(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas

Capital mineira � refer�ncia do olhar do g�nio

Com a inaugura��o da obra da Cidade Administrativa, Belo Horizonte se consolidou, definitivamente, como principal refer�ncia do trabalho de Niemeyer no mundo


postado em 25/06/2012 13:00 / atualizado em 06/12/2012 00:32

Cidade Administrativa foi inaugurada em março de 2010(foto: Euler Júnior/EM/D.A Press)
Cidade Administrativa foi inaugurada em mar�o de 2010 (foto: Euler J�nior/EM/D.A Press)

O tra�o Oscar Niemeyer, g�nio da arquitetura, voltou a marcar a hist�ria urban�stica de Belo Horizonte. As curvas audaciosas do Pal�cio Tiradentes, na Cidade Administrativa, que foi inaugurada em mar�o de 2010, levaram a capital mineira a se consolidar definitivamente como refer�ncia do arquiteto, 70 anos depois do projeto da Capela de S�o Francisco de Assis, na Pampulha, cart�o postal da cidade. Niemeyer projetou 650 obras pelo mundo afora. Em Belo Horizonte, a igrejinha da Pampulha, a Casa do Baile, o Iate Clube e o Cassino constitu�ram o ponto de partida para uma nova linguagem do mestre, que come�ou a usar formas curvas no concreto armado.

Veja o especial sobre a vida e as obras de Niemeyer

As obras de Niemeyer na Regi�o da Pampulha s�o �cones da arquitetura moderna brasileira. O seu mais recente projeto na capital, o Pal�cio Tiradentes, surpreende pela aud�cia de sua estrutura, como disse o arquiteto � �poca da inaugura��o: quatro colunas sustentam o edif�cio. A grandiosidade dos tr�s pr�dios da Cidade Administrativa tamb�m � audaz. "Quando o governador A�cio Neves veio ver o projeto da Cidade Administrativa, esperava, como a grande maioria, que o pal�cio governamental estivesse cercado de 15 ou mais edif�cios para atender ao programa fixado", observou o arquiteto. Mas a surpresa de A�cio, segundo ele, transformou-se em entusiasmo. "Isso aconteceu quando falei que o projeto que elaboramos previa apenas tr�s edif�cios: o pal�cio governamental e dois grandes blocos curvos com 200 metros de comprimento e 20 pavimentos", conta. Niemeyer ressaltou que a solu��o facilitou e barateou a constru��o. "Em vez de o governo construir um conjunto com cerca de 20 edif�cios, transformando o terreno em pequenos lotes, construiu tr�s", diz.

O então governador de Minas Gerais Aécio Neves e o arquiteto Oscar Niemeyer conversaram antes da inauguração da Cidade Administrativa, como mostra a foto de novembro de 2009. O ex-governador convidava o autor da obra para conhecê-la depois de pronta(foto: Omar Freire/Imprensa MG)
O ent�o governador de Minas Gerais A�cio Neves e o arquiteto Oscar Niemeyer conversaram antes da inaugura��o da Cidade Administrativa, como mostra a foto de novembro de 2009. O ex-governador convidava o autor da obra para conhec�-la depois de pronta (foto: Omar Freire/Imprensa MG)
O acesso ao Pal�cio Tiradentes � feito por duas estruturas vizinhas, atrav�s de elevadores e escadas que s�o ligadas por passarelas, em todos os pavimentos. No topo de uma das estruturas foi instalado um heliponto, sobre um tabuleiro circular exc�ntrico em rela��o � torre. "At� para o acesso particular do governador procuramos uma solu��o diferente: o mesmo elevador que vai lev�-lo do seu estacionamento ao gabinete servir� ao heliponto", observou o arquiteto.

A hist�ria da arquitetura da Cidade Administrativa faz relembrar os projetos do Conjunto Arquitet�nico da Pampulha. Em 1940, Niemeyer conheceu Juscelino Kubitschek, na ocasi�o prefeito de Belo Horizonte. Kubitschek tinha interesse em desenvolver a �rea ao Norte da cidade, a Pampulha. Foi a� que encomendou as edifica��es do arquiteto ao redor da lagoa. Quando finalizados, em 1943, os pr�dios foram alvo de cr�ticas e admira��o, causando pol�micas.

A Igreja Cat�lica, por exemplo, se negou a benzer a Capela de S�o Francisco, pois apresentava tra�os abstratos e havia um cachorro, representando um lobo, junto a S�o Francisco de Assis. Mas foi a partir do conjunto da Pampulha que Niemeyer conseguiu sua proje��o internacional e desenvolveu um estilo que passou a marcar suas obras: o uso da plasticidade no concreto armado, gerando formas sinuosas. Ele afirmava que, com a obra da Pampulha, o vocabul�rio pl�stico da sua arquitetura come�ou a se definir. Pasasados mais de 70 anos, o Pal�cio Tiradentes voltava com objetivo semelhante: desenvolver o Vetor Norte da capital.

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)