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Estado de Minas

Vida normal nas universidades s� em 2015

Paralisa��o nas federais, que amanh� iguala recorde de 2005, traz transtornos para alunos e revira o calend�rio escolar, que em muitas institui��es s� vai voltar ao normal em 2015


postado em 04/09/2012 06:00 / atualizado em 04/09/2012 06:57


As universidades federais igualam amanh� a marca da maior greve da hist�ria das institui��es, ao completar 112 dias de paralisa��o, a exemplo do que ocorreu em 2005. Nos bastidores, a semana de recordes est� sendo considerada decisiva. Amanh� e quinta-feira, os c�mpus ser�o tomados por assembleias em todo o pa�s e h� grande expectativa por um indicativo de retorno �s salas de aula na segunda. Enquanto isso, os professores se agarram �s negocia��es com o Congresso Nacional, estudantes contabilizam os preju�zos e reitores e pr�-reitores admitem que o calend�rio s� voltar� ao normal em 2015.

Em Minas, a situa��o s� ser� diferente em tr�s das 11 institui��es, pois as federais de Minas Gerais (UFMG), de Juiz de Fora (UFJF), na Zona da Mata, e de Itajub� (Unifei), na unidade de Itabira (Regi�o Central do estado), aderiram depois. Na Universidade Federal de Alfenas (Unifal), em greve desde o in�cio do movimento, em meados de maio, o descompasso que j� alterou o atual ano letivo trar� reflexos nos pr�ximos dois anos. “O calend�rio ser� discutido com os conselhos (universit�rios), mas as aulas do primeiro semestre, que normalmente come�am no fim de fevereiro, pressuponho, s� come�ar�o em abril”, diz o reitor da universidade do Sul de Minas, Paulo M�rcio de Faria e Silva.

H� quem tema que, se a volta �s aulas n�o ocorrer at� o dia 17, o calend�rio escolar possa entrar tamb�m em 2015 com pend�ncias. Na Federal de Vi�osa (UFV), na Zona da Mata, est� sendo considerado um intervalo de apenas tr�s semanas entre um semestre e outro – tempo necess�rio para cola��es de grau, exames finais e processamento de matr�cula. “Se a greve terminar nos pr�ximos dias, temos uma perspectiva superficial de conseguir normalizar a situa��o no fim de 2014. Mas, se ela se prolongar muito, ficar� dif�cil. Seriam dois anos sem f�rias regulares, mas tudo isso ser� definido pelos conselhos de ensino, pesquisa e extens�o, que v�o analisar a proposta e discuti-la com o comando de greve”, avalia o pr�-reitor de Gradua��o, Vicente de Paula Lelis.

Proje��es

Em outra universidade do Sul do estado, a Federal de Lavras (Ufla), foram feitas v�rias simula��es de calend�rio, com diferentes dias de retorno �s aulas, de hoje at� 1º de outubro. Com os trabalhos recome�ando at� o dia 24 e um intervalo de duas semanas entre um semestre e outro, os primeiros seis meses letivos de 2013 s� come�ariam em maio. “Vida normal, apenas em 2015, mas, se a greve se estender at� outubro, terminaremos o segundo semestre de 2014 no ano seguinte”, comenta a pr�-reitora de Gradua��o, Soraia Alvarenga Botelho.

Em comunicado especial, o Sindicato Nacional dos Docentes das Institui��es de Ensino Superior (Andes) orientou os comandos locais a fazer assembleias nos pr�ximos dois dias para apresentar uma prov�vel data de fim do movimento ou reiterar a continuidade dele. A sa�da do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educa��o B�sica, Profissional e Tecnol�gica (Sinasefe), que representa os professores dos institutos federais, � considerada outro sinal de que a greve est� perto do fim. A categoria retoma os trabalhos na segunda-feira. O Centro Federal de Educa��o Tecnol�gica de Minas Gerais (Cefet-MG), no entanto, mant�m a paralisa��o.

Mesmo com possibilidade de volta, os comandos locais de greve s�o enf�ticos. “O retorno n�o significar� que aceitamos. Haver� manifesta��es e continuaremos a lutar por nosso plano de carreira”, afirma o presidente do comando de greve da Ufla, Eric Fernandes de Mello Ara�jo. O professor Gilberto de Ara�jo Pereira, do comando da Federal do Tri�ngulo Mineiro (UFTM), reitera: “Talvez este seja um momento hist�rico no pa�s. N�o podemos ficar em greve para o resto da vida, mas se governo tem ideia de que vamos parar, est� errado. Mesmo voltando, o movimento continuar� com as reivindica��es e a mobiliza��o”.

Congresso � a nova esperan�a

 

O Senado agora representa a grande esperan�a de um plano de carreira para os grevistas, principalmente depois da reuni�o na semana passada com a Comiss�o de Educa��o da Casa. Os parlamentares assinaram carta para ser encaminhada aos minist�rios do Planejamento e da Educa��o e � presidente Dilma Rousseff, pedindo a reabertura de negocia��o. “Foi aberta uma pauta direta com os senadores para buscar solu��es, considerando que isso est� afetando todo o pa�s”, afirma a integrante do comando de greve da UFMG Dirlene Marques.

Em Minas, duas institui��es votaram indicativo pelo fim da greve. Os professores da Unifal sugeriram o encerramento da paralisa��o na segunda-feira e os da Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), no dia 17. Eles aguardam agora as decis�es das outras universidades. Integrante do comando de greve de Alfenas , o professor Wellington Ferreira Lima aposta nas negocia��es com o Congresso Nacional e diz que a universidade est� pronta para retomar as aulas na ter�a-feira. “Como mudou a arena de discuss�o, n�o vale a pena entrar em choque com quem estamos tendo uma boa rela��o. Tivemos um grande impasse com o Executivo, mas os parlamentares nos atenderam. Sair em bloco � mostrar que temos capacidade de mobiliza��o”, ressalta.

Os minist�rios da Educa��o e do Planejamento, por sua vez, reiteram que as negocia��es est�o encerradas e oferecem reajuste de no m�nimo 25% e no m�ximo 40% escalonados em tr�s anos (2013, 2014 e 2015). O Sindicato Nacional dos Docentes aceitou o piso de R$ 2.018,77 e o teto de R$ 17 mil propostos pela Uni�o, mas exige a reestrura��o da carreira.

Matr�cula na UFMG

Em meio ao impasse, come�a depois de amanh� o prazo para os calouros da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) confirmarem o registro acad�mico e fazerem a matr�cula do segundo semestre. Os alunos t�m at� quarta-feira que vem para garantir a vaga na institui��o. Apesar da greve dos professores, os novos universit�rios est�o sendo convocados, porque a maior parte dos cursos concluiu o primeiro semestre. A UFMG foi a �ltima a aderir � paralisa��o, em junho.

As instru��es e a escala de atendimento por curso est�o dispon�veis no site www.ufmg/drca. Os cerca de 2,8 mil calouros devem apresentar documenta��o ao Departamento de Registro e Controle Acad�mico (DRCA) da UFMG, na Unidade Administrativa III, no c�mpus Pampulha (Avenida Ant�nio Carlos, 6.627). Informa��es: (31) 3409-4588.


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