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Estado de Minas CRISE MUNDIAL

Como Apple se tornou exce��o nas demiss�es em massa de gigantes da tecnologia

Analistas concordam que a Apple encontra-se em posi��o diferente dos seus pares porque foi mais estrat�gica com rela��o ao seu crescimento, o que a preparou melhor para um poss�vel cen�rio de recess�o econ�mica. Entenda


07/02/2023 07:09 - atualizado 07/02/2023 08:31


Celular com logo da Apple
A Apple � respons�vel por 20% das vendas mundiais de smartphones, mas det�m 80% dos lucros gerados pelo setor (foto: Getty Images)

Com aumento do juros, o crescimento mundial ser� reduzido drasticamente este ano, segundo previs�es de organismos internacionais. E muitas empresas de Wall Street j� sabem que isso ir� resultar em redu��o das vendas e dos lucros.

Nesse cen�rio, quase todos os gigantes norte-americanos da tecnologia adotaram a mesma estrat�gia: reduzir custos. Microsoft, Google, Amazon, Tesla, Facebook e Nvidia, entre muitas outras empresas, est�o dispensando simultaneamente dezenas de milhares de funcion�rios.

 

A Amazon ir� dispensar 18 mil trabalhadores; a Microsoft, 10 mil; e a Salesforce demitir� 8 mil pessoas. O Twitter perdeu mais de 50% da sua renda e a Alphabet (dona da Google) ir� dispensar cerca de 12 mil funcion�rios.

A lista de empresas de tecnologia que anunciaram cortes na sua folha de pagamentos tamb�m inclui Netflix, Stripe, Snap, Coinbase, Robinhood, Peloton, Lyft e muitas outras. Cada empresa tem suas pr�prias raz�es, mas elas fazem parte do boom tecnol�gico que chegou ao �pice durante a pandemia, depois de anos de progressos extraordin�rios.

Mas, em meio a toda esta tormenta, a Apple � exce��o entre as demiss�es em massa promovidas no setor de tecnologia.

Cautela durante a pandemia

A empresa vem evitando, at� agora, os grandes cortes de pessoal e investimentos, depois de um per�odo de crescimento cauteloso.

Os analistas concordam que a Apple encontra-se em posi��o diferente dos seus pares porque foi mais estrat�gica com rela��o ao seu crescimento, o que a preparou melhor para um poss�vel cen�rio de recess�o econ�mica.


Foto do perfil de Elon Musk no Twitter
Elon Musk conduziu grandes cortes de pessoal em duas das suas empresas, a Tesla e o Twitter (foto: Getty Images)

Entre setembro de 2021 e setembro de 2022, a empresa contratou apenas 10 mil novos funcion�rios, aumentando seu quadro de 154 mil para 164 mil empregados em tempo integral, segundo documentos apresentados � Comiss�o de Valores Mobili�rios dos Estados Unidos (SEC, na sigla em ingl�s) e analisados pela publica��o norte-americana Business Insider.

Este n�mero � muito menor que as dezenas de milhares de funcion�rios contratados pela Amazon, Meta e Google no mesmo per�odo.

Mais servi�os, menos hardware

Outra raz�o que mant�m as contas da Apple no azul � a aposta da empresa por servi�os e produtos Premium, em compara��o com outros setores de neg�cios mais concentrados em hardware, como os iPhones, iPads e computadores.

“A a��o [negociada na bolsa de valores] mais valiosa do mundo � um s�mbolo de grande parte dos desafios e oportunidades enfrentados pelas grandes empresas tecnol�gicas hoje em dia”, explica Ben Laidler, estrategista de mercados globais da plataforma de investimentos eToro.

“Ela promoveu grandes mudan�as, saindo do hardware em dire��o aos servi�os, como o Apple Pay e Apple Music.”

“Este setor duplicou sua propor��o com rela��o � receita nos �ltimos anos, impulsionando um aumento significativo da margem de lucro”, prossegue ele, “o que, por sua vez, ajudou a Apple a manter valoriza��o acima do mercado, ao contr�rio de muitos dos seus hom�logos das grandes empresas tecnol�gicas”.


Loja da Apple
(foto: Getty Images)

Analistas indicam que o peso dos consumidores individuais ir� diminuir no futuro, em compara��o com as empresas

Laidler acredita que a Apple tamb�m soube aproveitar o aumento da demanda de produtos premium de luxo.

“Com seus iPhones de US$ 1.000 [cerca de R$ 5,2 mil], ela det�m 20% das vendas globais de smartphones, mas recebe 80% dos lucros do setor”, afirma ele. “Isso est� ajudando a compensar a brutal redu��o atual da demanda de smartphones.”

Al�m disso, acredita-se que 60% das vendas no exterior sejam beneficiadas pela queda do d�lar.

A deslocaliza��o

Considerando que o aumento das tens�es entre os Estados Unidos e a China pode reduzir os lucros das empresas tecnol�gicas americanas que det�m fontes de receita ou capacidade de fabrica��o no gigante asi�tico, “a Apple reduziu drasticamente o excesso de depend�ncia da China na sua cadeia de fornecimento”, afirma Laidler.

“Depois do Vietn�, a Apple acelerou a diversifica��o da sua cadeia de fornecimento na �ndia e seus principais fornecedores, Pegatron e Foxconn, aumentaram sua produ��o nos �ltimos anos”, segundo Jacques-Aur�lien Marcireau, codiretor de renda vari�vel, e Bing Yuan, analista de renda vari�vel internacional da empresa de gest�o de ativos Edmond de Rothschild AM.

“O objetivo de longo prazo da Apple � transferir para a �ndia 40% a 45% da montagem do iPhone, contra o percentual atual de um �nico d�gito e de 25% em 2025”, afirmam eles.


Tim Cook, CEO da Apple
Tim Cook assumiu o posto de Steve Jobs como diretor-executivo da Apple em 24 de agosto de 2011 (foto: Getty Images)

Segundo a Bloomberg, a Apple est� desenvolvendo internamente novos chips e modems, para tentar reduzir a depend�ncia de fornecedores como a Qualcomm e a Broadcom.

“Olhando para o futuro, � prov�vel que os modelos de neg�cios digitais orientados ao consumidor tenham resultados abaixo dos modelos de neg�cios orientados �s empresas”, afirma Trevor Noren, estrategista de investimentos tem�ticos da empresa de gest�o de ativos Wellington Management.

“Segundo as estimativas da International Data Corporation, a datasfera empresarial crescer� com mais que o dobro de rapidez da datasfera de consumo”, segundo Noren.

Por fim, � preciso recordar que o diretor-executivo da Apple, Tim Cook, aceitou h� pouco tempo uma redu��o do seu pacote salarial em 40%, depois que apenas 64% dos acionistas aprovaram o plano de distribui��o de lucros de 2022.

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