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Estado de Minas

Evid�ncias de vazamento de prova colocam Enem novamente na corda bamba

�s v�speras da aplica��o das provas para quem n�o p�de faz�-las em novembro, MP Federal pede � Justi�a a anula��o do exame


postado em 02/12/2016 06:00 / atualizado em 02/12/2016 07:27

Candidatos chegam à PUC para fazer as provas, em novembro. Possível vazamento e desdobramentos na Justiça podem prejudicar 6 milhões de pessoas no país (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A PRESS - 06/11/2016)
Candidatos chegam � PUC para fazer as provas, em novembro. Poss�vel vazamento e desdobramentos na Justi�a podem prejudicar 6 milh�es de pessoas no pa�s (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A PRESS - 06/11/2016)
A totalidade dos candidatos nem conseguiu ainda fazer as provas e o Exame Nacional do Ensino M�dio (Enem) deste ano corre novamente o risco de ser anulado, prejudicando quase 6 milh�es de inscritos. A maioria (5,8 milh�es) fez os testes em novembro. Outros 277 mil candidatos – que n�o puderam participar no m�s passado, quando escolas que os receberiam foram ocupadas em protesto contra as propostas do governo federal para a reforma da educa��o – responder�o �s quest�es neste fim de semana. A maioria deste total � de mineiros: 72.302 inscritos.

O futuro de todos os concorrentes e do pr�prio Enem est� agora nas m�os da Justi�a Federal no Cear�, onde a Pol�cia Federal investiga ind�cios de vazamento das provas. O procurador Oscar Costa Filho, do Minist�rio P�blico Federal (MPF) no estado, recebeu relat�rio parcial da PF e, segundo ele, a corpora��o concluiu que uma quadrilha teve acesso antecipado ao tema da reda��o e a quest�es objetivas.

Vale lembrar que o procurador j� ajuizou a��o requerendo a suspens�o da reda��o, pois, em novembro, dois candidatos teriam sido flagrados com o tema do texto. Desta vez, diante do relat�rio preliminar da PF, ele informou que vai pedir ao Judici�rio que a suspens�o seja estendida �s provas objetivas. Em princ�pio, deve requerer liminar para suspender a validade do concurso.

Se a demanda for deferida pelo juiz, o m�rito da a��o ser� julgado posteriormente. “J� pedimos a suspens�o da validade da reda��o. Essas provas (evid�ncias que constam no relat�rio parcial da PF) indicam que o v�cio � extensivo �s quest�es objetivas. No m�rito da a��o � que se pede nulidade. Se ao final a decis�o for nesse sentido, o que foi feito n�o ter� validade”, disse o procurador, no fim da tarde de ontem, por telefone, ao Estado de Minas.

Mais cedo, em nota divulgada pelo MPF, Costa Filho afirmou que as evid�ncias que constam no relat�rio da PF “comprometem a lisura do exame e a pr�pria credibilidade da log�stica de seguran�a que vem sendo aplicada”. Destacou, no mesmo texto, que agentes federais encontraram fotos de uma das provas em celulares de candidatos detidos. Um deles seria de Montes Claros. Outro, do Maranh�o.

(foto: Arte/EM)
(foto: Arte/EM)
O MPF destacou que candidatos tiveram acesso � chamada frase-c�digo da prova rosa. Na pr�tica, isso permite que inscritos que tenham feito prova de outra cor pudessem acertar todo o gabarito, caso a hip�tese da investiga��o esteja correta, uma vez que a frase-c�digo � o mecanismo que orienta o computador a corrigir o gabarito. Em nota, o MPF informou que o relat�rio da Federal diz o seguinte: “Tanto o gabarito quanto a frase-c�digo foram divulgados antes do exame, o que garante a responsabilidade de afirmar que houve vazamento da prova”.

As declara��es do procurador foram rebatidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An�sio Teixeira (Inep), respons�vel pelo exame. O Inep afirmou que o relat�rio da Federal � parcial e que “n�o h� ind�cio de vazamento de gabarito oficial”. Em nota, o instituto lamentou que “o procurador Oscar Costa Filho use da prerrogativa institucional de ter acesso ao inqu�rito para vazar informa��es antes de a Pol�cia Federal conclu�-lo”.

“O Inep estranha o fato de que esse procurador venha a p�blico, mais uma vez, �s v�speras da aplica��o de provas do Enem, marcadas para os dias 3 e 4 de dezembro, gerar fatos que provocam tumulto e inseguran�a para milhares de estudantes inscritos. O Inep lembra que o procurador tem hist�rico de tentativas de impedir a realiza��o do Enem em anos anteriores”, acrescentou o texto.

FOGO CRUZADO As diverg�ncias entre o integrante do MP Federal e o Inep preocupam os inscritos no exame deste ano, como o jovem Henrique Lomasso, de 17 anos, que se prepara para as provas do pr�ximo fim de semana. Ao mesmo tempo em que teme pelo futuro do concurso, o candidato cobra maior compet�ncia do governo em assegurar isonomia entre os participantes. “Vejo a possibilidade de cancelamento do Enem como algo p�ssimo para os estudantes, que j� perderam provas em raz�o do adiamento e, agora, correm o risco de ter o ano de estudo comprometido. Isso mostra tamb�m que o Brasil n�o est� t�o preparado assim para uma prova t�o grande e importante”, justificou Henrique.

Seja qual for a decis�o da Justi�a no Cear�, o pedido de liminar n�o deve ser apreciado antes do fim de semana. Por isso, quem est� com prova agendada deve comparecer ao concurso.

Mem�ria
Prova vazou em 2009


Caso o vazamento da prova seja confirmado, n�o ter� sido o primeiro epis�dio do tipo. Em 2009, o ent�o ministro da Educa��o Fernando Haddad  cancelou o Enem depois de um homem mostrar a jornalistas de O Estado de S. Paulo uma das provas que seria aplicada naquele ano. Os rep�rteres entraram em contato com o ministro, que confirmou a veracidade das quest�es e determinou a suspens�o do exame. Outras provas foram providenciadas e aplicadas aos alunos.

 

 


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