosenbloom, a tecnologia pode ajudar a mudar esse quadro. “Vivemos a era da 4ª revolu��o industrial, marcada pela democratiza��o das tecnologias, converg�ncia de m�dias e conectividade em tempo real. Tal movimento transforma absolutamente tudo o que conhecemos, desde a forma como interagimos, nos locomovemos, consumimos e at� a maneira como trabalhamos. No centro dessas transforma��es est�o os recursos de intelig�ncia artificial, potencializando mudan�as, levando empresas a repensarem suas iniciativas, descobrir custos ocultos e reinventar processos. Tudo para garantir �ndices m�ximos de produtividade e competitividade. Os gargalos produtivos s�o um dos maiores entraves para aumento de competitividade das empresas no pa�s. E, quando olhamos sob a �tica de indicadores de neg�cio, � poss�vel perceber que esses gargalos corroem as m�tricas.”
Jacob Rosenbloom lembra que a intelig�ncia artificial, por exemplo, � uma ferramenta para aumentar a produtividade nas empresas. “A aplica��o dos sistemas de intelig�ncia artificial pode estar em v�rias �reas da empresa, mas traz resultados ainda mais surpreendentes quando chega �s �reas de opera��es e backoffice – sobretudo no trip� composto pelos departamentos financeiro, de opera��es e recursos humanos. Quando aplicado especialmente � gest�o do capital humano, pode ser um grande diferencial, trazendo melhorias reais nas margens operacionais. Uma das aplica��es pr�ticas mais �teis tem sido a de utiliza��o de machine learning e intelig�ncia artificial para evidenciar os custos escondidos com opera��es. � custo impl�cito, por exemplo, o do turnover, ou rotatividade de funcion�rios, que � alto em diversos segmentos, mas registra os maiores �ndices, sobretudo em setores como varejo, alimenta��o, servi�os terceirizados e sa�de. Se contabilizado o segmento de call centers especificamente, o �ndice de rotatividade d� um salto e chega a alcan�ar 80% ao ano.”
Conforme o CEO, “em todas as empresas na qual a solu��o da Levee foi implementada, reduzimos em m�dia 32% o turnover de 90 dias. Na pr�tica, esses altos �ndices t�m duas maiores consequ�ncias: perda de produtividade e gastos adicionais. Isso porque at� repor os funcion�rios em quest�o, a empresa despende, segundo pesquisa que fizemos com uma amostra de nossos clientes, entre dois e cinco sal�rios equivalentes � fun��o desempenhada. Considerando custos de desligamento do funcion�rio anterior, nova sele��o, treinamentos, entre outros custos de admiss�o. Isso sem falar em quanto deixar� de produzir ou vender, por exemplo, at� que o funcion�rio novo esteja completamente integrado �s opera��es”.
Para ele, o cen�rio � ainda mais dram�tico quando se fala em empresas com milhares de funcion�rios. “Solu��es envolvendo intelig�ncia artificial e machine learning aplicadas aos neg�cios j� existem e est�o ao alcance. Por meio de algoritmos, � poss�vel detectar os candidatos mais qualificados em escala ainda na fase pr�-admissional e selecionar aqueles com maior potencial de produtividade, reduzindo custos e o per�odo de tempo despendido com contrata��o e a��es relacionadas. Tais tecnologias de machine learning e intelig�ncia artificial permitem que as empresas processem grandes volumes de informa��es para tomar decis�es mais r�pidas e assertivas. Plataformas com foco em intelig�ncia artificial e aprendizado de m�quinas 100% dedicadas �s �reas de opera��es, recursos financeiros e humanos s�o o que h� de mais moderno para trazer produtividade em escala �s empresas e garantir competitividade.”
Tudo, enfatiza Jacob Rosenbloom, � quest�o de vis�o. “As empresas que adotarem mudan�as antes que as outras ser�o beneficiadas com resultados concretos, podendo reduzir perdas – ou melhorar resultados – de forma que seus concorrentes ainda n�o sabem como faz�-lo. Quem estiver na dianteira com os parceiros certos de neg�cio, sair� ganhando.”