
Na maior federal de Minas Gerais, a UFMG, o prazo para envio das orienta��es aos alunos que quiserem optar pelas cotas ainda n�o foi definido. Logo, quem se inscreveu para o vestibular da institui��o far� o Enem, v�lido para a primeira etapa da sele��o, sem ao menos saber a rela��o candidatos/vaga. Mas a institui��o garante que, internamente, os procedimentos est�o sendo tomados e h� prazo suficiente, pois a segunda etapa ser� aplicada apenas em janeiro.
Na Universidade Federal do Tri�ngulo Mineiro (UFTM), as inscri��es est�o abertas at� quarta-feira. Mas no edital vigente n�o h� men��o � reserva das 12,5% das vagas. Est�o previstos para o in�cio da semana a retifica��o do edital e a publica��o das orienta��es aos candidatos. Cogita-se tamb�m a prorroga��o das inscri��es. Na federal de Ouro Preto (Ufop), os candidatos far�o o Enem sem saber tamb�m a quantidade de vagas reservadas. A decis�o ficou para dia 14. Atualmente, 30% das cadeiras s�o destinadas a cotas, mas a Ufop n�o contempla os mesmos crit�rios exigidos pela legisla��o. Na Federal de S�o Jo�o del-Rei (UFSJ), nos Campos das Vertentes, as inscri��es, que estavam suspensas, foram reabertas esta semana e v�o at� o dia 12.

O colega dela Rafael Bahia Leite Montes, de 17, candidato ao curso de comunica��o social, habilita��o em jornalismo, tamb�m n�o se preocupa com as cotas. “Como a lei n�o foi totalmente aplicada, n�o mudar� muito, por isso mantive o n�vel de estudos. S� quando houver a implanta��o total ficar� mais dif�cil para o aluno da escola particular. Ent�o, ele dever� aumentar o n�vel de estudo o m�ximo poss�vel. At� a competi��o entre as escolas vai crescer”, diz.
Rotina estressante


Vice-diretora da Escola Estadual Irm�o Afonso, em Uberaba, Cheila M�rcia Moreira, confirma que as cotas tiveram repercuss�o positiva. Professores do col�gio do Tri�ngulo Mineiro e volunt�rios do Instituto Federal de Educa��o Tecnol�gica (Ifet) e da UFTM d�o aulas preparat�rias para o Enem aos s�bados. “Temos alunos que passaram na universidade federal em anos anteriores e montamos mural com o nome de todos para mostrar que s�o capazes de ser e fazer. �s vezes, o que falta � incentivo”, diz. Ela tamb�m acha positivo, mas com ressalvas: “Como educadora, creio que n�o seria esse o caminho. Teria que se investir realmente mais na escola p�blica para n�o ser necess�rio cota. Mas, por outro lado, antes o aluno de escola p�blica nem sonhava com isso. Hoje tem uma perspectiva maior”.